No CCBB SP, Festival Assim Vivemos terá três sessões diárias e gratuitas de filmes
EVENTO
COMEÇA HOJE EM FORMATO HÍBRIDO, COM SESSÕES PRESENCIAIS NO CCBB SP E VIRTUAIS
NO SITE DA MOSTRA ATÉ DIA 20 DE DEZEMBRO
Cena de “13 Kilômetros”, produção do Cazaquistão
(divulgação)
Começa hoje, dia 1º, a décima edição do Assim
Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência. A partir das 14h,
o público poderá conferir quatro produções no primeiro dia do evento que segue
até 20 de dezembro, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. A entrada é
gratuita.
O mais importante e
longevo evento de cinema sobre o tema tem formato híbrido com sessões virtuais
e presenciais. Além de quatro debates online, integram a programação 29
produções de 14 países divididos entre curtas, médias e longas-metragens. A
realização é do Centro Cultural do Banco do Brasil, com patrocínio do Banco do
Brasil através da Lei de Incentivo à Cultura, e produção da Cinema Falado
Produções. Toda programação é gratuita e pode ser conferida em: https://assimvivemos.com.br/assimvivemos/
O primeiro filme vem dos EUA: “Juntos”,
curta-metragem de Ana Baer, uma colaboração entre a companhia de dança Body
Shift de Austin e a Merge Dance Company, todo filmado na Biblioteca Pública de
Austin. Logo na sequência, o longa-metragem espanhol “Sete Léguas”,
dirigido por Jon Ander Santamaría e Marcia Castillo, conta a história de
professores de dança que tomam a decisão de criar um grupo de dança com
crianças com deficiência motora. Produção do Cazaquistão, “13 Kilômetros”, sob a direção de Vladimir Tyulkin, será exibido às 16h. O documentário
acompanha um homem cego que caminha sozinho da sua casa até a aldeia,
enfrentando o rigor do inverno na zona rural do seu país. “O Artista e a
Força do Pensamento”, do cineasta brasileiro Elder Fraga está na sessão das
18h, com presença do diretor, e narra a trajetória do bailarino e coreógrafo
Marcos Abranches.
Na quinta, dia 2,
a partir das 14h o público poderá assistir às seguintes produções: o
inglês “Minha amiga do sanatório”, de Zlata Onufrieva, que
conta a história de Nina que, passou a maior parte da vida internada em
orfanatos, mas que, com a pandemia, precisou morar temporariamente fora do
asilo; e a produção americana “E elas eram
colegas de quarto”, dirigido por Kylie Walter, que se concentra em duas colegas de quarto na faculdade, na descoberta da
tutoria inclusiva de colegas e na amizade no meio universitário.
A partir das 16h é
a vez de “Prezado Doutor”, de Michael Hook, Shannon Daughtry e Julie Willson, que tem forte potencial para desencadear uma mudança
muito necessária, que beneficiará todos os futuros pais que receberem um
diagnóstico inesperado. “O tabuleiro de Dania”, de
Oscar Wagenmans, mostra que ninguém quer jogar com a protagonista porque
ela é muito boa no jogo de damas e não aceita um não como resposta. O argentino
“A primeira lei”, de Camila Fardella, aborda a intimidade e o
vínculo entre irmãs e o contexto de um processo onde uma delas se manifesta
através dos desenhos e do lúdico. “O aniversário de
Estela”, de
Ander Duque, mostra que contra todas as probabilidades, o aniversário da
protagonista é também o seu maior presente; e o documentário brasileiro “Fale conosco”, de
Fabio Costa Prado, aborda a comunicação de pessoas com deficiência e a forma
como se relacionam com o mundo e consigo mesmas. Produção brasileira sobre educação inclusiva e dirigida por Rene
Lopes, o documentário longa-metragem “Não me esqueci de você”, fecha o
dia de filmes do festival, às 18h.
Na sexta-feira, dia
3, a sessão das 14h contará com quatro produções: “As
belas cores de Jeremy Sicile-Kira”, que encantará o público com o
uso da pintura para transcender a
deficiência da protagonista e comunicar seus sonhos a outras pessoas; o
israelense “Nino”, de Eitan Herman, que acompanha a trajetória de Nino
Herman que, apesar de contrair poliomielite aos dois anos, escolheu a liberdade
de se mover e tocar a beleza que vê na humanidade através das lentes de sua
câmera. O australiano “Volta”, de Johanis Lyons-Reid e Lorcan Hopper,
acompanha o autor Lorcan Hopper; um
orgulhoso homem com deficiência que não vai parar por nada até ver sua novela semiautobiográfica ganhar
vida. O iraniano “Arghavan”, de Mohammad Sahraei,
mostra momentos da vida de Arghavan,
uma moça com deficiência visual que é musicista e cantora - ela tem algumas
limitações para cantar no Irã por ser mulher; então, decide sair do Irã.
