Referência em vídeo cirurgia ginecológica, Dr. Alexandre Silva e Silva fala da importância do uso de laparoscopia
O médico especialista em ginecologia e obstetrícia pondera vantagens da cirurgia
Dr. Alexandre Silva/Foto: Aquivo Pessoal |
Os avanços tecnológicos na medicina trouxeram consigo grandes mudanças na área da cirurgia, tanto para os cirurgiões, quanto para as pacientes. À partir da década de 80 as cirurgias que eram realizadas através de grandes incisões (cortes), passaram a ter como opção uma técnica chamada de laparoscopia.
A laparoscopia é uma técnica na qual são realizados pequenos cortes, sendo um mais comumente realizado dentro do umbigo, com cerca de 1cm, e mais dois ou três na parte mais baixa do abdome (no caso da ginecologia), que medem 0,5cm. Através dos pequenos cortes são passados pequenos tubos que permitem a passagem de uma microcâmera de alta definição (que normalmente é passada através do umbigo) e de pinças ou instrumentos necessários para a realização da cirurgia.
A laparoscopia inicialmente começou a ser utilizada em procedimentos mais simples, mas assim como a tecnologia, a evolução e treinamento dos cirurgiões, passou a possibilitar o uso da técnica em casos cada vez mais complicados e complexos. Com o passar do tempo e a análise dos resultados e dos benefícios aos pacientes, mais cirurgiões tornaram-se entusiastas dessa técnica, difundindo-a por todo o mundo.
Nos dias de hoje, a cirurgia laparoscópica é utilizada por praticamente todas as especialidades cirúrgicas abdominais como: cirurgias do aparelho digestivo (vesícula biliar, baço ou apêndice, fígado, pâncreas) , cirurgia bariátrica, cirurgias oncológicas para retirada de tumores intestinais, cirurgias urológicas e cirurgias ginecológicas para doenças benignas e malignas.
Pioneiro na cirurgia laparoscópica, desde 1998, o médico Alexandre Silva e Silva, especialista em ginecologia e obstetrícia, primeiro fala em quais situações a operação é sugerida. "A laparoscopia pode ser realizada em pacientes com diagnóstico de miomas uterinos, sejam para a preservação da fertilidade(remoção somente dos miomas) ou para a remoção do útero, nos casos em que a paciente não tem mais desejos reprodutivos; na endometriose, que é o “mau da mulher moderna” e atinge milhares de mulheres em todo o mundo, prejudicando não somente a fertilidade delas como também tirando-lhes qualidade de vida por conta das dores incapacitantes que pode causar; nos cistos ovarianos, nas gestações tubáreas (ectópicas), em doenças inflamatórias do aparelho reprodutor feminino (abscessos tubo-ovarianos), nos defeitos do assoalho pélvico (cirurgias para correção de prolapso(quando o útero desce e sai para fora da vagina) e incontinência urinária de esforço); em casos de câncer de corpo uterino (câncer de endométrio), entre outras indicações”.
O médico também ressalta que as vantagens da cirurgia incluem o menor risco de infecção de parede abdominal, cicatrizes menos evidentes, menor custo com medicações, menor tempo de internação hospitalar com alta precoce e melhor recuperação pós-operatória, proporcionando que a paciente retorne às suas atividades diárias com mais rapidez.
O período de internação das pacientes gira em torno de 24h nos casos em que não são realizadas remoções de partes do intestino, quando esse período pode estender-se por mais 3 a 5 dias. Após a alta, a paciente é encaminhada para casa, onde é recomendado um repouso relativo, durante o qual orienta-se não pegar peso, não realizar atividades do lar, porém não ficar deitada o tempo todo. Pequenas caminhadas em ambiente plano, sem subidas e descidas de escadas são muito bem vindos e proporcionam retomada da movimentação e funcionamento intestinal, assim como diminuem a incidência de tromboembolismo.
Não é necessária dieta especial. A paciente pode comer aquilo que tiver vontade, mas é aconselhável evitar alimentos que produzam gases intestinais, como por exemplo: feijão, ovos, repolho. A medicação anti-inflamatória pode ser indicada nesse período, assim como medicação para dor, se necessário. Os antibióticos são administrados durante a cirurgia e não são necessários no pós-operatório, salvo nos casos em que o motivo da cirurgia era infeccioso.
Em um período de 7 dias a paciente retorna ao consultório para avaliação e retirada de pontos e é comumente liberada para retornar às suas atividades do dia a dia, de acordo com o que ela mesma se sente confiante para fazer. “Normalmente com 7 dias liberamos as pacientes para voltar a dirigir”, finaliza o médico.
Sobre o doutor Alexandre Silva e Silva
Dr. Alexandre Silva e Silva, se formou em 1995 na Faculdade de Ciências Médicas de Santos em medicina e fez residência em ginecologia obstetrícia no Hospital Guilherme Álvaro. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia em 1999. Título de especialista em Histeroscopia em 1998. Título de especialista em laparoscopia em 2000. Certificação em cirurgia robótica em 2007 no Hospital Metodista de Houston. Certificação em cirurgia robótica single site em 2016 em Atlanta. Mestre em ciências pela Universidade de São Paulo em 2019.
Foi pioneiro em cirurgia minimamente invasiva a partir do ano de 1998. E dá aulas de vídeo cirurgia desde então. Referência em vídeo-laparoscopia e cirurgia robótica.
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