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Força feminina existe na história

Ainda esmaecida, pode ser despertada em progresso pessoal 

Alice Schuch, pesquisadora, escritora e palestrante do universo feminino
Daniel Scherer
A força feminina existe, mas não tem história externa. De cinco mil anos até agora sempre se expôs à inteligência masculina. A palestrante, escritora e pesquisadora Alice Schuch lembra que em tantas histórias registradas, de reis, de lutas, de política e de revoluções, a figura do homem é a que prevalece. "Ele até pode estar ligado a uma mulher, mas essa logo depois desaparece. Nela não se fala mais".

Alice provoca: "a história pode ter sido feminina, mas de fato não a escrevemos. Ainda hoje, a maioria das mulheres que participa de eventos econômicos, políticos ou científicos é de passagem, um momento, um ingrediente e não o real jogador".

Se em momentos importantes, o homem convoca a mulher, é porque constata uma superioridade. E isso ocorre, Alice Schuch questiona por que não há o despertar e aprendizagem em favor do progresso pessoal em relação à inteligência feminina? "Talvez seja correto afirmarmos que a situação permanece. A mulher é maravilhosa, porém inconstante", responde.

Parece claro que se existe potencial, pode-se fazer o que se quer. "Por que não o fazemos?". De acordo com a pesquisadora, uma mulher superior é uma construção, o resultado consciente e elaborado de uma educação, de uma formação e distingue-se não apenas pelo potencial, mas pelo modo como permanentemente se autoconstrói.

Fundamental, diz Alice, seria eliminar a distância entre ambição pessoal e realização concreta, "pois em caso contrário estaremos renunciando também no Terceiro Milênio ao objetivo de exercer liderança científica, histórica e econômica. O cuidado recai apenas nas acusações ao mundo machista, que para nós mulheres é perda de foco, não nos convém".

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