A Saúde Mental Nos Esportes - Precisamos Priorizá-la Com Urgência!
Se Por Um Lado a Medicina, Aliada Com a Tecnologia de Ponta, Está Voltada Para o Desempenho Esportivo, Visando Apenas a Saúde e as Condições Físicas dos Atletas, A Saúde Mental Deixa a Desejar.
Com o fim das
Olimpíadas nós nos deparamos com o caso da americana Simone Biles,
profissional em ginástica artística e medalhista em campeonatos mundiais. Ela
acabou desistindo da disputa final solo nas Olimpíadas por causa da pressão que
vinha sofrendo, o que a deixou mentalmente abalada.
Segundo a Dra. Gesika Amorim, Mestre em educação
médica, Pediatra pós graduada em Neurologia e Psiquiatria, com especialização
em Tratamento Integral do Autismo, Saúde Mental e Neurodesenvolvimento-
Esse episódio mostrou ao mundo
o quanto é comum os transtornos mentais entre os atletas profissionais, o que
acaba prejudicando o desempenho dos atletas em suas modalidades. Apesar disso,
parece não haver um protocolo consensual para o diagnóstico e tratamento para
os transtornos mentais nos grandes atletas, o que se torna muito preocupante -diz a
especialista.
Quando
se fala em atleta de elite,
estamos falando daqueles esportistas profissionais, que tem o esporte como
profissão, que competem em olimpíadas e campeonatos nacionais e/ou
internacionais; profissionais com alto índice de risco de lesão física.
Já existem evidências
de que os sintomas dos transtornos mentais acentuam os riscos de lesões
físicas, além de impactarem negativamente a recuperação total da pessoa. Por
isso, se faz necessário um tratamento que possa englobar os fatores
biopsicossociais para diminuir os impactos negativos na saúde dos esportistas.
Inclusive, envolvendo o tratamento individual, para cada atleta afetado – Comenta Dra. Gesika.
Entre os atletas de
elite os sintomas e transtornos de saúde mental mais específicos são:
- Distúrbios do sono
- Sintomas de depressão e
transtorno depressivo maior
- Ansiedade
- Transtornos relacionados com a
ansiedade
- Suicídio
- Transtorno de déficit de
atenção e hiperatividade
- Transtornos bipolares
- Transtorno psicóticos
- Transtornos alimentares
- Transtorno de estresse
pós-traumático
- Transtornos por uso de
substâncias
- Transtorno de jogo e outros
vícios comportamentais
Ainda sobre a saúde
mental, uma coisa que precisamos levar em conta são os fatores ambientais e os
estressores. O grupo de especialistas do Comitê Olímpico estendeu o ambiente de
convivência dos atletas para um ambiente social mais abrangente.
Alguns dos fatores que
foram considerados:
- Situações de abuso e assédio
públicos constantes
- Pressões para a constante
melhora no desempenho
- Abuso psicológico
- Número elevado de lesões
Os atletas
profissionais precisam de um atendimento multidisciplinar mais efetivo para
minimizar os impactos negativos da carreira, visando não apenas a saúde estritamente
física, mas também a saúde mental, que deveria ser foco de muita atenção para
todos nós, nos tempos atuais, coisa que não ocorre – completou a Dra. Gesika Amorim.
CRÉDITOS:
Dra Gesika Amorim é Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa), dentre outros títulos.
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