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'O Estado abandona 17 milhões de pessoas nas favelas de propósito', denuncia entidade liberal

Documentário aborda ausência de políticas para comunidades; economistas Elena Landau e Samuel Pessôa estão entre convidados

As favelas são realidade para mais de 17 milhões de brasileiros, de acordo com levantamento do Instituto Locomotiva, em parceria com o Data Favela e a Central Única das Favelas (Cufa). Para o Students for Liberty Brasil (SFLB - https://www.studentsforliberty.org/brazil/), a marginalização e consequente empobrecimento da população é resultado de projetos governamentais e a visibilidade pode mudar esse cenário.

“Não existe uma política progressiva que pense a garantia do direito à propriedade, à saúde, à educação, à formalização da mão de obra, ao trabalho e ao bem-estar das pessoas moradoras das favelas. Pelo contrário, o que vemos são estratégias de afastamento e segregação”, afirma Nycollas Liberato, diretor Executivo da entidade. 

É por isso que o grupo decidiu retratar o ecossistema vivo das comunidades na série documental “O Estado contra os pobres”, uma abordagem sobre a formação das favelas e o papel das forças políticas nesse processo. São três episódios disponibilizados gratuitamente na internet através do link https://materiais.brasil.studentsforliberty.org/ep1-surgimento-favelas.

Entre convidados e cenas, são evidenciadas as dificuldades dos moradores para alcançar a ascensão social. Do outro lado, está a superação de quem conseguiu, com muita luta, superar grandes desafios, como a regularização fundiária de moradias na favela, a exemplo do Projeto Cantagalo, que instrui moradores do morro de mesmo nome, no Rio de Janeiro, sobre a titularização de imóveis, abordada no segundo capítulo da série. 

Já no terceiro e último capítulo, o debate é aberto para uma análise mais profunda acerca da conscientização da pobreza, suas causas e soluções. Quem fala sobre isso são os economistas Elena Landau e Samuel Pessôa.

“Quem está de fora pode pensar que aqueles que estão na favela continuam ali por que querem. Isso não é verdade. Durante as gravações, conhecemos histórias de pessoas empreendedoras que buscam, a todo custo, conquistar melhores condições de vida, mas que se deparam continuamente com obstáculos. A própria formalização do trabalhador autônomo, que envolve mais burocracia do que esclarecimentos, afeta grande parcela dessa população”, explica Liberato, ressaltando que o trabalho autônomo e empreendedor é o principal recurso de sustento das famílias. Em 2021,  apenas 3 milhões de brasileiros se registraram como Microempreendedor Individual (MEI), enquanto 19 milhões seguiram na informalidade, segundo estudos do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), respectivamente, o que revela a dificuldade dos empreendedores em geral em formalizar seus negócios.  

“A nossa proposta é de alcançar cada vez mais agentes dispostos a levar os ideais de liberdade para dentro das comunidades, e assim instruir os moradores sobre seus direitos, pois sabemos que o conhecimento é a primeira forma de mobilizar mudanças”, conclui Nycollas.

Sobre o Students For Liberty Brasil (https://www.studentsforliberty.org/brazil/)
No Brasil desde 2012, a entidade é um braço do Students For Liberty, maior organização estudantil em prol da liberdade do mundo - presente em 110 países, e tem como propósito educar, desenvolver e empoderar a próxima geração de líderes da liberdade. 

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