Mês de luta contra a leucemia também cria alerta para os riscos da doença em pets
Você sabia que a leucemia também atinge
animais?
A leucemia é um tipo de câncer delicado
e agressivo que atinge a medula óssea. A manifestação da doença ocasiona a
proliferação descontrolada das células e consequentemente debilitando todo o
funcionamento do organismo. Mesmo sendo muito conhecida entre os humanos, a
doença também é uma preocupação entre os veterinários, já que animais como cães
e gatos também estão suscetíveis a desenvolver o problema na fase adulta e com
um agravante, neles, não há cura.
Nos animais de estimação existem
variações da manifestação da doença, algumas são mais agressivas, outras menos
e com opções de tratamento, garantindo uma vida longa ao animal. Segundo a
veterinária Dra. Tatiane Marisis, oncologista do grupo de serviços
veterinários Vet Popular, a detecção da doença nem sempre é fácil, porém,
alguns sinais podem ser percebidos. “Embora outas patologias também manifestem
sintomas como sangramentos nasais, urinários ou nas fezes, é importante ficar
alerta, pois pode ser um sinal da presença da leucemia” – comenta.
Além disso, outros sintomas como
hemorragias pelo corpo, anemia, crescimento do fígado e barriga d’água, também
são indícios de um possível diagnóstico. Para detectar de fato, é
necessário fazer um hemograma completo e um mielograma, que examina a medula
óssea, comprovando a presença da doença, só assim é possível iniciar o tratamento
adequado.
É importante ressaltar que, tanto em
humanos quanto em animais, o tratamento pode variar, mas os quimioterápicos
ainda são os mais usados. “Embora os tratamentos sejam importantes, são
paliativos e garantem qualidade de vida ao animal, pois não há cura” – afirma
Tatiane.
Segundo a veterinária, cães e gatos
podem ter a doença, porém a leucemia acomete muito mais os felinos por conta
das mutações genéticas causadas por outros vírus como o da FIV
(Imunodeficiência felina ou Aids felina) e da FELV (leucemia felina), que geram
a multiplicação anormal das células ocasionando o crescimento de tumores e a
leucemia. A FIV é contraída pela troca de sangue e na contaminação na gestação
e amamentação, a FELV possuiu transmissões semelhantes, porém também pode
contaminar o animal a partir da troca de secreções. Ambas não são transmitidas
de animais para humanos e possuem vacina.
Mesmo com todas as complicações da doença, é possível proporcionar uma vida saudável, para isso, é fundamental que o tutor faça um acompanhamento periódico, além de manter sempre em dia todos os exames. Não há uma prevenção eficaz, já que a doença é silenciosa, mas é possível detectar ainda na fase inicial, preservando o animal de possíveis sofrimentos, por isso, o acompanhamento médico de rotina é fundamental.
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