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O que a recuperação do Bitcoin representa para o mercado?

Analista da BlueBenx avalia os fatores que fizeram a criptomoeda retornar acima do patamar de US$ 40 mil; ele ainda analisa o primeiro semestre, como base para os próximos meses

O Bitcoin retornou ao patamar acima de US$ 40 mil, valor que foi negociado pela última vez em 14 de junho, segundo dados do Trading View. Com as quedas sofridas a partir de maio, impulsionadas principalmente pelas afirmações de Elon Musk e sanções da China, o ativo volta a ganhar um novo viés de alta. 

O primeiro semestre foi marcado por grande oscilação no mercado cripto, no qual o Bitcoin atingiu seu maior preço chegando acima de US$ 60 mil em abril, mas depois passou por diversos tombos que o fizeram valer menos de US$ 30 mil. 

Segundo Wilton Gomes, analista de operações financeiras da BlueBenx - primeiro blockchain bank do Brasil -, o período atual é um grande teste do ativo para avaliar sua estabilidade. “Na análise macro, o Bitcoin ainda está dentro da fase de consolidação entre US$ 28 mil e US$ 40 mil. Quando ele bate os US$ 40 mil, ele ainda encontra uma resistência”, explica. 

Para que o ativo volte a valorizar e atinja novamente seu recorde, o especialista ainda aponta a necessidade de estabilidade e influência de fatores positivos no mercado. “Esperamos que ocorra uma evolução do ativo, mas para isso acontecer ele precisa permanecer acima do valor de US$ 40 mil. Se isso ocorrer, teremos expectativa gigantesca de ele retornar para a casa dos US$ 50 mil e quem sabe até de US$ 60 mil, caso ocorram fatores positivos neste intervalo, como as recentes afirmações do CEO da Tesla que voltou a apoiar o ativo, por exemplo”, completa. 

Considerando o primeiro semestre de 2021 em comparação a 2020, Wilton lembra que o ativo já passou por um período conturbado logo após o início da pandemia no último ano e mesmo assim se mostrou resiliente, provando sua consolidação. 

“No primeiro semestre de 2020, o BTC iniciou com U$$7.195, fez máxima em U$$10.500, valorizando +45,93%. Depois fez mínima em U$$3.782, corrigindo -63,98% em relação a máxima do período e fechou o semestre em U$$9.138, com alta de +27,00%. Já em 2021, ele começou com U$$28.923, fez máxima em U$$64.854, valorizando +124,23%, fez mínima em U$$28.805, corrigindo -55,58% e fechou o semestre em U$$35.045, com alta de +21,17%. Se você analisar, houve uma evolução de um ano para o outro e este movimento pode continuar igual nos próximos meses”, pontua Gomes.

Outro fator que também é essencial para o analista como prova de valorização futura e consolidação do ativo é a concentração por parte de investidores institucionais. “No primeiro semestre de 2021, o cripto ativo que mais teve adesão por parte de grandes investidores foi o Bitcoin. Estes investidores, que também são conhecidos como baleias no universo cripto, costumam manter a criptomoeda por muito tempo em suas carteiras”, finaliza.

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