Impacto financeiro da pandemia é menor do que em trimestres anteriores, mas continua significativo
Estudo Consumer Pulse, da TransUnion, destaca
os efeitos financeiros da COVID-19 sobre os brasileiros durante o 4º trimestre
de 2021
- O percentual de consumidores
brasileiros que relataram terem sido impactados financeiramente pela
pandemia de COVID-19 no 4º trimestre de 2021 caiu para 48%, redução de 7
pontos desde o 3º trimestre
e queda de 10 pontos
desde o 1º trimestre de 2021.
- Menos consumidores esperavam
que a renda familiar fosse impactada negativamente pela pandemia no futuro, com
20% expressando essa preocupação no 4º trimestre de 2021, contra 24% no 3º trimestre e
34% no 1º trimestre de 2021.
- Entre os consumidores
impactados, 93% relataram preocupação com sua capacidade de pagar contas e
empréstimos, aumento de 3 pontos em relação ao 1º trimestre de 2021.
- 75% dos consumidores
impactados relataram reduzir os gastos familiares nos últimos três meses,
e 88% dos consumidores afirmaram fazer mudanças em seu comportamento de
compra devido às preocupações
com a inflação.
São Paulo, 09 de fevereiro de 2022 – A
TransUnion, empresa global de informações e insights, divulga os resultados do Consumer Pulse Study
referentes ao 4º trimestre de 2021, mostrando o efeito da pandemia de COVID-19
nas finanças dos brasileiros. Embora o impacto financeiro para os consumidores
tenha diminuído em relação aos estudos anteriores, este manteve-se
significativo – quase metade (48%) dos participantes brasileiros relatam terem
sido afetados monetariamente no último trimestre de 2021. No entanto, há uma
diminuição no número de consumidores que esperavam que a renda familiar fosse
atingida pela pandemia no futuro. Além disso, metade dos entrevistados, cuja
renda diminuiu, permanecem esperançosos de que vão recuperar suas finanças.
O Consumer Pulse Study
do 4º trimestre de 2021 foi baseado em uma pesquisa com 1.034 adultos
brasileiros, realizada entre os dias 1º e 10 de novembro de 2021.
"Mesmo vendo
algumas melhorias, o impacto financeiro da pandemia nos consumidores
brasileiros permanece importante", diz Claudio Pasqualin, Diretor de
Desenvolvimento de Negócios da TransUnion Brasil. "Muitos brasileiros
estão redimensionando seus gastos e expressando preocupações sobre sua
capacidade para pagamento de contas. É fundamental que os credores entendam
essa dinâmica e ofereçam opções para que os consumidores alcancem estabilidade
financeira", finaliza.
Sinais positivos foram
observados
na maioria das classes
sociais, mas um percentual significativo de consumidores ainda enfrenta
dificuldades financeiras
Houve uma redução no
percentual de consumidores brasileiros na maioria das classes sociais que
relataram impacto financeiro negativo devido à COVID-19. As famílias de menor renda (receita
mensal inferior a R$ 1.000) apresentaram melhora mais significativa. Nesse
grupo, 69% das famílias
indicaram terem sido afetadas monetariamente no quarto trimestre de 2021,
abaixo dos 72% e 75% no 3º e 1º trimestre de 2021, respectivamente.
Nas famílias de renda média (receita
mensal entre R$1.000 e R$5.000), 53%
indicaram dificuldades financeiras no 4º trimestre de 2021, abaixo
dos 54% e 57% no 3º e 1º trimestre de 2021, respectivamente. Nas famílias de renda média-alta
(receita mensal entre R$5.000 e R$10.000), 32% relataram terem sido impactados, contra
38% no 3º trimestre e 35% no 1º trimestre de 2021. Nas famílias com maior renda (acima de
R$10.000) 38% declararam
resultados negativos no último trimestre, um pouco além dos 37%
do 3º trimestre e de 33% no 1º trimestre de 2021.
A perda de emprego
continua a afetar a renda familiar, com 32% dos consumidores pesquisados
relatando que alguém em sua casa perdeu o emprego – abaixo dos 36% no 3º
trimestre e 35% no primeiro estudo de 2021. A redução do salário e da jornada
de trabalho também foram os principais motivos para as mudanças de renda, com
29% e 19% dos brasileiros indicando que alguém em sua casa teve seu salário e
horas de trabalho reduzidos, respectivamente. De forma encorajadora, o
percentual de consumidores que indicaram terem iniciado um novo emprego ou
atividade geradora de receita cresceu para 15%, passando de 9% no 3º trimestre
e 11% no 1º trimestre de 2021.
