Empresas estão vencendo! Brasil registra queda de 9,8% no pedido de falência
Nos últimos anos, muitas empresas decretaram
falência ou entraram com pedidos de recuperação judicial. Crise econômica e
erros internos podem contribuir para esses cenários.
Um relatório publicado pelo Serasa
Experian mostrou que, em 2021, o Brasil registrou uma queda de 9,8% no número
de empresas que decretaram falência em relação ao ano anterior. Os dados
mostraram 622 negócios que fecharam as portas contra 690 em 2020.
As recuperações judiciais, no entanto,
aumentaram. Ao todo, 617 empresas tiveram seus requerimentos concedidos em
2021. Em 2020, as concessões ficaram em 467.
Os economistas dizem que os dados são
sintomas de uma economia debilitada. Vale lembrar que 2020 e 2021 foram anos
muito afetados pela pandemia de Covid-19.
Porém, outro fator determinante são as
falhas na gestão financeira interna. Um conjunto de pequenos erros no dia a dia
pode se tornar uma verdadeira bola de neve, resultando em momentos difíceis
para a empresa. Para se manter e ainda crescer, veja erros que sua empresa não
deve cometer
1 – Finanças empresariais e pessoais
Há quem confunda as finanças
empresariais com as pessoais, principalmente os donos de pequenos negócios.
Nesses casos, as pessoas costumam gastar
o dinheiro da empresa para pagar a conta de água da própria casa, por exemplo.
Se isso se tornar um hábito, fica difícil determinar quais foram os lucros e
gastos reais.
2 – Projeção de fluxo de caixa
Os números não mentem e não funcionam a
base de achismos. Por isso, é preciso ter noção de tudo o que acontece no fluxo
de caixa. Valor das mercadorias e serviços, contas a pagar, projeção de lucros,
etc.
Tudo isso precisa estar muito bem
alinhado para evitar surpresas desagradáveis. Por isso, um bom
sistema de gestão financeira é indispensável.
3 – Resistência em aderir às ferramentas
atuais
A tecnologia permite a criação de uma
série de ferramentas que facilitam a vida em diversos aspectos, inclusive na
gestão financeira.
Hoje em dia, existem softwares que
concentram todas as atividades econômicas de uma empresa em um só lugar,
executando tarefas e elaborando relatórios em poucos minutos.
O problema é que ainda existe muita
gente que não confia nessas soluções e prefere fazer tudo manualmente. Além de
levar mais tempo, esse método é mais suscetível a erros (que podem custar caro
no fim das contas).
4 – Não saber o valor da própria empresa
Por incrível que pareça, muitos
empresários não sabem definir o valor dos próprios negócios.
Afora o faturamento anual, é preciso
saber se o valor patrimonial é correspondente à soma de todos os bens e
serviços oferecidos.
Sem isso, os planos de crescimento ficam
mais complicados.
5 – Descontrole do estoque
O controle do estoque nunca pode estar
desatualizado. Registros de saída e chegada de produtos devem ser
religiosamente catalogados.
Fonte: Shutterstock
Isso permite a otimização das compras e
diminuição nos custos de armazenagem, o que abre portas para outras possíveis
ações lucrativas para a empresa.
Não saber o que acontece no estoque é
correr o risco de ficar sem mercadoria ou ter itens encalhados nas prateleiras.
6 – Negligência às despesas fixas
As despesas fixas, como aluguel, luz,
água, internet e impostos, são contas que precisam ser pagas todo mês,
independentemente de qualquer coisa.
Por isso, o planejamento financeiro
jamais pode deixá-las de lado, sendo necessário prever de onde virá o dinheiro
para arcar com esses custos.
Sem capital de giro, os elementos mais
básicos serão comprometidos, dificultando o crescimento da empresa.
7 – Desconhecer o preço de venda ideal
Para um produto ser fabricado, despesas
de matéria-prima, mão-de-obra e custos fixos devem ser levados em consideração.
Em cima disso, é preciso saber qual a margem de lucro para a empresa e como
criar condições especiais de venda sem prejudicar o faturamento.
Apenas observar os preços da
concorrência não é o suficiente, já que cada empresa tem suas particularidades.
É preciso saber calcular o preço de venda ideal para aproveitar ao máximo a
comercialização.
8 – Folha de pagamento que não se paga
Manter um quadro de funcionários é
fundamental para as empresas, mas muita gente se esquece que isso custa
dinheiro.
O planejamento financeiro deve levar em
conta todas as despesas com os colaboradores, incluindo salário, benefícios,
demissão, rescisão e 13º salário.
Sem contar que o não cumprimento desses
pagamentos não é uma opção. Se isso acontecer, a empresa está indo contra as
leis trabalhistas e pode ter ainda mais prejuízo com processos legais.
9 – Não padronizar os processos
financeiros
Processos padronizados servem para
facilitar a vida de qualquer empresa. Se o empreendedor realiza suas atividades
de diversas maneiras diferentes, fica fácil se perder na própria bagunça.
Nesse sentido, a tecnologia apresenta
soluções de ferramentas de gestão financeira que usam modelos comprovadamente
eficazes para realizar todas as tarefas necessárias e manter a saúde econômica
de um negócio.
Uma organização mais eficiente pede que
todos os membros da equipe responsável tenham acesso e conhecimento ao sistema,
e não somente o dono da empresa.
10 – Falta de investimento
É como dizem por aí: para ganhar
dinheiro, é preciso gastar dinheiro.
A estrutura de uma empresa só funciona
em sua potência máxima quando investimentos são feitos para que isso
aconteça.
Pense em um restaurante. Do que adianta
a comida ser a mais saborosa da região, se o local para as refeições têm mesas
quebradas e paredes mal acabadas? Investir na melhoria de um negócio – seja ele
qual for – é trabalhar para a sua evolução.
Existem empreendedores que ficam com
tanta pena de gastar uma parte do lucro obtido, que simplesmente não fazem nada
com esse dinheiro. O que não percebem é que investir em melhorias é aumentar as
chances de lucros ainda mais significativos.
Como o dono do restaurante pode abrir
outras unidades se não agrega valor ao próprio negócio?
11 – Medo de tomar atitudes
O mundo dos negócios pode ser incerto e
assustador, mas nenhuma grande marca ficou conhecida sem a audácia de seus
gestores.
Para conquistar grandes realizações, é
preciso tomar grandes atitudes. Deixar o medo do fracasso dominar é permitir
que ótimas oportunidades sejam perdidas.
É claro que tudo tem que ser feito com cuidado e planejamento, mas só ficar parado e assistir os concorrentes voarem alto não é a decisão de um bom empresá
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