Como é ser mulher na área de tecnologia?
Profa. Me. Renata Costa, coordenadora dos
cursos de TI da Braz Cubas, explica o cenário das mulheres nas profissões em TI
e ressalta que o mercado é promissor;
Especialista
aponta que assuntos ligados a tecnologia devem ser abordados nos primeiros anos
escolares para meninas se sentirem mais confiantes ao ingressar na área
Mogi das Cruzes, 15 de julho de 2022 – Assim como profissões ligadas a
tecnologia estão cada vez mais promissoras, a cada dia aumenta a presença
feminina na área. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta
um crescimento de 60% na representatividade feminina na área de TI nos últimos
cinco anos, indo de 27,9 mil mulheres para 44,5 mil. No entanto, há desafios
ainda impostos e uma predominância de homens na área.
De acordo com a Profa. Me. Renata Costa,
coordenadora dos cursos de Tecnologia
da Informação (TI) do Centro Universitário Braz Cubas, apesar de estarmos
em pleno século XXI e termos diversos programas de incentivo às mulheres na
tecnologia, ser mulher na área ainda é difícil. Contudo, muitas vêm quebrando
tabus. “O machismo está incorporado na sociedade e é sempre uma barreira em
qualquer área, principalmente nas que são ditas masculinas, como as exatas.
Desde sempre, as mulheres foram criadas para serem donas de casa e não para
serem engenheiras de dados, programadoras, analistas de sistemas ou outros
cargos de TI”, exemplifica.
Renata reforça que a cultura é o
principal motivo de ainda ter poucas mulheres na tecnologia: o espaço público
era destinado aos homens e a casa, às mulheres. Dessa maneira, não só a
tecnologia, mas qualquer outra área e profissão tinha predominância masculina,
como nas engenharias.
“É importante considerarmos que por
muito tempo as mulheres foram incentivadas pelas famílias a casarem e terem
filhos, essa era a meta familiar de ser ‘bem-sucedida’. Em outros momentos,
elas tiveram abertura para se formarem em profissões ditas femininas, como
serem pedagogas, psicólogas, enfermeiras, entre outras. Aos poucos, a sociedade
está mudando e, nesse ínterim, as mulheres estão ganhando espaço no mercado de
TI. Segundo o IBGE, elas representavam, em 2019, 20% da atuação no mercado de
tecnologia, e mesmo com alto grau de instrução escolar, ganhavam 34% a menos
que os homens”, explica a professora.
Um fator que pode impulsionar ainda mais
espaços para as mulheres no mercado de tecnologia, segundo Renata, é que dados
divulgados recentemente pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia
da Informação e Comunicação - Brasscom apontam que 37% das vagas em TI são de
atuação feminina na área. Esse crescimento poderá ser incentivado caso,
conforme a pesquisa, o cenário brasileiro não mudar em relação a falta de
profissionais qualificados em tecnologia: em 2024, o país chegará a ter um
déficit estimado em 260 mil profissionais, ou seja, haverá esse total de vagas
disponíveis no mercado.
A professora de TI aponta ainda que
existem diversos caminhos para impulsionar as mulheres no setor. “Alguns,
inclusive, já acontecem dentro das empresas e no mercado em geral, por exemplo,
comitês empresariais de incentivo para as mulheres participarem de processos
seletivos para TI, divulgação de vagas específicas para atuação feminina,
grupos de incentivos em aplicativos de comunicação, projetos governamentais,
etc. Outro caminho que particularmente tenho mais apreço é a educação. Acredito
que temas sobre tecnologia devam ser tratados logo nos primeiros anos escolares
para que as meninas possam se sentir mais confortáveis e confiantes na fase
adulta, podendo escolher (ou não) a tecnologia como profissão. A sororidade é
outra temática que deveria fazer parte da formação continuada das mulheres.
Afinal, a mudança cultural entre nós é um fator que possa vir a contribuir
nesse crescente da atuação feminina em TI: ‘uma sobe e puxa a outra!’”, avalia.
Na Braz Cubas, recentemente a
coordenação dos cursos de TI e suas alunas criaram um grupo de mulheres da
área, o TechWomanBC, com o objetivo de se apoiarem e se incentivarem na
tecnologia.
Ainda existem diversas barreiras que
dificultam o ingresso de mulheres no mercado. “Uma das principais dificuldades
das mulheres que atuam na área é ter que ficar provando que são boas
profissionais – e acabam sendo prejudicadas pela ausência de crédito”, salienta
Renata.
Para finalizar, a professora da Braz
Cubas elencou algumas mulheres que fizeram história na tecnologia como forma de
incentivo para ingresso na profissão. Confira:
- Ada Lovelace
hoje é reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo a ser
processado pela máquina analítica de Charles Babbage;
- Irmã Mary Kenneth Keller
teve muita contribuição na criação da linguagem Basic;
- Grace Hopper,
a primeira mulher formada em Yale, foi uma das criadoras da linguagem
Cobol (uma linguagem comercial ainda utilizada por bancos);
- Carol Shaw,
considerada a primeira mulher a trabalhar na indústria dos Games e
criadora do clássico River Raid;
- Radia Perlman,
programadora, conhecida como a mãe da internet, ela criou o STP (Spanning
Tree) utilizado na comunicação entre computadores. “Devemos a Radia as
visitas diárias que fazemos em diversos sites, e além disso ela é uma
defensora do aumento do número de mulheres no mercado da tecnologia”,
pontua Renata.
Sobre Braz Cubas – Com 80 anos de história e tradição, o Centro Universitário Braz Cubas é reconhecido pelo ensino e formação de qualidade de profissionais de diversas áreas de atuação, em Mogi das Cruzes e, também, na Região Metropolitana de São Paulo e Alto Tietê. Oferece cursos de graduação presencial e a distância, além de cursos técnicos e de pós-graduação, todos de forma inovadora, aliando a tradição com o que há de mais atual no mercado educacional. A Instituição agora integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, como Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca - Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal - UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Centro Universitário Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS), Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP) e Universidade Positivo (Curitiba, Londrina e Ponta Grossa /PR), além de colégios de educação básica e ensino técnico. Visite: www.brazcubas.br e conheça o Nosso Jeito de Ensinar.
Nenhum comentário