SAMU de Minas consegue verba extra de R$ 8 milhões para manter serviço no Estado
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O Serviço de Atendimento Móvel de
Urgências (SAMU-192) de Minas Gerais, que corria o risco de ser paralisado no
Estado por conta de dificuldades financeiras, vai contar com uma verba extra de
R$ 8 milhões. O anúncio do recurso foi feito hoje, em Brasília, pelo diretor
jurídico da presidência do Senado, Alexandre Silveira, durante reunião com o
secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, e com os presidentes dos oito
consórcios intermunicipais de saúde do Estado.
“Diante da importância do serviço que
presta o SAMU em todo o Estado, vamos conseguir a liberação imediata de R$ 8
milhões para que não haja qualquer risco de paralisação por conta de
dificuldades financeiras”, explicou Alexandre Silveira, que recebeu os
presidentes dos consórcios intermunicipais e o secretário estadual de Saúde em
nome do presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco.
Ficou acordado que o recurso, originário
do Ministério da Saúde, será repassado ao Estado, que cuidará da transferência
para os oito consórcios intermunicipais. Silveira também assumiu o compromisso
de, junto com os parlamentares de Minas no Senado e na Câmara, assegurar para
os SAMUs, em 2022, mais R$ 10 milhões, por meio de uma emenda de bancada.
Em documento encaminhado ao presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco, os presidentes dos consórcios intermunicipais de saúde
explicam que a situação financeira dos SAMUs, que vinha se agravando desde
2013, piorou com a pandemia da Covid-19. O quadro é o mesmo em todo o Brasil,
conforme descrito no documento, e os SAMUs dos demais estados também estão
pedindo socorro.
“Os SAMUS assumiram, juntamente com a rede
hospitalar, a linha de frente dos atendimentos de casos suspeitos e confirmados
de Covid-19, o que ocasionou um aumento significativo dos gastos, principalmente
em relação aos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), medicamentos e horas
extras dos servidores, gastos estes sem previsão orçamentária e financeira”,
explicaram os presidentes dos consórcios municipais.
No documento, os presidentes dos consórcios,
que são prefeitos de cidades mineiras, contam que a situação financeira dos
SAMUs vinha se agravando desde 2013, ano que que o Ministério da Saúde congelou
os valores de repasses. De lá até hoje, não houve nenhuma correção dos recursos
de responsabilidade do governo federal para o custeio dos SAMUS, que
representam 50% do total (os outros 50% são bancados pelo Estado e pelos
municípios).
“Devido a pandemia, os consórcios de
urgência e emergência de Minas, que representam cerca de 700 municípios e 80%
da população do Estado, não estão conseguindo fechar as contas”, explicou o
presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e
Emergência do Leste de Minas (Consurge), Marcos Vinícius, que é também prefeito
de Coronel Fabriciano.
“Saímos daqui felizes, não somente por conta do aporte financeiro que conseguimos, mas em razão do comprometimento e empenho do Senado em torno de uma pauta nacional, que é a dificuldade financeira que está enfrentando os SAMUs de todo o Brasil” acrescentou o prefeito.
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