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Para empresariado aparecidense, pólo aeronáutico trará nova cadeia produtiva e fortalecerá empresas já instaladas na cidade

Em evento da ACIAG, empresários que operam há décadas em Aparecida de Goiânia conhecem detalhes sobre projeto do Antares e apostam num salto de crescimento e de desenvolvimento para município com o mega empreendimento

Marcos Alberto Luis de Campos, sócio empreendedor do Antares Polo Aeronáutico
Anderson Costa

Atrair novos negócios e ao mesmo tempo fortalecer as empresas que já estão instaladas em Aparecida de Goiânia. Essas não são apenas metas dos empreendedores responsáveis pelo Antares Pólo Aeronáutico, que está sendo construído no município da região metropolitana de Goiânia, mas também uma certeza de muitos empresários aparecidenses que há décadas estão instalados na cidade.

Durante a 2ª edição do projeto Happy Hour Empresarial ACIAG, promovida no final de maio pela Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (ACIAG), empresários da cidade puderam conhecer mais detalhes desse mega projeto encabeçado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e a RC Bastos Participações. O happy hour é realizado quinzenalmente e tem por objetivo apresentar empresas instaladas em Aparecida a outros empreendedores e, com isso, gerar novos negócios e oportunidades.

Para o empresário e presidente da Aciag, Leopoldo Moreira Neto, um empreendimento do porte do Antares agrega muito à cidade de Aparecida de Goiânia, que é um município geograficamente privilegiado, localizado no centro do País e que abriga o maior pólo industrial do Centro-oeste. “O Antares irá trazer para Aparecida uma nova e vasta cadeia produtiva: a da aviação civil. Atrairá também uma mão de obra altamente qualificada, gerando, indiretamente, uma infinidade de empregos e oportunidades de renda em outros segmentos. Isso porque quando você pensa num empreendimento como esse, você remete a inúmeros outros negócios como a logística, carga fracionada, manutenção, serviço de táxi-aéreo. Ou seja, o campo de crescimento e desenvolvimento para esse segmento é enorme”, afirma o líder empresarial.

Nova visão
Com uma atuação empresarial de quase 40 anos em Aparecida de Goiânia, o sócio-proprietário do Grupo Kjoia Industria e Comércio de Produtos de Limpeza, Jaime Canedo, avalia que um projeto como o Antares Pólo Aeronáutico irá trazer uma visão diferente para muitos dos empresários que já estão na cidade, bem como atrair a atenção de outros empreendedores para o enorme potencial de desenvolvimento que Aparecida oferece. “Acredito que o Antares irá sim ampliar as possibilidades de nossa cidade, que tem uma forte vocação industrial, mas que também tem totais condições de receber empresas das mais variadas atividades, principalmente do terceiro setor, que é o de serviços. Inclusive, ao meu ver, essa ainda é uma carência por aqui. Aparecida, até pouco tempo atrás, não tinha hotel, a cidade não conta com uma rede de restaurantes mais sofisticados, não tem locadoras de veículos. Portanto, acredito muito que o Antares irá suprir essa lacuna e atrair grandes empresas”, avalia. 

Com uma experiência de mais de 50 anos no setor de logística, o também empresário Valter Nogueira da Silva, mais conhecido como Valtyn do Brazil, não esconde sua empolgação com o projeto e os impactos positivos que o empreendimento irá trazer para Aparecida de Goiânia. “Eu vejo um empreendimento como o Antares com muita alegria e satisfação. Até porque somos um dos municípios que mais crescem no Brasil e temos uma localização geográfica extremamente privilegiada. Sendo assim, o que nos faltava era justamente pessoas corajosas para empreender numa área tão complexa e especial que é a aviação”, ressalta.

Sonho
A apresentação do projeto Antares, que atualmente está com suas obras na fase de fundações, ficou a cargo dos sócios-empreendedores Marcos Roberto Campos e Rodrigo Neiva. Trazendo um breve histórico de como surgiu a ideia de se construir um aeroporto e um pólo aeronáutico na cidade de Aparecida de Goiânia, Marcos Roberto destacou os estudos de licenciamento para a efetiva execução do projeto. “A grandeza de um projeto como Antares já se vê logo quando você leva em conta o seu processo de licenciamento. Foram quase dez anos para obtermos todas as autorizações necessárias, sejam as ambientais, da prefeitura e as da Anac [Agência Nacional de Aviação Civil]. Mas isso, para nós, não foi de forma alguma motivo para desacreditarmos desse sonho. Pelo contrário, após a sua completa aprovação, tivemos a certeza ainda maior de que se tratava de um projeto que já nascia com total segurança técnica, jurídica e viabilidade econômica”. 

Ao informar que a meta é iniciar as operações do Antares até o final de 2024, Marcos Roberto destacou ainda que o empreendimento é sobretudo uma grande aposta na cidade de Aparecida. “Desde que começamos as primeiras discussões sobre sua viabilidade, todos os empreendedores responsáveis sempre acreditaram muito nesse projeto. Todos os dias levantamos ideias e alternativas para que ele alcançasse, não só uma grandeza nacional, mas também internacional. Mas, principalmente, decidimos investir nesse projeto porque acreditamos muito em Aparecida”, salientou o empresário.

Estrutura
Completando a apresentação de seu sócio, Rodrigo Neiva trouxe detalhes mais técnicos do Antares Pólos Aeronáutico, como as medidas da pista de pouso e decolagens do aeroporto, que terá 1,8 mil metros de extensão por  45m de largura, o que possibilitará a operação de aeronaves de maior porte, como por exemplo, um Boing 737 800. Com uma área total de 209 hectares, o projeto Antares será construído em cinco fases. A primeira etapa deve ser concluída em 2024 e prevê a entrega da pista de pouso, área de embarque e desembarque e 72 lotes entregues de 1.000m² a 1.500 m² de área, com toda a infraestrutura necessária, como energia elétrica, sistema de abastecimento de água, pavimentação asfáltica e área fechada com portaria monitorada. 

Para empresas ou investidores que quiserem áreas ainda maiores, o empreendimento também possui terrenos com mais de 100 mil m². O pátio de aeronaves de 11 mil m² poderá ser ampliado para até 22 mil m², conforme a demanda. Os investimentos são da ordem de R$ 100 milhões, só na primeira fase do projeto, quando estiver em operação, o Antares irá gerar mais de 2.200 empregos diretos. “Teremos um pólo aeronáutico público-privado com condições estruturais para atender a qualquer segmento da aviação civil, seja o serviço de táxi-aéreo, serviços aeromédicos, a logística para o crescente e-commerce, cargas fracionadas de valor agregado, a aviação regional com voos dentro do estado na região Centro-oeste, aviação agrícola, manutenção de aeronaves e também formação de pilotos”, detalhou Rodrigo Neiva.

Além do sonho e da coragem de um grupo de empreendedores goianos, o empresário avalia que um empreendimento do porte do Antares se tornou ainda mais palpável graças a recentes mudanças na legislação, que segundo ele, retirou alguns entraves históricos do setor de aviação no Brasil. “Agora, com a possibilidade de uma maior participação da iniciativa privada, a aviação brasileira tem sim chances de realmente decolar”, destacou.

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