Foram relatados sinais
positivos adicionais na forma como os compradores descreveram sua situação
financeira. Em comparação com o 1º trimestre de 2021, o percentual maior de
todos os consumidores pesquisados foi definido como estável (16%, um aumento de
5% em relação ao 1º trimestre). Muitos se definiram como esperançosos, ou seja,
mesmo com a queda da renda familiar, acreditam que suas finanças se recuperarão
(50%, 2% a mais que o 1º trimestre). Houve os que estavam resilientes, cuja renda
familiar diminuiu, mas as finanças se recuperaram totalmente (7%, aumento de 1%
em relação ao 1º trimestre). Há o percentual de consumidores definidos como no limbo, no qual, além
de a renda familiar ter caído, estão inseguros ou ligeiramente duvidosos de que
suas finanças irão se recuperar. Para este grupo, a porcentagem foi de 22%,
abaixo de 7% em relação ao 1º trimestre.
Apesar dessas
melhorias, os consumidores estão reduzindo os gastos ilimitados em meio a
preocupações em torno do pagamento de contas pessoais, provavelmente por
questões macroeconômicas, como a inflação. Entre os brasileiros afetados, 93% expressaram preocupação
com sua capacidade de pagar integralmente suas contas e empréstimos, o que foi
estável a partir do 3º trimestre e acima de 90% no 1º trimestre de 2021. Já 56%
indicaram que não seriam capazes de pagar pelo menos uma de suas contas e
empréstimos atuais integralmente.
Além disso, o
percentual de consumidores impactados que indicaram terem que reduzir os gastos
ilimitados das famílias nos últimos três meses de 2021 aumentou para 75%,
passando de 67% no 3º trimestre e 64% no primeiro estudo de 2021. Mais de oito
em cada dez compradores (82%)
expressaram preocupação com a taxa atual de inflação, com 88%
indicando que estavam fazendo mudanças em seu comportamento de compra por causa
disso.
A maioria dos
consumidores acredita que o acesso ao crédito é importante, mas muitos não têm
o suficiente
Enquanto mais da metade
dos consumidores pesquisados (57%) consideravam o alcance ao crédito importante
para atingir suas metas financeiras, apenas 44% afirmaram que atualmente têm
oferta suficiente a produtos de crédito. A maioria dos brasileiros (56%)
considerou solicitar novos créditos ou refinanciamento de crédito já existente,
mas acabou decidindo por não fazer, com 19% confiando que sua aplicação seria
rejeitada devido ao seu histórico de compra e 21% acreditando que sua renda e
status de emprego levariam à rejeição. Geração Z e Millennials eram os mais
propensos a terem planos para solicitar novos créditos ou refinanciamento no
próximo ano, em 40%, seguidos por Geração X (35%) e Baby Boomers (26%).
"As gerações mais
jovens reconhecem a importância do crédito, mas muitos sentem que não têm
acesso suficiente. Para melhorar a inclusão financeira, os credores precisam
encontrar maneiras de alcançar esses consumidores e oferecer-lhes produtos e
soluções que atendam às suas necessidades", acrescenta Pasqualin.
Atividade de fraude
aumenta e continua sendo uma ameaça aos consumidores
No 4º trimestre de
2021, 23% dos consumidores relatou ter sido alvo ou vítima de uma fraude
digital relacionada à COVID-19, um aumento de 18% em relação ao 3º trimestre de
2021. Os esquemas de fraude mais comuns incluíam golpes de vendedores
terceirizados em sites de varejo online (34%), cartão de crédito roubado e
taxas fraudulentas (29%). Embora todas as gerações enfrentarem tentativas de
fraude, a Geração Z foi ligeiramente menos afetada do que outras gerações, com
2% dizendo que estiveram envolvidas em um esquema de fraude, em comparação com
3% para Millennials, Geração X e Baby Boomers.
Sobre a
TransUnion
A TransUnion é uma
empresa global de informações e insights que traz a confiança para que
companhias e consumidores alcancem grandes realizações na economia
moderna.
Fazemos isso fornecendo
um olhar multidimensional de cada pessoa para que possam ser representadas de
forma confiável e simétrica no mercado, possibilitando maior inclusão
financeira. Como resultado, as empresas e os consumidores podem realizar
transações com confiança, auxiliando na conquista por resultados. Chamamos isso
de Informação para o Bem®.
A TransUnion está há
mais de 50 anos no mercado, com presença em mais de 30 países e em cinco
continentes. Opera no Brasil há 10 anos, desde 2012, com o propósito de Ajudar a Melhorar a Qualidade de Vida
das Pessoas. A companhia cria oportunidades econômicas,
empodera consumidores e apoia centenas de milhões de pessoas em segmentos que
incluem Serviços Financeiros, Seguros, Telecomunicações, Varejo, FinTechs, Indústrias
e PMEs – Pequenas e Médias Empressas.
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