Custo da construção em Belo Horizonte é de R$1.264,09 e registra relativa estabilidade
Nos primeiros nove meses do ano, o CUB/m² acumulou alta de 7,75%. Esse resultado refletiu aumentos nos custos de material de construção, mão de obra e despesas administrativas. Nos últimos 12 meses o CUB/m² registrou alta de 8,27%
Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) o custo com a mão de obra representou 54,69%, materiais 41,02%, despesas administrativas 4,08% e equipamentos 0,21%.
Em setembro 11 materiais, entre os 26 pesquisados, apresentaram aumentos em seus preços entre os quais se destacaram: placa cerâmica (+3,50%), fechadura para ponta interna (+3,23%), tubo de ferro galvanizado com costura 2 ½” (2,02%), placa de gesso (+1,96%) e tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto 150mm (+1,72%). De acordo com o coordenador sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti, apesar de alguns aumentos expressivos, eles são pontuais: “O custo com material de construção vem mantendo relativa estabilidade, e essa continua sendo a tendência para os próximos meses. A confiança do construtor mineiro começou a ganhar consistência nos últimos meses, mas o maior incremento das atividades ainda depende do maior controle da inflação, do retorno dos investimentos, da redução dos juros, do encaminhamento das reformas estruturais necessárias ao desenvolvimento do país, do controle dos gastos públicos, enfim, de um cenário com maior estabilidade macroeconômica”, pondera o coordenador.
Resultado acumulado de janeiro a setembro de 2016: Nos primeiros nove meses do ano o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) acumulou alta de 7,75%. Esse resultado refletiu aumentos nos seguintes custos: 1,28% no material de construção, 12,31% na mão de obra e 19,83% na despesa administrativa. O aluguel de equipamento registrou estabilidade no período.
De janeiro a setembro/16 as maiores altas de preços foram observadas nos seguintes materiais: placa de gesso (+15,13%), tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto 150 mm (+10,32%), porta interna semioca para pintura (+10%) e esquadria de correr (+8,79%).
Acumulado nos últimos 12 meses (outubro/15 - setembro/16): Nos últimos 12 meses o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 8,27%. Esse resultado refletiu aumentos nos seguintes custos: 2,53% no material de construção, 12,31% na mão de obra, 17,89% na despesa administrativa e 3,53% no aluguel de equipamento. Neste período, os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços foram: tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto 150mm (+16,29%), placa de gesso (+15,13%), porta interna semioca para pintura (12,39%) e emulsão asfáltica impermeabilizante (+11,96%).
Evolução do CUB Global/ Material/ Mão de Obra -
Projeto-padrão R8-N
Mês/Ano
|
% CUB
Global
|
% Custo
Material
|
% Custo
Mão de obra
|
Mês/Ano
|
%
CUB
Global
|
% Custo
Material
|
% Custo
Mão de obra
| |
Jan./15 |
3,63
|
0,17
|
6,74
|
Jan./16 |
0,38
|
0,44
|
0,35
| |
Fev. |
0,24
|
0,47
|
0,00
|
Fev. |
0,49
|
0,16
|
0,12
| |
Mar. |
0,13
|
0,22
|
0,00
|
Mar. |
6,28
|
-0,55
|
11,79
| |
Abr. |
0,22
|
0,43
|
0,00
|
Abr. |
0,13
|
0,31
|
0,00
| |
Maio |
0,24
|
0,56
|
0,00
|
Maio |
0,06
|
0,16
|
0,00
| |
Jun. |
0,14
|
0,31
|
0,00
|
Jun. |
0,05
|
0,13
|
0,00
| |
Jul. |
0,07
|
0,14
|
0,00
|
Jul. |
0,07
|
0,18
|
0,00
| |
Ago. |
0,12
|
0,19
|
0,00
|
Ago. |
0,13
|
0,32
|
0,00
| |
Set. |
0,06
|
0,12
|
0,00
|
Set. |
0,05
|
0,13
|
0,00
| |
Out. |
0,15
|
0,50
|
0,00
|
Out. |
|
|
| |
Nov. |
0,20
|
0,44
|
0,00
|
Nov. |
|
|
| |
Dez. |
0,13
|
0,29
|
0,00
|
Dez. |
|
|
|
Fonte e elaboração:
Assessoria Econômica/Sinduscon-MG.
O CUB/m² desonerado cresceu 0,06% em setembro/16, acumulando alta de 7,50% nos primeiros nove meses de 2016 e 8,05% nos últimos 12 meses (outubro/15-setembro/16).
A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 187,70%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 154,01%.
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