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A maior simulação da Assembleia da ONU no Brasil acontece em uma escola pública de Ensino Médio Integral no Sergipe

Desenvolvido por alunos e professores, projeto Atheneu ONU ganhou visibilidade e engajou diversos famosos, como Luiza Trajano, Mateus Solano e Marcelo Tas

O Atheneu ONU surgiu de uma iniciativa criada, em 2019, pelos alunos do Centro de Excelência Atheneu Sergipense - escola adepta ao Ensino Médio Integral (EMI), modelo de educação público e gratuito. Sob a orientação do professor de Sociologia, Yuri Norberto Silva, fruto de uma experiência em sala de aula que buscava propor discussões sobre Direitos Humanos e outros assuntos importantes, o projeto cresceu e se tornou a maior simulação da ONU no país.

Marcelo Tas, Luiza Helena Trajano, Mateus Solano, Iberê Thenório, a campeã olímpica de vôlei, Fofão e outros brilhantes profissionais foram convidados para falar sobre temas de grande relevância para a formação pessoal e intelectual dos alunos. Através de webinars, abordaram sobre educação, tecnologia, empreendedorismo, sustentabilidade, comunicação, cultura e muito mais.

Por ser uma proposta pedagógica multidimensional e moderna, focada nos Projetos de Vida e no desenvolvimento das habilidades e competências socioemocionais, o EMI estimula os estudantes a se tornarem jovens protagonistas e a criarem ações de impacto social. Foi a partir da vivência com essa metodologia educacional e da vontade coletiva em produzir algo que também se conectasse às suas realidades, que os alunos do Atheneu Sergipense sugeriram uma simulação nos moldes do Conselho de Segurança da ONU.

Inicialmente, o objetivo do projeto era contribuir com o desenvolvimento dos estudantes e incentivá-los a desenvolverem soluções a partir de problemas reais. Mas o Atheneu ONU conseguiu ir além e impactar toda a comunidade escolar, especialmente os professores. "Foi um momento único, voltado para o aprendizado dos alunos e também dos professores. Os encontros trouxeram muitas informações relevantes, sobre como lidar com o ensino na pandemia e guiar as aulas. Com isso, foi possível criar metodologias diferentes nas salas de aula. Um trabalho fundamental para conseguirmos um modelo eficiente durante o período remoto", explica Alex Melo, estudante e Secretário Executivo Geral do projeto.

E o Atheneu ONU não parou por aí. A defasagem tecnológica ainda era um problema real na escola. Pensando nisso, os integrantes do projeto criaram um site para disponibilizar aos alunos os materiais didáticos e também para que os professores pudessem colocar os planejamentos das aulas. Incentivaram a criação de podcasts com conteúdos relevantes e com apoio da CEO do Magazine Luiza, conquistaram parcerias com a Alura - plataforma de cursos online sobre programação, marketing, produção de conteúdo e design - além do Luiza Labs - laboratório de tecnologia e inovação do Magazine Luiza.

O Ensino Médio Integral e o seu poder de transformação

Por acreditar no poder de transformação que a educação pública de qualidade tem, o EMI busca proporcionar o amadurecimento do indivíduo, com o objetivo de prepará-lo não só para o mercado de trabalho ou para o vestibular, mas também para a vida. Uma proposta pedagógica multidimensional, que foca em auxiliar os jovens na construção de seus Projetos de Vida e planos para o futuro.

Em todo o Brasil são cerca de 3720 escolas no modelo e 778 mil estudantes. A modalidade apresentou crescimento exponencial no último IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), reforçando sua assertividade. Os índices de desempenho e rendimento também surpreendem. Enquanto a média nacional do IDEB foi de 3.9 pontos, o Ensino Médio Integral atingiu 4.7 pontos na média nacional, superando a meta Brasil de 4.6 pontos. Apesar de acumular os melhores resultados do Ensino Básico, o modelo, que promove a formação integral e cidadã dos jovens, ainda é pouco conhecido.

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