Continuidade de Negócios como vantagem competitiva: bem-vindo a 2030
Por
Jeferson D’Addario*
Por que
investir em Continuidade de Negócios (GCN) em um mundo multicloud e
multiplataformas com alta disponibilidade? Por que investir em GCN em um mundo
com cópias de segurança online e automáticas? Porque o mundo não é só alta
disponibilidade, e provavelmente a alta gestão ainda não entende o que é a
Gestão da Continuidade de Negócios de verdade e seu valor para o negócio e para
os investidores.
A Continuidade de Negócios é uma parte
da gestão empresarial moderna, ou melhor, da Governança Corporativa e da
Governança de Riscos, que tem por objetivo diagnosticar tecnicamente riscos e
dependências para minimizar perdas. Portanto, trata-se de business e não de
tecnologia. Sabemos que os negócios atuais são 90% tecnologia, automatizando
processos, estratégias de marketing, vendas, atendimento, suporte e serviços.
Mesmo assim, negócios são mais ou menos
resilientes por vários motivos: Oportunidade de mercado; Demanda; Inovação;
Resolução de problemas; Preço; Novidade; Serviços essenciais para uma determinada
finalidade, como por exemplo Saúde; Riscos ou a falta de gerenciamento técnico
deles.
A resiliência é uma condição que os
negócios têm, e sabemos que correr riscos faz parte dos negócios. Portanto,
podemos antecipar cenários de crise, gerenciar os riscos e estarmos preparados
para minimizar perdas.
Quando investimos, queremos solidez,
força, inovação e algo que possa render mais e gerar mais riqueza. Fundos ou
investidores individuais são sensíveis às redes sociais, TVs, as decisões de
governos, e em um mundo de fake
news isso é um risco a mais.
Demonstrar ao mercado que na estratégia
de Governança e Gestão de Riscos utiliza-se de forma correta a Continuidade de
Negócios, pode ser o diferencial de valor para um Valuation (M&A) ou o
diferencial para investimento de um fundo ou grupo de pessoas que buscam as
informações corretas nos websites ou na internet.
Normalmente quando invisto ou auxílio
alguma empresa, oriento a buscar informações no website (relação com
investidores), relatórios de auditorias, informações das seguradoras que
assessoram aquele grupo e histórico de crises e/ou desastres para analisarmos a
inércia ou falta de preparo e condicionamento para enfrentá-las.
O valor de uma BIA - Business Impact
Analysis?
Um dos diagnósticos mais importantes de
um Programa de Continuidade de Negócios é a Análise de Impactos no Negócio ou
em inglês: a BIA. Ela é um processo que é estabelecido e revisado anualmente
(ou quando se tem uma mudança significativa no negócio) e serve para:
- Entender os processos de
negócios ou linhas de produtos e serviços;
- Identificar, classificar e
compreender os ciclos do negócio e os tempos necessários (RTO, RPO etc.)
- Identificar e quantificar os
impactos (financeiros, operacionais, legais ou de imagem) causados pela
interrupção dos processos ao negócio, quando interrompidos.
- Entender a dependência de
pessoas, tecnologias ou até mesmo de fornecedores que os processos de
negócios têm;
- Servir de base para
compreendermos os tempos X processos de negócios (e o que entregam) X
impactos ao negócio, e assim definirmos um apetite de riscos para
tratamento e análise de estratégias de continuidade para Pessoas,
Processos e Tecnologias.
Algumas perguntas importantes para a
Alta Administração e/ou investidores fazerem às empresas
- Quanto investimos em
Continuidade de Negócios anualmente? (Budget)
E o que protegemos de fato? Quanto isso melhora nossa resiliência?
Testamos e validamos isso? Nota: Empresas certificadas na ISO 22301
são auditadas anualmente.
- Nossos parceiros sabem o que é
a GCN? Possuem Planos de Continuidade? Eles sabem o que fazer se nossa
empresa declarar uma situação de crise e acionar nosso Plano de
Continuidade (PCN)?
- Temos contratado, ativado ou
configurado os recursos de Continuidade (DRP) nos serviços de Cloud (infraestrutura
e serviços em "nuvem")? Nossas equipes de Cloud, DevOps, etc
sabem o que é isso e como usar adequadamente?
- Como mostramos isso para nossos
clientes, acionistas e investidores? Como usamos como vantagem competitiva
e valor?
- O quanto isso está forte em
nossa governança?
Em algumas empresas multinacionais, o
engajamento e participação de executivos em exercícios simulados de ativação do
PCN impacta o PLR (Participação nos lucros e resultados) e até bônus anuais. E
o percentual de PLR das equipes e lideranças táticas também é medido através de
indicadores e participação ativa no desenvolvimento e exercícios.
Dicas para a implementação da Gestão de
Continuidade de Negócios:
- Leia a ISO 22301 e a ISO 22313;
- Busque ainda mais informações
relevantes no DRII - Disaster Recovery Institute (USA) e/ou BCI - Business
Continuity Institute (UK);
- Invista tempo e engajamento da
liderança para um programa de Continuidade de Negócios corporativo, com
uma Política de Continuidade de Negócios. Defina o apetite de riscos
(aplicado a GCN) e invista na resiliência como valor;
- Entenda o negócio - invista e
realize uma Análise holística de risco e uma BIA;
- Discuta e crie estratégias para
pessoas, processos e tecnologias;
- Crie e implemente (governança)
planos de continuidade para os processos críticos, tecnologias críticas
(incluindo também automação industrial - T.A) e fornecedores críticos;
- Melhoria contínua - através de
auditorias, controles internos, exercícios e testes periódicos, bem como
indicadores e métricas (OKR, KGI, KPI) da GCN para medição.
*Jeferson D’Addario é CEO do Grupo
DARYUS e especialista em Continuidade de Negócios e Gestão de Riscos.
Sobre o Grupo DARYUS
Desde 2005 com o propósito de iluminar
mentes, potencializar pessoas e proteger negócios, por meio de educação e
serviços em gestão de riscos, o grupo DARYUS tornou-se referência em
consultoria, educação e eventos nos temas: Gestão de Riscos, Segurança de
Informação, Cibersegurança, Proteção de Dados (LGPD) e Governança de Tecnologia
da Informação (TI). O Grupo é composto por 4 unidades de negócios: 1) A DARYUS
Consultoria - especializada em Gestão de Riscos e Cibersegurança, 2) O IDESP -
instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista - que é líder na formação em GRC,
com mais de 30 mil profissionais formados desde 2006, e pioneira na criação dos
cursos de pós-graduação em segurança da informação, forense computacional,
cibersegurança e continuidade de negócios, 3) A DARYUS Eventos, que tem foco em
criar e gerenciar eventos que desenvolvam a comunidade de cibersegurança e
gestão de riscos no Brasil, e 4) A DARYUS StartLab, aceleradora de startups
focada em Riscos, TI e Cibersegurança.
Para saber mais visite: https://www.daryus.com.br/
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