A partir das 16h,
o público vai conhecer “Quatro sentidos”, filme de Gabriel Zumbado, que
acompanha a seleção de futebol de cegos da Costa Rica em uma partida contra um
time de rapazes sem deficiência, enquanto conversam sobre suas vidas e como
descobriram o esporte. Produção russa, “B-1”, de Pavel Petrukhin, narra a trajetória de Sergey,
que ficou cego aos seis anos e, mesmo assim, conseguiu vencer desafios e hoje é
um jogador de futebol profissional. Também russo, “Imbatível Bunina”, de
Alexander Zinenko, retrata a atleta Olga Bunina - 13 vezes
campeã mundial de Queda de Braço, competindo como atleta com distúrbios
musculoesqueléticos e é tida como a mulher mais forte do planeta.
E, às 18h, o americano “Sempre
positivo”, de David Ulich e Steven Ungerleider, explora como o ex-presidente do Comitê Paraolímpico
Internacional guiou a maior organização de esportes adaptados do mundo. Em
seguida, “Incapazes?”, de Georgy Porotov,
Maxim Yakubson, um documentário russo sobre pessoas que foram declaradas incapacitadas pelo Estado, por assistentes
sociais e por parentes mais próximos, provavelmente por terem sido pacientes de
hospitais psiquiátricos. Também russa, a produção “Deus
ama Porkhov”, de Marina Zabelina encerra as exibições do dia. O
filme retrata crianças com deficiência
que são ajudadas pela famosa escritora e dramaturga Lyudmila Petrushevskaya.
O "Assim Vivemos"
é o primeiro festival de cinema no Brasil a oferecer acessibilidade para
pessoas com deficiência visual (audiodescrição em todas as sessões e catálogos
em Braille) e para pessoas com deficiência auditiva (legendas inclusivas nos
filmes e interpretação em LIBRAS nos debates). As sedes dos CCBBs são
acessíveis para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Para
conferir a programação completa do Assim Vivemos, acesse: www.assimvivemos.com.br
Para
download de fotos dos filmes, acesse: Fotos dos filmes AV
Para
trailer ou cenas dos filmes do Assim Vivemos Online, acesse: Trailers e cenas
Para seguir nas redes:
Facebook: Festival Assim Vivemos e Instagram: @festivalassimvivemos
Filmes da programação 2021
“A primeira lei”, de
Camila Fardella – Argentina
Na intimidade do vínculo entre irmãs e no contexto
de um processo em que Juli, após várias manifestações e desenhos, idealizou uma
propaganda da qual é protagonista, observamos os bastidores e o making off de
uma encenação artística. Acompanhada pela irmã Camila, Juli sonha com cortinas,
com seu nome em um letreiro luminoso, e um palco com muitos refletores.
“Volta”,
de Johanis Lyons-Reid, Lorcan Hopper - Austrália
O autor Lorcan Hopper é um orgulhoso homem com
deficiência que não vai parar por
nada até ver sua novela semiautobiográfica ganhar
vida. “Volta” é uma inusitada jornada pelo universo da deficiência, da autoria
e da representação. O diretor de televisão estreante Lorcan Hopper faz parceria
com o cineasta iniciante Johanis Lyons-Reid para transformar o mundo das
novelas e transmitir a sua experiência de deficiência. Uma equipe de
documentaristas filma todos os movimentos de Lorcan, do elenco e da equipe
técnica. A questão que se apresenta é: será que elenco e equipe vão conseguir
alcançar a intensidade e o profissionalismo que Lorcan exige deles? Sensível,
hilária e sempre inesperada, “Volta” é uma novela como você nunca viu.
“O artista e a força do pensamento”, de Elder
Fraga - Brasil
O artista e a força do
pensamento, reflete a relação entre equilíbrio e desequilíbrio dentro da
parcialidade de movimento do dançarino Marcos Abranches. Ele oscila o corpo
para despertar do vazio e isolamento causado pelo desequilíbrio. A falta de
estética do movimento é sentida pelo abandono e pela rejeição, entendendo que o
alívio está no amparo do amor. Investigando movimento do corpo um mundo sem
angústia, sem dores, sem desespero. Busca a vida. Encontra na dança o
equilíbrio do corpo e o belo da alma.
