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Espetáculo de dança "Ana Bastarda" mergulha no feminismo histórico


Novo espetáculo do Caleidos Cia de Dança, revela o universo da condição feminina por meio de diversas formas de presença - relatos corporais, poéticos e cênicos. Traz na dança diferentes formas de violência e de resistência das vozes do feminino, ecoando no corpo, no tempo e no espaço.





Estreia do Caleidos Cia de Dança, “Ana Bastarda”, em cartaz de 13 a 30 de abril, explora o universo do feminismo histórico e da condição feminina na contemporaneidade. Premiado em 2015 pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna, “Ana Bastarda” foi desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa Rosa Azul, do Caleidos Cia de Dança, desde 2013.




O Núcleo de pesquisa Rosa Azul do Caleidos Cia de Dança tem como proposta a realização de uma trilogia tematizando a violência na cultura do macho. São três encenações que tomam como foco para a reflexão as vítimas preferenciais da violência na cultura do macho: a mulher, o homossexual e a criança. Dentro desta proposta, um primeiro trabalho já se realizou: “Mairto” – Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2013, que foca a violência contra homossexuais. O segundo se concretiza com a estreia de “Ana Bastarda” – focando a condição do feminino na cultura do macho. E abre-se a perspectiva para “João e Maria”, o terceiro trabalho da trilogia focando a violência contra as crianças.

“Ana Bastarda” procura unir uma perspectiva histórica das origens do feminismo e leituras sobre o feminino no mundo contemporâneo. A encenação de “Ana Bastarda” remete a um dos elementos estruturantes das primeiras organizações feministas: o encontro de mulheres para compartilhar relatos e romper com a ideia de culpa pessoal e destino individual revelando a questão social que se ancorava nas vivências de cada uma delas, chamados de grupos de ampliação de consciência, os “consciousness-raising groups”.

Partindo desse princípio, o espetáculo “Ana Bastarda” oferece diversas formas de relatos - relatos do corpo que dança, relatos da voz que poeta, relatos das cenas que integram e acolhem o público. “Ana Bastarda” discute as violências contra as mulheres e as resistências das vozes do feminino; o espetáculo busca ecoar nos corpos que dançam os relatos de mulheres do passado que se presentificam por meio da voz e da poesia e os relatos do feminino na contemporaneidade que se presentificam por meio da interação com o público nas cenas de dança.

Em “Ana Bastarda”, o universo da presença e da apropriação do espaço cênico como um espaço de relato, reconhecimento e empoderamento promove a união de tempos, espaço e pessoas numa perspectiva do feminino no tempo presente. A interação com o público se dará por meio da voz – leitura de poemas – e dos corpos que compõem as cenas junto aos bailarinos.

“Ana Bastarda” é o 23º espetáculo do Caleidos Cia. de Dança, fundado por Isabel Marques e Fábio Brazil em 1996. Em 20 anos de pesquisa, o Caleidos Cia. de Dança desenvolveu seu trabalho cênico nas interfaces entre a dança e a educação. Pautado pela investigação sobre a interatividade na dança contemporânea, o Caleidos Cia de Dança há 20 anos desenvolve encenações que relacionam a poesia, o jogo cênico e os princípios da Linguagem da Dança (Laban).

SERVIÇO:

Espetáculo “Ana Bastarda”
“A voz do feminino, ecoando no corpo, no tempo e no espaço”
Caleidos Cia. de Dança
Apresentações de 13 a 30 de abril de 2017, de quinta a domingo
Quinta a Sábado às 20h; domingos às 19h
Na sede do Instituto Caleidos, à Rua Mota Pais, 213, Lapa, São Paulo, SP
Entrada franca
Ingressos devem ser retirados no local com 30 minutos de antecedência.
Duração: 50 minutos
Classificação etária: 14 anos
Capacidade: 30 lugares
Tel.: (11) 3021-4970

FICHA TÉCNICA

Direção e coreografia: Isabel Marques
Codireção e dramaturgia: Fábio Brazil
Intérpretes criadores: Nigel Anderson, Renata Baima, Kátia Oyama e Ágata Cérgole
Música: Caleidos Cia de Dança
Cenário: Fábio Brazil
Preparo corporal: Ana Paula Mastrodi
Iluminação: Rafael Lemos
Produtor: Nigel Anderson
Produção: Mobilis Ltda – ME

Mais informações

www.caleidos.com.br

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