Galeria Nicoli expõe Cristina Sá e sua fusão oriente-ocidente
No dia 10 de novembro a Galeria Nicoli abre a exposição “Mistério sempre há de pintar por aí”, da artista plástica Cristina Sá. Serão exposto trabalhos de sua produção recente, entre pinturas e obras tridimensionais. São paisagens imaginadas e construídas a partir das influências orientais e ocidentais que formaram a sua identidade
Neta de avô chinês e com afinidade eletiva pela cultura japonesa, Cristina traz a inspiração oriental para o seu trabalho, cuja principal força está justamente na suavidade e na harmonia, obtidas a partir de várias técnicas de pintura, colagem e monotipias. As formas contidas em suas pinturas lembram figuras vegetais, equilibradas em estruturas verticalizadas, nas quais se alternam o ritmo, os materiais e as cores. Neste delicado balanço, surgem paisagens surpreendentes.
Seu principal material de criação são os papeis orientais, feitos a partir de fibras naturais, que são manuseados, modificados, colados em camadas ou superfícies planas.
Cristina estudou desenho com o artista polonês Maciej Babinski. Também foi aluna de Pedro Algaza e de Philip Hallawell, com quem cursou técnicas de aguadas, carvão e pastel e profissionalizou-se nos anos 1990. Desde então, vem expondo seu trabalho com regularidade em mostras coletivas e individuais, no Brasil e no exterior.
Entre os prêmios conquistados estão os do Salão da Sociétè Académique “Arts-Sciences Lettres” (Paris, 2003), Salon Internacional de Monde de La Culture et des Arts (Cannes, 2003), Salon de la Sociétè Nationale de Beaux Arts – Carrousel du Louvre (Paris, 2004) e Salon Brasilis à Paris – Galerie François Marsad (Paris, 2004).
Para saber mais sobre a artista e a exposição
Mistério sempre há de pintar por aí, texto curatorial de Denise Mattar:
Cristina Sá, atinge, nesta exposição na Galeria Nicoli, um grau mais ousado e experimental de sua poética pessoal, sem temer os riscos inerentes a esse novo passo. A fusão Oriente-Ocidente, que sempre caracterizou sua obra, continua presente, porém em nova clave. As amplas áreas brancas, cheias de silêncio, foram substituídas por uma superfície complexa, densa e misteriosa, construída em camadas, como as dos quimonos usados pelas damas da corte no Japão do século X.
Cristina Sá igualmente constrói sua obra em camadas de cor e poesia. Ela inicia seu trabalho com a cuidadosa pintura da tela-suporte, da qual, em alguns casos, poderá ser vista apenas uma nesga, mas que, não apenas está lá, como é a matriz sobre a qual se estrutura a composição. A seguir matérias rugosas colam-se como peles ou redes, num jogo de vibrações surdas e potentes. Por fim padrões delicados, repletos de cor e significados, se superpõem como escamas rasgadas: soltos, diáfanos, translúcidos, criando velaturas de papel, revelando o potencial escultórico do material. E a artista se atreve a experimentar: usa tons escuros e terrosos, ousa estridências de cor, repousa na paz do branco, levita em transparências. Traços de ouro cintilam, tramas nos enredam, tudo se dilui e se interpenetra em contínua mutabilidade.
Na mostra a artista apresenta também suas mandalas, trabalho anterior que já prefigurava essa nova fase. Delicadamente fixadas em fios tensionados, elas flutuam no ar. Uma se sobrepõe à outra, uma deixa entrever a outra, e juntas formam um só corpo, saturado de cor, vazado de luz - um móbile stabile.
A obra de Cristina Sá dilui fronteiras entre Oriente e Ocidente, pintura e colagem, desenho e escultura. Seu resultado é um convite à fruição do olhar, quase um desafio nesses tempos de conceitos tão áridos. Uma obra pulsante e sedutora - sem medo da Beleza.