“Não me esqueci de
você”, de Rene Lopez – Brasil
"Não me esqueci de você" é um
documentário longa-metragem sobre educação inclusiva, que ouve diferentes vozes
do processo educacional - pais de alunos, professores da rede pública e
especialistas na área - e busca sensibilizar sobre a responsabilidade social e
política da inclusão de alunos com deficiência na educação básica.
“Fale
conosco”, de Fabio Costa Prado – Brasil
Fale Conosco é um documentário sobre a comunicação
de pessoas com deficiência e a forma como se relacionam com o mundo e consigo
mesmas. O filme conta com 12 participantes de todo o Brasil e foi dirigido
remotamente no ano de 2020, com os próprios participantes e seus familiares
realizando parte das filmagens sob a orientação da produção.
“Seremos ouvidas”, de Larissa Nepomuceno – Brasil
Como existir em uma
estrutura sexista e ouvinte? Gabriela, Celma e Klicia, três mulheres surdas com
realidades diferentes, compartilham suas lutas e trajetórias no movimento
feminista surdo.
“Silenciadas: em busca de uma voz”, de Flávia
Pieretti Cardoso – Brasil
O Documentário
“Silenciadas: em busca de uma voz” tem por objetivo principal ‘dar voz’ às
mulheres com deficiência, oportunizando a expressão de suas vivências, de seus
sentimentos, de suas “memórias” sobre a temática da violência de gênero, bem
como, mostrar como se tornaram protagonistas de suas vidas apesar dos episódios
relatados.
“Uma parte de mim”, de Sara Paoliello - Brasil
“Uma Parte de Mim” é
um curta-metragem documental realizado pela diretora Sara Paoliello como
projeto de conclusão do curso de Cinema e Audiovisual. Apresenta relatos de
pessoas com diferentes deficiências (incluindo a diretora), que refletem sobre
sua vida e sexualidade.
“Movimento”, de Luis dos Santos Miguel - Brasil
Movimento é um
documentário que conta a história de Adilson – um homem surdo, nascido no
interior do estado de São Paulo, que teve contato com a Língua Brasileira de
Sinais (Libras) durante a infância e, após concluir seus estudos, tornou-se
professor dessa língua. O filme mostra a relação de Adilson com seus familiares
ouvintes, revelando as formas que encontraram para se comunicar. Nesse
contexto, através da mediação de um intérprete, a Libras e a língua portuguesa
passam a coexistir.
“Mulheres surdas me contaram”, de Marie-Andree
Boivin – Canadá
Geralmente, são as
pessoas ouvintes que produzem pesquisas, livros e filmes sobre as pessoas
surdas. Se tivessem a oportunidade, o que as próprias pessoas surdas diriam
sobre suas vidas, sentimentos e experiências? Eu sou uma mulher surda, mas
histórias de surdez não me foram contadas. Conheci mulheres surdas e pedi que
me contassem suas histórias de vida.
“13 Kilômetros”, de Vladimir Tyulkin. Cazaquistão
O documentário “13
quilômetros” acompanha um homem cego que caminha sozinho da sua casa até a
aldeia, enfrentando o rigor do inverno na zona rural do Cazaquistão. Ao longo
do caminho, ele relembra os episódios mais importantes da sua vida.
Gradualmente, somos expostos às orientações de valor de sua alma. O caminho
deste cego na aldeia nos lembra as andanças de um homem em busca de um
objetivo. E os valores simples da vida são expostos a nós.
“Quatro sentidos”, de Gabriel Zumbado - Costa
Rica
A seleção de futebol
de cegos da Costa Rica joga uma partida contra um time de rapazes sem
deficiência, enquanto conversam sobre suas vidas e como descobriram o esporte.
“Sete Léguas”, de Jon Ander Santamaría, Marcia
Castillo – Espanha
Uma notícia do outro
lado do mundo leva um grupo de pessoas de diferentes origens a colocar em
prática algo que parecia impossível: colocar crianças com deficiência motora
como protagonistas em um palco de teatro. Para famílias que vêm sofrendo muitos
percalços há anos, algo aparentemente tão comum como levar as crianças para
aulas de dança é, na verdade, uma grande mudança em suas vidas. Todas as vozes
que compõem esta pequena companhia de dança nos contam sobre essa experiência
inspiradora.
