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Folia carnavalesca com o cão ou o gato exige cuidados

Fantasias, brilhos e calor podem prejudicar o animal


Divulgação

Apesar de ainda não ser como antes, o Carnaval, deste ano, acontecerá entre os dias 26 fevereiro e 01 de março. Aguardado por muitos, seja para participar de alguma atividade relacionada ou para relaxar alguns dias, é cada vez mais comum, os tutores buscarem formas de incluir o animal de estimação nas festividades carnavalescas. Por sinal, os pets já fazem parte da diversão e até viraram protagonistas da folia! Algumas cidades brasileiras já contam com blocos e desfiles voltados para os animais de estimação. Mas antes de levar o cão ou o gato para as programações de carnaval, alguns cuidados precisam ser tomados.

Segundo o médico-veterinário e diretor da Faculdade Qualittas, Francis Flosi, há muitas fantasias para cães e gatos disponíveis no mercado, mas improvisar é sempre válido. O peso dos acessórios é algo a ser ponderado. “Opte por adereços leves, que não cansem o seu animal. Vista o pet e observe como ele se movimenta. Se algo estiver diferente, é melhor tirar a fantasia”, alerta o profissional.

É preciso estar atento se o animal não está incomodado com algum detalhe ou até se está tentando tirar ou destruir os adereços. É imprescindível que ele esteja confortável com o que está vestindo. “Temos que pensar no conforto do pet como pensamos no nosso. Ninguém gosta de usar uma roupa que está apertando ou um acessório que atrapalha os nossos movimentos, no caso eles também não”, diz o Prof. Francis Flosi.

Cuidado com as altas temperaturas

Carnaval é sempre calor. Para curtir a atividade, leve em conta os cuidados que devemos tomar com os cães e gatos no verão. “É preciso mantê-los sempre bem hidratados e evitar passeios nos horários mais quentes do dia, pois, além de sofrerem com o calor, eles podem queimar as patinhas”, diz o médico-veterinário.

Prefira momentos mais frescos, lugares com sombra e pisos que não aqueçam em excesso. No caso de cães, evite focinheiras fechadas, pois esses animais tendem a ficar de boca aberta no calor. “Não abuse do tempo. Algumas horinhas são suficientes para o passeio de carnaval com o pet. Fique atento se o seu cão ou gato está se cansando. Animais não estão preparados para maratonas da folia. Respeite o tempo e a disposição deles”, afirma o especialista.

Fantasia, alerta!!

Materiais como brilhos e purpurinas, como geralmente são em pó, podem impregnar no pelo e na pele do pet. “Além de serem difíceis de tirar, podem cair nos olhos do animal e provocar irritações, portanto não são produtos adequados para cães e gatos”, diz o diretor da Faculdade Qualittas, que destaca outras precauções:

Tintas: existem tintas apropriadas para animais. Elas são antitóxicas, não agridem a pele do pet e duram cerca de três lavagens;

Bebida alcóolica: não ofereça nenhum tipo de bebida alcóolica ao pet e cuide para que esse tipo de líquido fique fora do alcance do animal. O álcool pode causar vômitos, tonturas, convulsões e outros sintomas para cães e gatos. Como os pets são menores que os humanos, os efeitos do a álcool no Pet são muito maiores.

Viagens com o pet

Em caso de viagem, a documentação do pet deve estar em dia. Segundo o Prof. Francis Flosi, é importante fazer uma visita ao médico veterinário para realizar check-up e garantir a carteira de vacinação atualizada e atestado de saúde para o pet.

É essencial também verificar exames e vacinas exigidos no destino escolhido, bem como os documentos para transporte. Outra recomendação é que exames sejam realizados pelo menos dez dias antes da viagem. Já os testes sorológicos (para AIDS e leucemia felinas, por exemplo) podem precisar de mais tempo. Se houver medicamentos de uso contínuo e kit preventivo (com ansiolíticos ou antieméticos, por exemplo, sob receita veterinária).

A bagagem do pet também deve conter brinquedos e acessórios que ele goste, além da quantidade de ração necessária para os dias fora de casa. Uso de coleiras e, se possível, microchipagem, é essencial.

O transporte do animal deve garantir a segurança e conforto de todos. “Deixá-lo solto no veículo ou com a cabeça para fora da janela, como é comum, caracteriza infração de trânsito e tem como penalidade multa”, alerta o médico-veterinário.

Caixas de transporte, peitoral do tamanho adequado, assento especial para o pet ou, dependendo da espécie, gaiola são opções disponíveis. Em caso de viagens de avião, é importante verificar com a companhia aérea quais são as determinações. E, por fim, se o local escolhido aceita pets.

Seguindo todas essas recomendações, é só preparar o bloco pet e cair na folia ou no descanso.

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