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A saúde ocupacional e a prevenção às hepatites virais

Médico alerta sobre o papel da medicina ocupacional na prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais

Dr. Ricardo Pacheco, médico e gestor em saúde na OnCare Saúde
A saúde ocupacional e a prevenção às hepatites virais

Médico alerta sobre o papel da medicina ocupacional na prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais

         No mês em que se reforça o alerta sobre os riscos que as hepatites virais trazem para as pessoas, o serviço médico de saúde das empresas ganha destaque. Isso porque a infecção pelos vírus que causam a doença pode ser evitado e detectado pela medicina ocupacional.
Estima-se que mais de 100 mil pessoas vivam com as hepatites B e C, só na cidade de São Paulo. O número, no entanto, não se aproxima do de casos diagnosticados. Por isso é tão importante falar sobre o Dia Mundial da Luta contra as hepatites virais, instituído pela Organização Mundial da Saúde em 28 de julho.
De 2000 a 2018, foram registradas 74.864 mortes no Brasil por causa da doença. A hepatite C concentra 76% desses óbitos, segundo o último Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, publicado em julho do ano passado pelo Ministério da Saúde. Felizmente, nos últimos anos o tratamento contra esse tipo da enfermidade evoluiu consideravelmente, já que se seguido à risca, a chance de cura supera os 95%.

Campanhas de conscientização nas empresas
         Empresas especializadas fazem campanhas junto aos seus colaboradores, onde realizam testagem, vacinação (para o tipo B, que se estende ao tipo D), encaminhamento para tratamento e, principalmente, a conscientização desses trabalhadores que tem um efeito que vai além dos muros das corporações.
         Esse trabalho é de fundamental importância, principalmente em um País onde quase a metade dos domicílios (34,1 milhões) não tem acesso à rede de tratamento de esgoto, 36 milhões de pessoas sequer chegam perto da água tratada, e que apenas 56,6% dos jovens com idade entre 15 e 24 anos usam preservativo. Nesse cenário, eliminar as hepatites virais até 2030, como é a meta do Ministério da Saúde, é uma missão difícil e só não é impossível porque pode contar com a saúde ocupacional, para conscientizar, prevenir e auxiliar no tratamento do trabalhador brasileiro. 
Para Letícia Fiorio Baptista, infectologista da OnCare Saúde, o serviço médico que acompanha o trabalhador é determinante para combater a doença já no início. “Responsáveis por 1,3 milhão de mortes por ano no mundo, segundo estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde), as hepatites virais são inflamações que aos poucos matam as células do fígado e as transformam em cicatrizes que enrijecem o tecido, chamadas de fibrose. Sem apresentar sintomas, a evolução é, na maioria dos casos, silenciosa, e muitas vezes é descoberta quando está em estágio avançado, já com o comprometimento da função do fígado, cirrose ou mesmo o câncer. Por isso a realização de exames médicos ocupacionais são tão importantes”, enfatiza. 
No ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde, foram notificados 37.773 casos da doença, que pode ser causada por cinco tipos de vírus: A, B, C, D e E. E apesar de em longo prazo destruírem o tecido do órgão, cada uma delas tem sua própria forma de transmissão e tratamento. O tipo A, por exemplo, é transmitido por água e alimentos contaminados. A hepatite B é transmitida pelo sangue e outros líquidos/ secreções corporais contaminados. O tipo D está associado com a presença do vírus B. A hepatite E é transmitida principalmente pela via fecal-oral e pelo consumo de água contaminada, em locais com infraestrutura sanitária deficiente; e o tipo C, pela exposição ao sangue infectado. 