“E elas eram colegas de
quarto”, de Kylie Walter – EUA
“And They Were Roommates” se concentra em duas
colegas de quarto na faculdade: Kylie (uma estudante do primeiro ano de
Educação) e Olivia (uma caloura não matriculada que estuda Artes e que se
identifica como uma pessoa com deficiência). Novatas em suas funções no
Programa Residencial Universidade Inclusiva (InclusiveU) da Universidade de
Syracuse, elas descobrem que a tutoria inclusiva de colegas e a amizade no meio
universitário vêm acompanhadas de um conjunto de desafios, sucessos e emoções.
Ao longo do ano letivo, elas expõem em seus vlogs a realidade da mentoria
inclusiva no ponto de vista dos estudantes. Entrevistas com onze colegas, que
vivenciam tanto o papel de pupilo quanto o de mentor, adicionam variadas
perspectivas à história do processo de inclusão na universidade.
“Prezado Doutor”, de Michael Hook, Shannon
Daughtry, Julie Willson - EUA
Na “Nothing Down”, muitas vezes ouvimos histórias
sobre a forma dolorosa como muitas famílias foram informadas do diagnóstico de
síndrome de Down de seus filhos. É nosso objetivo mudar essa narrativa e
influenciar a comunidade médica para garantir que TODOS os pais recebam o
diagnóstico de síndrome de Down de seus filhos com compaixão, informações
atualizadas, suporte adequado e esperança. Acreditamos que este filme tem forte
potencial para desencadear uma mudança muito necessária, que beneficiará todos
os futuros pais que receberem um diagnóstico inesperado.
“Juntos”, de Ana Baer – EUA
Uma colaboração entre
a companhia de dança Body Shift de Austin e a Merge Dance Company, filmada na
Biblioteca Pública de Austin.
“As belas cores de Jeremy Sicile-Kira”, de Aaron
Lemle - EUA
Jeremy Sicile-Kira usa
a pintura para transcender sua deficiência e comunicar seus sonhos a outras
pessoas.
“Sempre positive”, de David Ulich, Steven
Ungerleider – EUA
Quando confrontado com
obstáculos tremendos, Sir Philip Craven se mantém fiel a seus princípios. Este
filme explora como o ex-presidente do Comitê Paraolímpico Internacional usou
esses princípios como uma bússola para guiar a maior organização de esportes
adaptados do mundo a se tornar um líder global para a mudança social.
“O
aniversário de Estela”, de Ander Duque - Espanha
Estela tem 24 anos. Ela e seu irmão sofrem de Alfa
Manosidose. Contra todas as probabilidades, seu aniversário é seu maior
presente. Sua mãe prepara uma surpresa para eles. Eles estão felizes...
“O
tabuleiro de Dania”, de Oscar Wagenmans – Holanda
Ninguém quer jogar com
Dania porque ela é muito boa no jogo de damas. Mas ela não aceita um não como
resposta. É por isso que Tim precisa usar seus truques de teatro com ela…. Mas,
no final... Dania sempre vence!
“Arghavan”, de Mohammad Sahraei - Irã
Momentos da vida de
Arghavan, uma moça com deficiência visual que é musicista e cantora. Ela tem
algumas limitações para cantar no Irã por ser mulher; então, decide sair do
Irã.
“Nino”, de Eitan Herman – Israel
À medida que minha
visão está piorando, busco a orientação de meu pai, Nino Herman. Aos dois anos,
Nino contraiu poliomielite, mas, apesar da deficiência, escolheu a liberdade de
se mover e tocar a beleza que vê na humanidade através das lentes de sua
câmera. Ele acredita que nada além de nossas concepções e crenças nos limitam e
manteve essa opinião mesmo no ano 2000, quando seu filho, meu irmão, morreu em
um acidente de carro no caminho de volta para casa enquanto cumpria seu dever
no exército israelense.
“Com S maiúsculo”, de Inmediazione – Itália
Surdo é aquele que não
ouve. Parece não haver mais nada a saber sobre a surdez, mas não é bem assim.
Em um mundo adaptado para os ouvintes, os surdos enfrentam todos os dias
problemas de comunicação e dificuldades no acesso à informação, à cultura, à
educação e à formação. Por mais de dois mil anos, até o período do pós-guerra,
os surdos da Itália não podiam se casar, herdar ou possuir qualquer tipo de
propriedade. A história dos surdos é desconhecida para a maioria: é a história
de uma comunidade unida por uma língua (a dos sinais), por uma cultura e por
uma identidade. Surdos, com S maiúsculo.
