MAPFRE Investimentos: taxas de juros do bloco europeu marcam a movimentação econômica da semana
Análise semanal aponta que o Banco Central Europeu deverá enfrentar um dilema ao decidir das taxas de juro locais
Quais fatores o BCE deve considerar em sua decisão de política monetária de 27 de abril? O BCE deve considerar que a inflação dá sinais de recuo. Após ter atingido a marca de 2% em fevereiro ante o mesmo mês do ano anterior, meta perseguida pelo BCE, a inflação desacelerou para 1,5% em março na mesma comparação. Seu núcleo seguiu contido, em 0,7%. Ocorre que essa desaceleração não acontece uniformemente em todas as economias. A inflação na Alemanha segue em nível superior à média observada no bloco. Daí a pressão dos membros alemães do BCE para que este eleve a taxa de juros.
No entanto, o principal dilema do BCE não está nos diferenciais de inflação, mas sim nos diferenciais de poupanças entre as economias do bloco. Taxa de juros negativas beneficiam as economias com posição externa líquida devedora, como as da Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha. Ao mesmo tempo, taxas de juros negativas prejudicam as economias com posição externa líquida credora, como as da Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Holanda, Noruega e Suécia. Pior, esse diferencial de poupanças entre as economias credoras e devedoras do bloco deve aumentar no longo prazo, segundo estimativa do FMI.
Ou seja, o BCE encontra-se diante de um dilema nada irrelevante. Em nossa visão, a autoridade monetária europeia deverá manter a sua decisão de março, de manutenção das taxas de juros e redução gradual de seu programa de compras de bônus até o fim do ano. Qualquer que seja a decisão, entretanto, haverá perdedores e vencedores. Partidos políticos de direita e de esquerda de diferentes economias europeias explorarão esse dilema como argumento suficiente para a dissolução do bloco. A MAPFRE Investimentos seguirá atenta aos riscos e oportunidades desse cenário.
GESTÃO
Novamente com a semana mais curta, devido ao feriado de Tiradentes, o Ibovespa apresentou alta moderada de 1,49% na semana. No mês, o índice apresenta queda de 1,88%. No ano, alta de 5,87%. A volatilidade dos mercados tem persistido principalmente por conta das tensões geopolíticas envolvendo os Estados Unidos. Outro fator que tem tomado a atenção dos investidores é a eleição na França. Todas as pesquisas apontavam para um primeiro turno bem equilibrado entre os principais candidatos que efetivamente ocorreu, porém os mercados reagem de forma positiva com a possibilidade de um candidato com discurso mais liberal vencer as eleições no segundo turno. No mercado de câmbio, o Real se desvalorizou frente ao Dólar e encerrou a semana com variação de 0,32%, cotado a R$ 3,1453.
Os destaques positivos da bolsa ficaram por conta das ações da Marfrig e Pão de Açúcar, com valorização de 12,17% e 11,06% respectivamente. Na ponta negativa, os destaques foram as ações de Cosan e Sabesp com perdas de 5,16% e 3,33%.
No mercado de juros, os vencimentos mais curtos apresentaram queda e os vencimentos mais longos alta por conta da divulgação da ata da última reunião do COPOM. Os destaques da semana foram: Jan18 queda de 9,5 pontos; Jan19 queda de 8 pontos; Jan21 queda de 1 ponto; Jan23 queda de 1 ponto e Jan25 alta de 2 pontos.
SOBRE A MAPFRE - A MAPFRE Brasil, no país desde 1992, é parte do grupo espanhol que forma uma das maiores empresas de prestação de serviços nos mercados segurador, financeiro, de saúde e pesquisa do mundo. Sólida e inovadora, está presente na Europa, Ásia, África e América. Especialista nos segmentos em que atua, a MAPFRE Brasil opera com bases de negócios sustentáveis e é dividida em unidades de Investimentos, Consórcios, Capitalização, Previdência e Vida Resgatável, Saúde, Assistência e Pesquisa e Desenvolvimento (CESVI Brasil). A companhia ainda mantém a Fundación Mapfre, instituição sem fins lucrativos, que promove e desenvolve atividades de interesse geral da população.
A unidade MAPFRE Investimentos é especializada na gestão de fundos de investimentos que atendem aos segmentos de pessoa física, jurídica e institucional, totalizando hoje um volume superior a R$ 9 bilhões.
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