Conscientizar para prevenir
         As empresas têm um papel fundamental na saúde de seus trabalhadores, que passam mais tempo desenvolvendo suas atividade laborais do que com a própria família. Nesse sentido, realizar campanhas de saúde por meio do serviço médico é uma forma muito eficiente de prover a saúde do trabalhador e de seu entorno.
         Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde, diretor da OnCare Saúde e presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho) lembra que no caso das hepatites, campanhas podem ser abordadas contra o etilismo e o uso de drogas, por exemplo. “Sabemos que os vírus são os principais causadores da hepatite, que podem ser adquiridos, por exemplo, pelo uso de drogas e de substâncias tóxicas (como alguns remédios) e exagero no consumo de álcool. Existe um desafio para acabar com casos de hepatites virais no Brasil, especialmente porque elas ainda são subnotificadas e os serviços de saúde têm dificuldade de encontrar as pessoas que estão doentes. Além de questões como acesso a saneamento básico, uso de drogas e sexo desprotegido, uma grande parte da população não tem acesso aos serviços de saúde e nem informação de qualidade. Por isso um serviço médico no trabalho das pessoas pode fazer a diferença para toda a comunidade”, afirma o diretor.

Diagnóstico, vacinação e tratamento
         O diagnóstico das hepatites pode ser dar nos exames de rotina aos quais os trabalhadores são submetidos, como testes de função hepática e sorologia, para identificar o vírus.
         Detectar o vírus é fundamental alerta a médica. “Considerando os aspectos da saúde do trabalhador, a hepatite B é uma das doenças ocupacionais mais importantes para profissionais das áreas de saúde e de estética e beleza. Exposições percutâneas ou de mucosas ao sangue de indivíduos infectados pelo HBV representam a principal fonte de transmissão ocupacional, uma vez que quantidades mínimas de sangue são suficientes para transmissão devido à alta virulência do micro-organismo”, destaca Dra. Letícia Fiorio.
         Por isso é importante que os trabalhadores seja vacinados, já que o imunizante pode prevenir contra as formas A e B (sendo que ao tomar a vacina da hepatite B previne-se também a hepatite D), como explica Ricardo Pacheco. “Com o diagnóstico em mãos, os pacientes podem conviver bem com a hepatite B e se curar da hepatite C, que ainda não conta com vacina para ser prevenida. Muitas empresas estão vacinando seus trabalhadores e a rede pública oferece vacina gratuita para o tipo B, que deve ser tomada em três doses. A vacina é extremamente eficaz e evita que a pessoa adoeça ao ter contato com o vírus”, ressalta o gestor em saúde e diretor da OnCare Saúde.
         Quanto ao tratamento, o médico lembra que o Brasil avançou na oferta de tratamento médico para a população diagnosticada com algum tipo de hepatite. “De acordo com relatório do Ministério da Saúde, em 2020 o Brasil zerou a fila de tratamento. Houve um investimento na disponibilização de medicamentos para as hepatites. Alguns tipos é possível curar com repouso, para que o corpo do paciente se cure naturalmente, dando remédios que tratam somente dos sintomas dessa condição, como a dor abdominal. Existem medicamentos para a hepatite A, B e C que são antivirais e conseguem ajudar o corpo a combater o vírus”, completa Ricardo Pacheco.

         A OnCare Saúde, que existe para cuidar da saúde do trabalhador brasileiro, integra a campanha do Julho Amarelo, voltada para a conscientização sobre as hepatites virais, doenças que atacam principalmente o fígado e pode provocar consequências graves.

Sobre a OnCare Saúde
A OnCare Saúde é uma plataforma de solução integrada de saúde, que oferece assessoria e consultoria, para empresas e para população em geral. Dentro dessa plataforma, de gerenciamento macro, está a assistência médica que também garante a assistência integral social e à saúde dos beneficiários e seus dependentes, com ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação, de forma a contribuir para o aprimoramento do sistema social e de saúde do Brasil.

Nesse momento de pandemia a OnCare Saúde tem adotado todas as medidas sanitárias recomendadas pelas autoridades em saúde, no Brasil e no mundo. Dessa forma, os atendimentos presenciais continuarão acontecendo por ordem de chegada, como ocorre normalmente. É exigido o uso de máscaras e ofertado álcool em gel para todo usuário que tenha que se deslocar até uma unidade.

OnCare Saúde ainda adverte que os serviços digitais são amplos e estão disponíveis 24 horas por dia; e que o paciente só se dirija a uma unidade se realmente imprescindível.

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