Exposição “Mistério sempre há de pintar por aí”, de Cristina Sá
De 10 de novembro a 12 de dezembro
Visitação: de segunda a sexta, das 10h30 às 18h30; aos sábados, das 12h às 17h
Galeria Nicoli
Rua Peixoto Gomide, 1.736, Jardim Paulista
Tel.: (11) 3062-7430
www.galerianicoli.com.br
Neta de avô chinês e com afinidade eletiva pela cultura japonesa, Cristina traz a inspiração oriental para o seu trabalho, cuja principal força está justamente na suavidade e na harmonia, obtidas a partir de várias técnicas de pintura, colagem e monotipias. As formas contidas em suas pinturas lembram figuras vegetais, equilibradas em estruturas verticalizadas, nas quais se alternam o ritmo, os materiais e as cores. Neste delicado balanço, surgem paisagens surpreendentes.
Seu principal material de criação são os papeis orientais, feitos a partir de fibras naturais, que são manuseados, modificados, colados em camadas ou superfícies planas.
Cristina estudou desenho com o artista polonês Maciej Babinski. Também foi aluna de Pedro Algaza e de Philip Hallawell, com quem cursou técnicas de aguadas, carvão e pastel e profissionalizou-se nos anos 1990. Desde então, vem expondo seu trabalho com regularidade em mostras coletivas e individuais, no Brasil e no exterior.
Entre os prêmios conquistados estão os do Salão da Sociétè Académique “Arts-Sciences Lettres” (Paris, 2003), Salon Internacional de Monde de La Culture et des Arts (Cannes, 2003), Salon de la Sociétè Nationale de Beaux Arts – Carrousel du Louvre (Paris, 2004) e Salon Brasilis à Paris – Galerie François Marsad (Paris, 2004).
Para saber mais sobre a artista e a exposição
Mistério sempre há de pintar por aí, texto curatorial de Denise Mattar:
Cristina Sá, atinge, nesta exposição na Galeria Nicoli, um grau mais ousado e experimental de sua poética pessoal, sem temer os riscos inerentes a esse novo passo. A fusão Oriente-Ocidente, que sempre caracterizou sua obra, continua presente, porém em nova clave. As amplas áreas brancas, cheias de silêncio, foram substituídas por uma superfície complexa, densa e misteriosa, construída em camadas, como as dos quimonos usados pelas damas da corte no Japão do século X.
Cristina Sá igualmente constrói sua obra em camadas de cor e poesia. Ela inicia seu trabalho com a cuidadosa pintura da tela-suporte, da qual, em alguns casos, poderá ser vista apenas uma nesga, mas que, não apenas está lá, como é a matriz sobre a qual se estrutura a composição. A seguir matérias rugosas colam-se como peles ou redes, num jogo de vibrações surdas e potentes. Por fim padrões delicados, repletos de cor e significados, se superpõem como escamas rasgadas: soltos, diáfanos, translúcidos, criando velaturas de papel, revelando o potencial escultórico do material. E a artista se atreve a experimentar: usa tons escuros e terrosos, ousa estridências de cor, repousa na paz do branco, levita em transparências. Traços de ouro cintilam, tramas nos enredam, tudo se dilui e se interpenetra em contínua mutabilidade.
Na mostra a artista apresenta também suas mandalas, trabalho anterior que já prefigurava essa nova fase. Delicadamente fixadas em fios tensionados, elas flutuam no ar. Uma se sobrepõe à outra, uma deixa entrever a outra, e juntas formam um só corpo, saturado de cor, vazado de luz - um móbile stabile.
A obra de Cristina Sá dilui fronteiras entre Oriente e Ocidente, pintura e colagem, desenho e escultura. Seu resultado é um convite à fruição do olhar, quase um desafio nesses tempos de conceitos tão áridos. Uma obra pulsante e sedutora - sem medo da Beleza.
Exposição “Mistério sempre há de pintar por aí”, de Cristina Sá
De 10 de novembro a 12 de dezembro
Visitação: de segunda a sexta, das 10h30 às 18h30; aos sábados, das 12h às 17h
Galeria Nicoli
Rua Peixoto Gomide, 1.736, Jardim Paulista
Tel.: (11) 3062-7430
www.galerianicoli.com.br

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