Economista aponta impactos para o Brasil trazidos pela crise hídrica
Edson Trajano, professor de Economia do Centro
Universitário Módulo, pensa em opções para o país sair da crise
São Sebastião, 30 de novembro de 2021 – O Brasil enfrenta uma das maiores crises
hídricas dos últimos 91 anos, com as principais hidrelétricas do Sudeste e
Centro-Oeste apresentando um dos índices mais baixos de armazenamento de água.
Um fator extremamente preocupante, visto que essa falta impacta diversos
setores além do hidrelétrico, como o energético, agrícola, econômico e
industrial. Ou seja, é o principal combustível para continuidade de todas as
atividades humanas do país.
Economista e professor do curso de Ciências
Contábeis do Centro Universitário Módulo, instituição que pertence ao grupo
Cruzeiro do Sul Educacional, Edson Trajano explica que apesar de a primavera
ter amenizado, temporariamente, o problema da crise hídrica, o cenário ainda é
muito preocupante. “O nível dos reservatórios continua muito baixo e isso
impacta na redução da oferta de energia resultante das hidrelétricas. Essa
energia é a mais barata no mercado brasileiro. A consequência dessa baixa
oferta de energia resulta em uma maior utilização das termelétricas que são
movidas a combustíveis, e esses estão muito caros.”
Para Trajano, é necessário aumentar os
investimentos na produção de energia, sobretudo em alternativas de produção de
energia limpa, como a solar e a eólica, para que o país saia da crise. “Nesses
segmentos, o custo de produção ainda é muito elevado em comparação à energia
das hidrelétricas, por isso, requer um subsídio maior do setor público”,
enfatiza.
A crise hídrica traz diversos impactos
para a população e a economia brasileira, atingindo tanto famílias quanto
empresas. O aumento da energia citado pelo professor Edson impacta diretamente
nos custos de todas as cadeias produtivas, e reduz os projetos de novos
investimentos, dificultando a retomada na geração de emprego e renda do país.
“Também tem impacto direto no orçamento
das famílias, com o maior custo na própria conta de energia, mas também custos
decorrentes da produção e comercialização de todos os demais produtos. Exemplo,
as padarias e açougues são grandes consumidores de energia, esse aumento nos
custos de produção com esse item acaba sendo repassado aos consumidores. Também
há problemas no transporte, pois muitas ciclovias, como as do rio Paraná,
tiveram seus serviços suspensos pelo baixo volume de água, com isso, aumentou o
transporte feito por caminhões que tem maiores custos logísticos”, explica o
economista.
Edson ainda sugere o retorno do horário
de verão como uma alternativa para ajudar o país a sair da crise. “Aproveitar
melhor a luz solar é uma alternativa racional para economizar energia, e
poderia ser uma das alternativas essenciais para o atual momento do país. Vale
destacar que o horário de verão tem nos principais países do mundo”, diz.
Analisando o cenário, o docente ressalta
também que a ausência de projetos governamentais aumenta ainda mais as
dificuldades para solucionar o problema e a preocupação da população.
Podemos ter apagões?
O especialista coloca que apesar da
crise hídrica estar em estado de atenção, a chegada de um maior volume de
chuvas minimiza a chance de apagão por falta de energia. Por isso, seria
praticamente nulo até o mês de setembro de 2022.
“Entretanto, possíveis problemas sempre
ocorrem nos meses de outubro e novembro, que são quando os reservatórios chegam
ao limite mínimo. Por isso, é importante e necessário se fazer o planejamento,
inclusive nos períodos mais chuvosos, para garantir a energia no período de
redução no volume de chuvas”, finaliza.
Sobre o Centro Universitário Módulo - Fundado em 1988, o Centro Universitário Módulo é a maior e mais tradicional instituição de ensino superior do Litoral Norte de São Paulo. Mantém cursos de graduação, além de cursos de pós-graduação e de extensão, e ainda, dispõe dos campi Centro e Martim de Sá. Pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, como Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca - Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal - UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Centro Universitário Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS), Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP) e Universidade Positivo (Curitiba e Londrina /PR), além de colégios de educação básica e ensino técnico. Visite: www.modulo.edu.br
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