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Demanda aquecida estimula exportações de kits de emergência de cilindros de gás cloro

Destinados à contenção de vazamentos de gás cloro nos sistemas de tratamento de água e efluentes, os equipamentos obtiveram maior procura por conta da pandemia, que exigiu maior consumo de cloro, e da economia em processo de retomada

Para a etapa de desinfecção da água e efluentes em estações de tratamento, o sistema de armazenamento e dosagem de cloro gás é um dos métodos mais utilizados. Esse mesmo sistema também pode atender à outras necessidades da indústria, como papel e celulose, plantas químicas, etc.

O sistema de cloração abrange as etapas de armazenamento, medição, controle e dosagem, e é composto por cilindros de cloro, dosadores, tubulações e todos os acessórios necessários para seu perfeito funcionamento.

Entre os principais equipamentos de segurança para o sistema de dosagem de cloro gás estão os kits de emergência para cilindros. Estes constituem-se em conjuntos de ferramentas que permitem ao usuário treinado em procedimentos de emergência conter vazamentos nos cilindros de cloro gás.

As instalações de manuseio, transporte e distribuição de cloro gás devem possuir kits de segurança adequados para cada tipo de cilindro, de acordo com a norma ABNT NBR 13.295. Os kits de segurança tipo A são para cilindros verticais de 50/68 kg. Já os do tipo B são para cilindros horizontais de 900 kg.

AQUECIMENTO DO MERCADO

De acordo com pesquisa da KPMG, para a maioria dos executivos do país (82%), a expectativa é de crescimento da economia nacional nos próximos três anos, motivados por uma perspectiva de fim da pandemia, devido à vacinação em massa. Além disso, 64% dos entrevistados confiam no aquecimento da economia global, enquanto 86% acreditam no crescimento do setor em que suas empresas atuam.

Especialmente para o setor industrial, a economia está demonstrando um cenário positivo, que favorece os negócios. Segundo Francisco Oliver, engenheiro e Diretor Técnico e Comercial da Fluid Feeder, esse movimento de retomada acabou tendo influência nas exportações de kits de segurança para cilindros de cloro gás da companhia. “Também por conta da pandemia de Covid-19, o consumo de cloro aumentou muito e, consequentemente, a procura por equipamentos aplicadores de cloro tiveram suas demandas aumentadas. Como houve um aumento na aquisição de cloro gás, mais sistemas de dosagem foram implantados, demandando mais kits de segurança, assim como equipamentos e acessórios utilizados nestes sistemas”.

Outro fator que contribui para o aquecimento desse mercado, segundo Oliver, é o maior acesso a informações mais precisas sobre segurança obtidas pelos operadores, os quais estão se tornando mais conscientes da segurança da operação, solicitando mais recursos para melhorar a segurança ambiental assim como a segurança pessoal.

O executivo atribui esse movimento favorável, especialmente agora no segundo semestre deste ano, ao destravamento de alguns projetos que normalmente as empresas públicas e privadas fazem para finalizar o budget previsto para o ano e que não foi realizado. “Antes do encerramento do ano, elas colocam estes projetos em execução a fim de manter ou até aumentar sua verba para o budget do próximo ano, pois se a verba do orçamento não for utilizada, o destinatário daquela verba prevista no ano anterior pode ser preterido para outro projeto no próximo ano”, explica Francisco Oliver.

EXPORTAÇÕES ESTIMULAM COMPETITIVIDADE

A procura pelos kits de emergência para cilindros de cloro gás cresceu também no exterior e impulsionou a entrada da Fluid Feeder em novos mercados.

“Por enquanto, exportamos efetivamente para um cliente no Paraguai. Neste caso, foi para um brasileiro que tem seu empreendimento instalado na capital deste país, Assunção. Ele nos procurou por indicação de um terceiro que já é cliente da Fluid Feeder, interessado em ser nosso representante comercial local, já que vende outros materiais para o setor de saneamento. Afora os kits de segurança, ele adquiriu dosador de cloro completo e seus acessórios.  Além disso, já estamos em negociações com outros potenciais clientes de Bogotá, na Colômbia, onde também fará parte do escopo de aquisições estes kits de segurança, bem como outros equipamentos para sistema de dosagem de cloro, incluindo evaporador e dosador de cloro gás. Chegamos também a exportar outros itens para EUA, Nicarágua e Peru”.

A possibilidade de oferecer os produtos para mercados externos ajuda o negócio a ficar mais competitivo. “Com esta demanda de produção crescente, aumentaremos a produtividade implantando novos processos produtivos mais automatizados e teremos como resultado uma redução de custos, tornando desta forma a empresa mais competitiva”, ressalta Oliver.

Essa experiência de exportação é algo novo para a Fluid Feeder. Mas, como detalha Oliver, “já estávamos nos preparando para isso desde 2018, quando obtivemos uma consultoria promovida pela APEX, que nos ‘abriu os olhos’ para o crescente mercado externo. A partir de então, temos a exportação como parte da estratégia de nossos negócios”.

Para tanto, a companhia implantou algumas ações, como treinamento da mão de obra em outras línguas, sobretudo espanhol, disponibilização de literaturas técnicas dos produtos no website em espanhol, inclusão da exportação na cultura da companhia, preparação e adequação da capacidade produtiva, etc.

“Como já somos uma organização certificada ISO 9001:2015, estamos preparados em termos de exigências de qualidade, porém dependendo do mercado alvo temos que conhecer as certificações específicas. Desta maneira, acreditamos que a exportação leva a uma melhoria da qualidade não só dos produtos, mas também dos serviços oferecidos pela empresa”, avalia Oliver.

Com um planejamento estratégico voltado para a exportação, o diretor técnico acredita na evolução da Fluid Feeder, que terá que melhorar os conhecimentos, como: quais acordos comerciais o Brasil tem com outros países, sobretudo relacionados ao Mercosul e Mercado Comum Europeu, e quais os entendimentos necessários sobre os regimes aduaneiros e de mudanças legais e regulatórias do Brasil.  “Em suma, a exportação além de tornar os preços mais competitivos devido aos incentivos fiscais, reduz o impacto das oscilações do mercado local e aumenta o faturamento e reconhecimento internacional da marca”, finaliza Oliver.

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