Eleições 2022: Fundos internacionais e Criptomoedas são opções de diversificação da carteira
Entenda quais são os reflexos que já podem ser vistos nos
investimentos, por conta da disputa eleitoral do próximo ano
| Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos Divulgação |
As eleições de 2022 já estão trazendo
reflexos no mercado financeiro. O tema já tem se tornado “quente” entre os
investidores, por conta da possível disputa para a cadeira de Presidente da
República entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. O Ibovespa, por
exemplo, está totalmente descolado do mercado externo, caindo mais de 20% nos
últimos meses, enquanto o S&P 500 subiu mais de 10%.
Algumas opções de investimentos, por
exemplo, já estão em evidência para quem deseja aproveitar a oportunidade na
proximidade do ambiente eleitoral, como os fundos internacionais e os de
criptomoedas, que não são ligados à economia doméstica. Outras aplicações de
renda fixa pós-fixada também têm se beneficiado com uma alta de juros mais
forte do que o mercado estava prevendo.
“Os anos eleitorais são sempre os mais
voláteis. 2022 já vem se mostrando ser polarizado e incerto para o ambiente
econômico, fato que impacta diretamente nos investimentos. Mesmo imaginando
dois cenários, de Bolsonaro ou Lula na presidência, o mercado deve tentar
enxergar a possibilidade de uma terceira via no meio eleitoral, e caso ela se
mostre viável e tenha pautas pró-mercado, isso pode causar um fluxo positivo no
mercado financeiro”, explica Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos.
Atenção nos investimentos em ano
eleitoral
Em períodos incertos é recomendado que
os investidores fiquem atentos em alguns pontos para proteger as aplicações.
Paulo Cunha destaca dois tópicos importantes, são eles:
1. A diversificação sempre tem que
reinar, tendo ativos balanceados e exposição em inflação e dólar, de modo a
proteger a parte da carteira que fica em ações no Brasil;
2. Vale levar em consideração
que, momentos como esses, não devem ser apostadas todas as fichas em uma única
estratégia, pois, atualmente, o preço de negociação das ações está bem longe do
resultado das empresas. Desta forma, isso pode indicar uma forte e rápida
recuperação, caso o horizonte fique mais previsível.
Com as eleições, os investidores
estrangeiros podem tirar dinheiro do Brasil?
De acordo com Cunha, caso o candidato
vencedor das eleições presidenciais passe a defender mais gastos do governo,
estatização das empresas e mais protecionismo, assim como foi possível ver na
Argentina e Venezuela, é possível que os investidores estrangeiros comecem a
tirar dinheiro do Brasil.
“Isso é um pouco mais difícil de
conseguir fazer no Brasil, dado o seu arcabouço institucional e pela democracia
um pouco mais evoluída do que na Argentina e Venezuela”, completa Cunha.
O dólar pode se dar bem na concorrência
entre Bolsonaro e Lula em 2022?
Dezembro já iniciou com o dólar em quase
R$5,85, e com a chegada de 2022, a expectativa é que a moeda americana
permaneça em R$5,50, de acordo com o Boletim Focus. “O cenário de 2022
será de pura volatilidade, devido a eleição estar altamente polarizada e cheia
de notícias consideradas polêmicas, que consequentemente podem testar a
resistência do investidor”, comenta Paulo Cunha.
Para ilustrar o desempenho do câmbio e do Ibovespa em anos eleitorais, confira abaixo a média da moeda americana em baixa e alta, além do desempenho médio do indicador das cotações das ações negociadas na B3:
Fonte:
IPEA Data
Sobre iHUB Investimentos
A iHUB Investimentos é uma empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada pela XP Investimentos. Possui mais de 2,5 mil clientes, somando mais de R$1 bilhão em valores investidos sob custódia.
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