Mundo Moderno, Novos Comportamentos Gerados nas Nossas Crianças!
Como Lidar Com Todas Estas Mudanças Tecnológicas Que Estão Prejudicando Cérebro e o Comportamento De Crianças E Adolescentes
É um fato que o mundo
como conhecíamos está cada vez mais distante. A modernidade chega, e junto,
novas tecnologias, velocidade de informações e, claro, novos comportamentos e
antigos transtornos já bem conhecidos, principalmente no que diz respeito ao neurodesenvolvimento da criança.
Mas Como Lidar Com Tudo
Isso?
Os
dados são claros: Se você tem um filho adolescente e ele tem um telefone, ele
consulta o celular em média 150 vezes por dia e chega a passar até 7 horas
deste dia olhando para a tela. Isso significa que nos próximos 30 anos, ele
poderá dedicar 10 destes, somente a ver telas.
Um outro dado, de 2019,
sobre um estudo publicado no JAMA
- The Journal of the
American Medical Association, mostrou que crianças que passam
mais tempo em frente as telas, tem
menor mielinização (uma
espécie de capa protetora de um fio, por onde passam estímulos neuroquímicos
que permitem que sua passagem por eles, tornem-se mais rápidos),
menor integridade da substância
branca (os
estímulos) e em testes posteriores, essas mesmas crianças se
mostraram com menor capacidade de letramento
e linguagem.(aprendizagem)
Mas será que os CEOS de Grandes Empresas Sabem
de Algumas Coisas que nós Desconhecemos?
Uma
vez Steve Jobs foi perguntado pelo NY
times o que seus filhos haviam achado do novo iPad. Jobs disse
que eles ainda não haviam experimentado e que eles tinham limites para o uso de
tecnologia em casa. O jornal então fez uma pesquisa com vários CEOs do Vale do
Silício e descobriu que a maioria deles, tinham a mesma postura de Jobs.
Dr. Marcone Oliveira,
Médico Neurologista infantil e pediatra, com grande experiência em tratamentos
comportamentais entre pais e filhos, com
mais de 1 milhão de seguidores em suas redes sociais, diz o
seguinte: - “O que
poucas pessoas entendem, é que o nosso corpo, nosso cérebro reage de maneira
igual quando estamos diante de uma situação virtual ou real/presencial. Temos
as mesmas sensações e os mesmos sentimentos: angústia, alegria, felicidade,
raiva. Ou seja, as telas, nos proporcionam estes mesmos sentimentos.”
Marcone explica que na
realidade, o que essas tecnologias digitais fazem é simplesmente modular o
nosso sistema límbico, que é formado lá pelo hipocampo, amigdala, pituitária e
hipotálamo.
Então perguntamos: Mas como elas fazem isso?
Como essas tecnologias
modulam este sistema? – Simples. Através da regulação de
neurotransmissores como a dopamina, endorfinas, cortisol, oxitocina e
serotonina, explica Dr.
Marcone Oliveira.
Ao perder em um jogo ou
ao ver que nossa foto em uma mídia social não está sendo curtida, podemos
liberar o cortisol, que é o hormônio do estresse e com isso, alterar o nosso
sono, aumentar o ganho de peso e alterar o nosso humor.
Da mesma forma, o
contrário também acontece, explica
o especialista: Se eu recebo muitos likes em uma foto nas
minhas redes sociais, ou se ganho em um jogo online, eu posso liberar
dopamina... Então isso é
bom? Nem tanto, porque a pessoa sentirá uma euforia vazia e de
rápida duração e é aí que está o problema, que também é o que acontece com a
maioria das pessoas que se tornam viciadas em algo ou alguma substância: -
Inconformada e uma vez tendo sentido aquela sensação de alegria e prazer, a pessoa
certamente vai acabar buscando mais e mais dopamina a fim de sentir a mesma
sensação, repetidamente.
Devemos Nos Livrar Das Tecnologias Digitais?
Elas Acabarão Com Nossos Filhos e as Futuras Gerações?
-Calma!
– Diz o Dr. Marcone
Oliveira, que segue: “Eu comparo o desenvolvimento tecnológico
que estamos tendo agora, com a descoberta do fogo, e podemos pensar em inúmeras
coisas boas que o fogo trouxe, como por exemplo, ele nos permitiu cozinhar os
alimentos, nos aquecer, sentarmos em rodas para conversar.
Mas este mesmo fogo que
nos ajuda, pode nos destruir se for mal utilizado, como é o caso das queimas
das matas, casas, animais e até os homens.
Imagine como as mães da
época do descobrimento do fogo devem ter se portado. Será que elas tiveram medo
de permitir que seus filhos utilizassem o fogo? Não sabemos, mas uma coisa
provavelmente aconteceu, elas ensinaram aos seus filhos qual a melhor forma de
usar o fogo.
E agora, não é
diferente, diz o Dr.
Marcone, pois estamos passando por um momento semelhante, onde
é notório que a tecnologia está levando a humanidade a um novo patamar, e isso
não tem volta.
Então fica o conselho
para tudo isso que estamos vivendo agora: -Nossos
filhos precisarão dominar “este fogo”, essa nova tecnologia. E o papel de nós,
pais é explicar, orientar, conduzir e protege-los dos riscos que isso pode
trazer. – Finaliza
o Dr. Marcone Oliveira.
CREDITOS:
Dr. Marcone Oliveira é
Médico Pediatra, com especialização em Neurologia Infantil pela Universidade
Federal do Paraná - UFPR. Possui também Graduação em Farmácia pela Universidade
Vale do Rio Doce; é Mestre em Ciências Fonoaudiológicas pela UFMG e é Membro do
Departamento Científico de Neuropediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Atualmente é Diretor
Clínico da Clínica Proevoluir - Médico Neuropediatra.
É Pai do Augusto e da
Olga.
Instagram:
@doutormarcone
Youtube: https://www.youtube.com/c/DrMarconeOliveiraNeuropediatra
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