FecomercioSP reúne setor privado e representantes do governo para elencar prioridades da Agenda Legislativa 2022
Entidade recebe a Frente
Parlamentar do Livre Mercado para articular as mudanças
estruturais prioritárias ao País nos próximos anos, com foco na
desburocratização e na inovação do ambiente de negócios
Em evento,
que reuniu representantes do varejo, da indústria e do turismo, a Frente
Parlamentar do Livre Mercado (FPLM), o Instituto de Livre Mercado e autoridades
públicas, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São
Paulo (FecomercioSP) apresentaram as propostas de mudanças estruturais que
consideram prioritárias para o País nos próximos anos, a fim de viabilizar um
verdadeiro projeto de desenvolvimento nacional. No encontro, promovido pela
FecomercioSP, os setores público e privado discutiram a Agenda Legislativa de
2022, com foco nas ações de curto, médio e longo prazos a serem adotadas para a
melhoria do ambiente de negócios.
Dentre as
ações consideradas vitais para uma estruturação socioeconômica mais moderna, a
Federação reafirmou ser imprescindível que o Brasil realize uma ampla Reforma
Administrativa, antes mesmo da urgente e necessária simplificação das atuais
regras tributárias. “Somente uma reforma que atinja todos os poderes e entes
federativos trará impactos significativos e necessários para o dimensionamento
da máquina pública”, afirmou Jaime Vasconcellos, assessor econômico da
FecomercioSP. “É necessário que se desenhe o Estado que a Nação deseja e,
depois, se construa o arcabouço para financiá-lo”, concluiu.
Durante o
evento, Beatriz Nóbrega de Sá, secretária-executiva da FPLM, apresentou a
Agenda 2022, plataforma criada pelo órgão para receber, dos setores produtivos,
propostas e demandas com o objetivo de consolidar o Plano oficial da Frente
para o Brasil 2022/2026, a ser lançado no próximo dia 15. “Nós temos de
aproveitar o ano eleitoral para pensar o que queremos ver sendo perguntado nas
eleições e, dentro disso, escolher cinco eixos propositivos que digam respeito
à liberdade de mercado e tudo o que discutimos aqui”, comentou.
A respeito
da Reforma Tributária, representantes do varejo destacaram, ainda, que as
propostas atualmente debatidas nas casas legislativas acarretam aumento dos
impostos para maioria dos contribuintes, bem como potencialização litigiosa e
complexidade. “É o sentido completamento oposto ao que se propõe uma Reforma
Tributária, que é redução de custo, simplificação, segurança jurídica e mais
competitividade”, observou a gerente-executiva tributária da Via Varejo, Paula
Bittencourt.
Outra
preocupação manifestada pela FecomercioSP foi a falta de abertura comercial.
Segundo o Banco Mundial, o fluxo de comércio brasileiro representa pouco mais
de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, tornando-o uma das nações mais
fechadas entre as economias no mundo. Na avaliação da Entidade, mais integração
da economia nacional à mundial é o caminho para reduzir o Custo Brasil, além de
aumentar a produtividade e a competitividade, beneficiando consumidores e setor
produtivo.
A Federação
também chamou a atenção para necessidade de o Brasil absorver conceitos e,
principalmente, práticas que objetivem o amparo e o investimento para o
desenvolvimento social, bem como o compromisso com a transparência e a gestão
eficiente. Além disso, a adoção de ações para uma economia mais digital se
torna cada vez mais necessária. “É latente um projeto nacional de absorção
tecnológica e de capacitação à sociedade brasileira”, afirmou
Vasconcellos.
Mariana
Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo (CT) FecomercioSP, destacou que o
Brasil precisa se inspirar em boas e modernas práticas internacionais. De
acordo com ela, a forte regulação do setor de turismo, especificamente, torna
sua operacionalização extremamente cara. Atualmente, há o aumento das passagens
aéreas, não apenas em razão da demanda reprimida pela pandemia, mas também da
elevação do preço do combustível da aviação e da desvalorização do real. Se,
por um lado, a desvalorização da moeda poderia ajudar a alavancar o turismo
doméstico, por outro, são necessários investimentos em qualificação,
infraestrutura e, principalmente, tecnologia.
“Nossa
demanda é que as discussões sejam mais modernizadas, mais ágeis, porque tendo o
País do tamanho que temos e um mercado igualmente grande, conseguimos
distribuir geograficamente recursos e inovação por meio do turismo. E seria
muito importante que nossas lideranças entendessem isso”, concluiu.
Sobre a
FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
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