Fintechs: Como o Pix pode ser um aliado delas?
Especialista explica os benefícios e
possibilidades que a ferramenta oferece às empresas de tecnologia financeira
Fintechs Como o Pix pode ser um aliado delas
Divulgação
São Paulo,
novembro de 2021 – Em setembro de 2021,
o Pix alcançou a marca de 100 milhões de usuários, o que
significa que 61% dos brasileiros com conta em banco já utilizaram a
plataforma para realizar ou receber um pagamento instantâneo. De
acordo com dados do Banco Central, a ferramenta está em segundo lugar entre os
métodos de pagamento favoritos entre os brasileiros, atrás somente das
operações com cartões.
Visto esse cenário, fica claro que a
população já percebeu as vantagens oferecidas pelo Pix, como segurança, o
custo baixo ou zero e a agilidade. No entanto, a plataforma também pode ser
traduzida em benefícios para outros negócios, como as fintechs. Fabiano de Melo Ferreira, advogado, professor
e head da área de Fintechs do Baptista Luz
Advogados explica: “O Pix se insere perfeitamente na lógica de
negócio das fintechs, que é a de fornecer produtos e serviços financeiros
inovadores exclusivamente por meio de plataformas online, com uso intenso de
tecnologia, e com potencial para criar novos modelos de negócios, de forma
escalável”.
Com o crescimento do sucesso
do Pix entre os usuários, a ferramenta se mostra cada vez mais como
uma oportunidade de negócio para as fintechs, dada a escalabilidade dessa
solução e as diversas formas de uso,
como Pix Saque, Pix Troco, Pix Agendado, Pix Cobrança,
dentre outras. Também de acordo com dados do Banco Central, o Brasil conta
atualmente com 63 instituições de pagamento e oito sociedades de crédito direto
que oferecem o Pix a seus clientes. “Ou seja, há espaço para
mais fintechs oferecerem essa solução, o que é facilitado pela
possibilidade de sua oferta por instituições não autorizadas pelo BCB, desde
que façam adesão prévia ao Pix”, comenta o advogado.
Veja abaixo quatro informações
que toda fintech deve saber sobre o Pix.
Os impactos da
tecnologia para o setor
Para o mercado de fintechs, um dos
grandes destaques está na possibilidade de criação de novos modelos de
negócios mais ágeis e mais baratos, dada a possibilidade de liquidação
imediata das transações de pagamento, a qualquer hora do dia ou da semana.
“O Pix tem se tornando o meio de pagamento cada vez mais usado, em
comparação com outros meios tradicionais, como pode ser visto nas Estatísticas
de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil, divulgadas pelo BCB”, explica
Fabiano.
Os prós e os
contras
As vantagens do Pix são
muitas, mesmo quando comparadas aos contras. Alguns exemplos são a sua
agilidade, com liquidação imediata; disponibilidade de 24 horas por dia, sete
dias por semana; e o baixo custo para o usuário. Quanto aos seus aspectos
negativos, Fabiano explica que não decorrem da solução em si, mas da educação
financeira e tecnológica dos usuários. “Por ser uma solução ágil e prática,
está sujeita à ocorrência de possíveis fraudes caso os usuários não tomem os
cuidados mínimos necessários, como não realizar transferências para
destinatários desconhecidos ou confirmar todos os dados do destinatário antes
de concluir a transação”.
Além
do Pix, há o Open Banking
Enquanto o Pix é uma solução
de pagamento instantâneo que permite diversas utilizações pelas fintechs,
sejam elas autorizadas ou não, o Open Banking, por sua vez, é uma
infraestrutura que permite o compartilhamento de dados dos usuários por meio
de APIs padronizadas, desde que tal compartilhamento seja previamente
autorizado pelo titular.
“Ambas as alternativas permitem a
ampliação do leque de modelos de negócios no ambiente digital, permitindo uma
infinidade de combinações de produtos e serviços de baixo custo e fácil
utilização, possibilitando uma participação cada vez maior
das fintechs no sistema financeiro brasileiro”, aponta Fabiano.
Como
as fintechs podem trabalhar com o Pix?
“Tanto fintechs de pagamento
quanto as de crédito podem ofertar o Pix, sendo necessário que façam a
prévia adesão a essa solução, por meio do cumprimento de condições específicas
estabelecidas pelo BCB, conforme a modalidade de participação pretendida e as
características da respectiva fintech”, finaliza Fabiano.
Sobre o
Baptista Luz Advogados
O Baptista Luz foi fundado em 2004 e se notabilizou, ao longo desses
anos, por sua profunda expertise nos setores que envolvem aceleradoras de
investimentos, mercado financeiro e de capitais, investidores-anjo, venture capital, startup, fintechs, mobile, e-commerce, publicidade e cosméticos.
A sua banca é focada em Direito Empresarial, com
ênfase em Direito Societário, Direito Tributário, Direito Trabalhista e Direito
Público. Entre as áreas de atuação destacam-se: compliance & ética corporativa, contratos empresariais,
fusões e aquisições, mercado financeiro e de capitais, transações de
tecnologia, privacidade e proteção de dados, mídia & publicidade,
planejamento sucessório e família, contencioso e resolução de conflitos, entre
outros.
O escritório conta com mais de 140 profissionais, que atuam nos estados de São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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