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Bolsas europeias fecham instáveis por cautela com eleição na França

Após o ataque terrorista em Paris ocorrido às vésperas da eleição presidencial na França, os investidores estão mais cautelosos.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 0,37%, para 5.059,20 pontos, na última sessão antes do primeiro turno das eleições - JOEL SAGET / AFP
Estadão Conteúdo

As bolsas europeias encerraram o pregão desta sexta-feira, 21, sem direção única, com investidores mais cautelosos após o ataque terrorista em Paris ocorrido às vésperas da eleição presidencial no país. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com leve alta de 0,02%, aos 378.12, e terminou a semana em baixa de 0,7%.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 0,37%, para 5.059,20 pontos, na última sessão antes do primeiro turno das eleições do próximo domingo, numa disputa considerada sem precedentes na França dada a forte competitividade dos quatro principais candidatos, que aparecem com pequena margem de diferença na corrida presidencial. E o ataque a tiros ocorrido ontem em Paris, reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico, motivou um acirramento do debate sobre a política de imigração local.

As pesquisas indicam que o centrista Emmanuel Macron é o favorito, ainda que Marine Le Pen, candidata de extrema-direita e favorável a uma saída do país da zona do euro e a medidas mais restritivas para a imigração, esteja bem próxima, o que pesou sobre os negócios. Analistas temem que o ataque alimente um avanço de Le Pen. Ontem, horas antes do tiroteio, o CAC 40 fechou em alta de 1,48%, na maior alta em sete semanas, com o mercado passando a considerar a perspectiva de que Macron pudesse vencer a eleição, movimento que se reverteu hoje.

Bolsas

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,06%, em 7.114,55 pontos. As blue chips oscilaram entre leves altas e baixas, mantendo o principal índice local no pior desempenho semanal em cinco meses. Na semana mais curta por causa da Páscoa, o FTSE-100 recuou 2,7%, no maior porcentual de queda para o período desde o início de novembro. Operadores locais citaram o sentimento de maior cautela provocado pelas incertezas relacionadas à eleição francesa.

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