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Metodologia transdisciplinar e comunicação estratégica são bases de projeto apresentado no evento "Wake Up Call Amazônia, Já"

Proposta é destinada ao ensino básico nas escolas contempladas pelo Polo Demonstrativo

“Mudanças de hábitos não ocorrem somente a partir da informação. Precisamos da formação cultural para atingir esse objetivo”. Essa foi a fala da representante do Fórum para Educação e Cultura, Márcia Azevedo, ao introduzir um projeto de abertura da visão da gestão integrada dos conhecimentos e da ciência transdisciplinar na escola básica no segundo dia do evento “Wake Up Call Amazônia, Já”, promovido em 02/12, em formato híbrido.

De acordo com a representante, a proposta baseia-se na implantação do projeto em uma escola de cada um dos municípios do Polo Demonstrativo, de forma a promover uma retroalimentação entre ensino e pesquisa, com a finalidade de trazer para a universidade demandas sociais, especificamente relacionadas à educação formal de crianças e adolescentes.

Este planejamento possibilita que professores da educação básica e seus orientadores desenvolvam pesquisas a partir de demandas específicas, aliando teoria e prática e proporciona aos professores a práxis de uma atuação reflexiva, constituída por pesquisa, ensino e promoção de aprendizagem.

“Toda ciência é desenvolvida para o bem-estar social. Portanto, precisamos transpor a barreira da comunicação somente entre cientistas. Nosso projeto visa formar uma mentalidade para compreensão dos processos científicos desde o ensino básico. Dessa forma, expandimos o alcance da ciência para além da sala de aula e dos laboratórios”, destaca Márcia Azevedo.

Parecer dos stakeholders

Alexandre Kavati, gerente de Sustentabilidade da JBS, concordou que a comunicação estratégica é fundamental, principalmente para o ensino. “É imprescindível que coloquemos esforços para levar informações corretas para todos, com destaque para a educação e para a cultura das crianças”.

Letícia Matias, analista de Sustentabilidade da empresa Cargill, ecoou essa visão acerca da comunicação estratégica da ciência, ressaltando a importância disso para a inibir possíveis achismos. “Precisamos de pessoas capazes de pensar, de replicar o conhecimento científico, pois, dessa forma, evitamos reproduzir discursos rasos que dão margens a interpretações incertas”.

Christian Fischer, representante do IICA no Brasil, avaliou que o trabalho integrado na educação básica é essencial para as novas gerações. “As crianças passam seis horas por dia nas escolas com toda a abertura para a comunicação dos conhecimentos científicos, e elas serão os novos cérebros do futuro”, finaliza.

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