Empreendedorismo feminino: a importância do protagonismo de mulheres no mercado industrial
*Por Jeniffer Rausis
Montar o próprio negócio
e gerenciar uma empresa não é uma tarefa fácil, principalmente quando nos
referimos ao empreendedorismo
feminino.
O empreendedorismo feminino
tem ganhado cada vez mais força e apoio com o passar dos anos, mas, apesar de
acompanharmos um movimento positivo por parte da sociedade em relação à
equidade de gênero, o machismo estrutural presente no ambiente corporativo
ainda faz diferenciação salarial, hierárquica e qualitativa entre o homem e a
mulher.
E ir contra essa maré
mercadológica e misógina é mais que um objetivo, é uma obrigação. Hoje, 60% das mulheres que trabalham conosco
ocupam cargos gerenciais e estão presentes em 90% das áreas da
empresa.
O Dia Internacional das
Mulheres é celebrado, anualmente, no dia 8 de março. A ideia de uma
comemoração anual surgiu após o Partido Socialista da América organizar o Dia
das Mulheres, em 20 de fevereiro de 1909, em Nova York — uma jornada de
manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino.
Por isso, como forma de
homenagear este marco histórico e dar destaque ao empreendedorismo feminino,
decidimos contar a história da Juliana Guimarães, nossa cliente há mais de quatro anos
e que enfrenta de perto os desafios e desigualdades presentes na vida de
mulheres que decidem empreender.
Juliana tem 37 anos, é
empresária e fundadora da Juliana Guimarães Acessórios, natural
de Curitiba - PR. Sua vontade em empreender é um caso antigo, desde que sonhava
em ter o próprio negócio aos sete, quando pintava as peças em porcelana
que sua mãe tinha em casa e as vendia para família e amigos.
Empreendedorismo
feminino e os desafios da mulher no dia a dia
Segundo o relatório
disponibilizado pela Global Entrepreneurship Monitor,
atualmente cerca de 30 milhões de mulheres empreendem no Brasil, correspondendo
a quase 49% do mercado empreendedor.
Mas, apesar de ser um
número expressivo, existem diversos obstáculos a serem enfrentados para que as
oportunidades para homens e mulheres sejam equivalentes. Um exemplo disso é que
as mulheres representam 52% da população, porém, ocupam uma posição de destaque
em apenas 13% das 500 maiores empresas brasileiras.
A falta de crédito e espaço para mulheres
empreendedoras
Mulheres empreendedoras
costumam ter uma dupla ou até tripla jornada. Entre os cuidados com o negócio,
família e casa, viabilizar o acesso ao crédito provando a credibilidade da
empresa é uma tarefa ainda mais complicada para aquelas que gerenciam o próprio
negócio.
Um estudo realizado
pela CNN divulgou que 42% das empreendedoras brasileiras que solicitaram
crédito em 2021 tiveram seus pedidos negados.
Mesmo diante de tantos
avanços, mulheres ocupando cargos de liderança ainda é um tabu social. Em um
levantamento realizado pela CNN foi constatado que de cada 100 ações negociadas, apenas
seis dessas companhias têm três ou mais mulheres em cargos de diretoria estatutária.
Juliana é uma dentre
tantas empreendedoras que arriscam tudo para viabilizar um sonho. No meio desse
caminho, infelizmente muitos negócios acabam se perdendo por falta de
oportunidade, credibilidade e até mesmo falta de crédito.
Romantizar o lugar da
mulher no meio corporativo é um hábito comum no ramo, porém, é preciso agir
para que as oportunidades sejam equivalentes para ambos os gêneros, sem que
haja diferenciação entre competência.
Desde muito jovem a
empreendedora curitibana sonhava em construir o próprio império, e, através da
sua dedicação, especialização, competência e oportunidades, conquistou tudo
aquilo que para muitas mulheres, acaba sendo um sonho distante ou até
frustração.
Apoiar o empoderamento
feminino e a equiparidade de gênero é uma luta de todos nós, por isso, neste
ano, abandone as frases clichês ou os brindes padrões e repense sobre o
ecossistema da sua empresa: o que você tem feito para apoiar mulheres no
mercado de trabalho? Como você pode auxiliar a construir um ambiente mais
colaborativo, fortalecendo o empreendedorismo feminino?
*Jeniffer Rausis é CFO e
co-Founder iCertus
iCertus
O iCertus proporciona ao usuário uma experiência agradável e intuitiva, utilizando ícones de fácil compreensão, com telas simplificadas e com todas as informações em um só lugar. Com relatórios de fácil compreensão, auxilia na tomada de decisões. Agregado a isso, diversos serviços financeiros, como antecipação de recebíveis e empréstimos de capital de giro. A cada dia, a empresa inova e inclui a inteligência artificial para ajudar cada vez mais a pequena indústria. Recebeu investimentos da Bossa Nova, de João Kepler e Pierre Schurmann; e da IVP, de Fabricio Bloisi e Bruno Rondani e João Bezzera, ex-CTO do Banco Itaú; Poli Angels, de Rozallah Santoro, Marco Poli, entre outros, além de passar pela aceleração da Baita Aceleradora, na Unicamp. Para mais informações, acesse https://www.icertus.com.br/ ou pelo instagram @icertus
Nenhum comentário