Mulheres na indústria: avanço na cultura da inclusão
O tema da equidade de gênero no segmento industrial está em constante
evolução. Atualmente, as mulheres têm tido melhores oportunidades profissionais, assumindo grandes
responsabilidades e estando envolvidas em projetos transformadores, que trazem
ainda mais otimismo ao mercado. No entanto, ainda há aspectos que nos demandam
atenção e esforços contínuos e o desafio está em engajar mais pessoas nesta
temática e atrair as novas gerações.
De acordo com a Rede Global de Mulheres Profissionais (PWN) e a Society
of Women Engineers da Rockwell Automation, as mulheres jovens devem ocupar
ainda mais as áreas de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática),
embora seja por meio de uma abordagem complementar. Desta forma, o enfoque
agora deve ser em erradicar pensamentos estigmatizados de que as mulheres devem
se concentrar apenas em carreiras "mais propensas à sensibilidade",
como as ciências humanas, ou ações inconscientes, como quando alguém entra em
uma sala de reuniões e automaticamente descarta as mulheres como líderes.
Importância de fomentar o conceito DEI (diversidade, equidade e
inclusão) nas empresas
O tema diversidade, equidade e inclusão vai muito além e abarca inúmeras
causas. E, no ambiente fabril, por tratar-se de um setor dominado por homens, o
conceito DEI concentra-se ainda mais nas mulheres. Entretanto, pesquisas
apontam que a diversidade pode beneficiar toda a cadeia produtiva, uma vez que
as mulheres, por exemplo, são mais capazes de inovar, gerando maiores retornos
sobre o patrimônio líquido, impulsionando o lucro das companhias. E, conforme
revela uma pesquisa da consultoria
McKinsey, empresas que
apostam em diversidade de gênero e étnica podem ampliar seus lucros em 15% e
35%, respectivamente.
Para erradicar o preconceito, é mais do que necessário que as empresas
promovam a diversidade, a equidade e a inclusão como um recurso da organização
e como parte da cultura organizacional. Assim, ao entender que os preconceitos
inconscientes são uma característica do ser humano, busca-se não limitar os
resultados corporativos e isso é explicado pelo viés da afinidade, por meio de
uma predileção por nos relacionarmos com pessoas que pensam da mesma forma.
É claro que existem também preconceitos individuais internos que,
segundo os especialistas, é conveniente erradicar. Às vezes, as mulheres jovens
limitam suas carreiras porque esperam ter filhos em breve. Porém, deve haver um
equilíbrio na vida, e não há um momento certo ou errado para isso. Da mesma
forma, algumas mulheres se autolimitam, acreditando que devem ter todas as
qualificações para um cargo antes mesmo de se candidatarem.
Existem empresas como a Rockwell Automation, por exemplo, que contam com
um Conselho de mulheres profissionais (PWC) que trabalha com os objetivos de
DEI da empresa, se concentrando no desenvolvimento profissional, na orientação,
na interação e na conscientização corporativa sobre as questões das mulheres.
Atualmente, o projeto possui 26 filiais em todo o mundo e é importante para as
mulheres na organização, uma vez que os homens ainda representam dois terços do
corpo de funcionários.
Além disso, o conselho combina caráter social com um programa de
mentores e parceiros, realiza atividades de divulgação para carreiras de STEM e
planeja eventos para atrair talentos. Desta forma, a Rockwell Automation é
reconhecida por sua cultura de inclusão, com uma abordagem aberta à contratação,
ao desenvolvimento e à promoção das mulheres.
Mulheres e o mercado industrial
As mulheres são fantásticas em visualizar, comunicar e ter empatia. E,
para adentrar ao mercado industrial, a principal premissa gira em torno de
arriscar-se e não deixar que ninguém a limite. Além disso, manter um diálogo
próximo com mulheres em cargos técnicos pode ser uma ótima opção para entender
um pouco mais sobre o dia a dia na fábrica.
Por fim, graças a essas habilidades de resolução de problemas, as mulheres ganham cada vez mais visibilidade no setor industrial, que vem se preocupando, na mesma medida, em oferecer mais visibilidade e oportunidades a esta importante causa.
Alejandra Quevedo é Diretora de marketing da América Latina, ambas da Rockwell Automation, empresa que promoveu recentemente o ROKLive 2022, evento que teve como um dos temas fomentar a maior participação das mulheres no mercado industrial
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