Com retomada do setor de bares e restaurantes, profissão de mixologista atrai brasileiros interessados em explorar o universo dos drinks
De acordo com a Associação Brasileira de Bares
e Restaurantes (Abrasel), o setor de gerou 600 mil empregos no 2º semestre de
2021, período que a pandemia ficou mais controlada no Brasil
Entre 2020 e
2021, o setor de bares, baladas e restaurantes acabou sofrendo um grande baque
por conta da pandemia. O avanço da vacinação em 2021 e a diminuição no número
de casos e mortes por conta da Covid-19 fez com que desde o ano passado os
brasileiros voltassem aos seus hábitos de confraternização em bares e baladas,
o que acabou sendo bastante positivo para os trabalhadores do setor.
De acordo com a Associação Brasileira de
Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor gerou 600 mil empregos no 2º semestre
de 2021, período em que a pandemia ficou mais controlada no Brasil. Além disso,
os brasileiros estão se sentindo mais seguros em retomar à rotina boêmia.
Segundo dados divulgados este ano pela consultoria Galunion, 46% dos
entrevistados se sentem seguros ao frequentar bares ou restaurantes.
Essa retomada e o crescimento do setor
no país fez com que aumentasse o interesse dos brasileiros por uma profissão
que, embora em alta, ainda é estranha para muitos: a mixologia. “Um mixologista é um profissional que
estuda as combinações dos ingredientes para conseguir criar um bom drink, então
ele testa receitas, cria carta de coquetéis, explora aromas e receitas e
descobre novas combinações químicas dos componentes”, afirma o
mixologista Joseph Van
Sebroeck.
Não se sabe ao certo quando os drinks
foram inventados, porém, a prática de misturar bebidas alcoólicas existe desde
a Grécia Antiga e o primeiro livro sobre o tema foi lançado em 1862 por um
norte americano chamado Jerry Thomas. A profissão de mixologista é confundia
com frequência com uma outra profissão similar: a de bartender. “O mixologista acaba se aprofundando
mais nos estudos, busca entender todo o universo dos drinks, ingredientes e
suas particularidades. Já o bartender é o profissional que fica atrás do balcão
criando drinks através de performances e técnicas”, explica
Sebroeck.
Embora cada uma das profissões tenham
características distintas, muitos mixologistas acabam atuando como bartenders.
Além da retomada do setor de bares e restaurantes no Brasil, os mixologistas
brasileiros acabam tendo uma outra vantagem em relação aos profissionais do
setor de outros países: a facilidade em encontrar ingredientes naturais. “As especiarias fazem toda a diferença
nos drinks, e, como o país é rico em ingredientes, acaba sendo um prato cheio
na hora de criar drinks e receitas”, ressalta Sebroeck.
O interesse do mixologista no setor de
bebidas veio da influência do seu pai, que tinha um alambique na região de
Ilhabela. Sebroeck então decidiu seguir o legado do pai e resolveu fazer o
curso de mixologista. Ele acabou gostando tanto da área que decidiu criar o seu
próprio rum. Batizado de Cavendish,
a bebida possui notas aromáticas de banana, cana de açúcar e especiarias. A
dica para quem quer se tornar um mixologista de sucesso é procurar cursos
ministrados por profissionais renomados do setor e buscar sempre se atualizar e
descobrir novas tendências.
“É uma profissão que está em alta e pode
ser exercida de diferentes maneiras, como, por exemplo, consultor de
restaurantes e bares, criador de carta de drink para eventos ou até mesmo para
cruzeiros”, finaliza
Sebroeck.
Sobre o Cavendish
O Cavendish Rum foi desenvolvido por Joseph Van Sebroeck, de família proprietária de alambique na região de Ilhabela, e tem notas aromáticas de banana, cana de açúcar e especiarias. A bebida é uma homenagem ao litoral de São Paulo, já que o nome é uma referência ao pirata inglês Thomas Cavendish, que fez história quando usou essa região como base por cinco anos. O rótulo é o segundo produto produzido pela Destilaria Dona Filó.
Nenhum comentário