“Minha amiga do
sanatório”, de Zlata Onufrieva - Reino Unido
Nina tem 28 anos e passou a maior parte da vida
internada em orfanatos, mas, devido à pandemia, viver em um orfanato passa a
não ser seguro. Diante disso, Arina, uma jovem assistente social de Moscou,
convida Nina para morarem temporariamente juntas. Quando as restrições
finalmente são suspensas, Nina deveria retornar para o asilo. No entanto,
depois de atravessarem o lockdown juntas, as jovens ficam muito próximas e
decidem que é hora de tirar Nina do sistema institucional para sempre, o que
leva Arina a ter que tomar a decisão mais difícil de sua vida.
“B-1”,
de Pavel Petrukhin – Rússia
Sergey tinha 6 anos quando foi pisoteado por um
cavalo e ficou cego. Mesmo assim, ele conseguiu vencer os desafios e hoje é um
jogador de futebol profissional. Para quem já assistiu ao curta “Ver e Crer”,
exibido no Assim Vivemos 2007, ou ao longa Voy, exibido em 2019, já conhece o
personagem retratado neste filme. Além de sua vida como atleta, o filme mostra
outros aspectos de sua vida, como um passeio no shopping com sua filha.
“Imbatível
Bunina”, de Alexander Zinenko - Rússia
Olga Bunina, a atleta retratada neste filme, tem
uma força espiritual impressionante. Já foi treze vezes campeã mundial de Queda
de Braço, competindo como atleta com distúrbios musculoesqueléticos e é tida
como a mulher mais forte do planeta. Durante as lutas, ela faz um rugido
especial para amedrontar o oponente. Apesar dessa imagem, a delicadeza é sua
característica mais marcante. Olga cria quatro filhos (três deles são adotados)
e trabalha como instrutora esportiva. Seus alunos, pessoas com deficiência,
acertadamente consideram Olga sua segunda mãe.
“Incapazes?”, de Georgy
Porotov, Maxim Yakubson – Rússia
Documentário sobre pessoas que foram declaradas
incapacitadas pelo Estado, por assistentes sociais e por parentes mais
próximos, provavelmente por terem sido pacientes de hospitais psiquiátricos.
Sim, essas pessoas têm grandes limitações em suas habilidades: algumas não
podem andar, ou falar, ou escrever. Muitas delas foram abandonadas pelos pais –
e, na verdade, pela sociedade. Mas essas pessoas ditas “incapacitadas” não se
consideram como tal e demonstram que não o são através de suas ações.
“Deus
ama Porkhov”, de Marina Zabelina – Rússia
As crianças com deficiência da cidade russa de
Porkhov que são ajudadas pela famosa escritora e dramaturga Lyudmila
Petrushevskaya não tinham direito a um futuro. Depois de saírem do orfanato,
todas, sem exceção, seriam internadas em um hospital psiquiátrico para adultos
– verdadeiros campos de concentração modernos. A instituição de caridade Rostok
ajuda órfãos com deficiência intelectual a ganhar liberdade e ter uma família.
Eles aprendem a viver não atrás de uma cerca, mas como você e eu. A vida em
Porkhov pode ser monótona, como o fluxo do rio Shelon. Mas Rostok dá esperança
para aqueles que nunca a tiveram.
“Eu sou Irina”, de Tatyana Rotar – Rússia
Irina é uma mulher que
perdeu a visão e a audição em um acidente. Depois disso, houve um período de
profunda depressão em sua vida, desespero e falta de vontade de viver. Mas
quando ela conheceu uma pessoa que a levou ao mundo do teatro, Irina encontrou
uma segunda chance.
Serviço
Assim Vivemos - 10º
Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência
Local: Centro Cultural
Banco do Brasil - Cinema
Datas: De 01 a 20 de
dezembro de 2021
Ingressos: bilheteria
do CCBB
Classificação
indicativa: livre
Centro Cultural Banco
do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado,
112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP
Aberto todos os dias,
das 9h às 19h, exceto às terças
Acesso ao calçadão pela
estação São Bento do Metrô
Informações: (11)
4297-0600
Estacionamento
conveniado: Rua da Consolação, 228 (R$ 14 por seis horas, necessário validar
ticket na bilheteria). Uma van faz o traslado gratuito entre o estacionamento e
o CCBB. No trajeto de volta, tem parada no Metrô República.
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