Play Festival apresenta exposição Se Essa Rua Fosse Minha no Oi Futuro Flamengo
Entre os artistas convidados estão Agrade Camiz, Sallisa Rosa com Sucata Quântica, Heberth Sobral, Adrianna Eu e Rommulo Vieira Conceição
A Fragilidade dos Negócios Humanos Pode ser um Limite Espacial Incontestável, 2015 | Rommulo Vieira
A mostra ‘Se Essa Rua Fosse Minha’ em cartaz de 06
de agosto a 2 de outubro de 2022 no Oi
Futuro Flamengo, materializa as práticas e ações promovidas
pelo Play; festival que acontece entre 01
de agosto a 03 de setembro de 2022 e ocupa cinco regiões do Rio de
Janeiro: zona sul, na Praça
do Largo do Machado e Oi Futuro, centro, na Praça Mauá e Museu de Arte do Rio,
zona norte, no Parque
Madureira e Arena Fernando Torres junto a Zonas de Cultura Madureira,
no Marco 11 e Ser Cidadão, em Santa
Cruz, e Centro Cultural
Oscar Niemeyer e
Biblioteca Pública, em Duque de Caxias.
Com idealização e curadoria de Tathiana Lopes,
especialista em cultura, educação e comunicação, com mais de 20 anos de
experiência na realização de festivais e projetos multiplataforma, o Play
conta com cinco instalações
artísticas comissionadas, expostas em diversos espaços públicos
da cidade, e se desdobra em uma série de ações e atividades que promovem
experimentação e reflexão a partir das infâncias e juventudes, da cidade e suas
diversidades.
“A
exposição propõe uma relação direta com as instalações criadas para o espaço
público, trazendo outros processos estéticos já elaborados e expostos pelos
artistas convidados, deixando aos públicos obras-pistas, e propondo outras
experiências e percepções sobre os territórios e suas subjetividades”,
comenta a idealizadora, Tathiana Lopes.
Play é uma Plataforma Livre de Acesso às Artes, de
impacto sociocultural, que através das múltiplas linguagens e expressões
artísticas, deseja ampliar percepções sobre educação a partir da cidade e suas
diversidades. Estimulando a reflexão e a experimentação através de instalações
e intervenções, performances, residências, oficinas e diálogos, que exploram
diferentes experiências estéticas nas artes visuais, música, teatro, dança,
literatura e arte urbana, oferecendo um espaço de conhecimento, troca e
intercâmbio artístico, cultural e territorial.
Convidados da exposição:
Os artistas visuais: Agrade Camiz,
Sallisa Rosa com Sucata Quântica, Heberth Sobral, Adrianna Eu e Rommulo Vieira
Conceição contando o processo de criação e construção de suas obras públicas
para o festival.
As personalidades e lideranças locais: Amir
Haddad, Tia Surica, WG da Rua e Heraldo HB (Duque contando sobre suas vivências
na cidade e localidades onde vivem.
A Instituições
sócio culturais com foco no atendimento a crianças e jovens da
região, sob a perspectiva da arte e do esporte para a educação: Escola Vidigal
na comunidade do Vidigal, criada pelo artista plástico Vik Muniz, Instituto
Ademafia criado pelo skatista Ademar Lucas na comunidade do santo Amaro na
Glória, Lanchonete Lanchonete, criada pela artista Thelma Villas Boas na
comunidade da Pequena África, no bairro da Gamboa, no Centro, Jongo da Serrinha
em Madureira, Cultura na Cesta criada pelo jogador de basquete WG da Rua
na comunidade do Cesarão e Ser Cidadão criada por um grupo de educadores e
conta com Francisco Jorge como gerente de projetos em Santa Cruz, e a Chypher
Kids, criada pelo DJ Zulu Tecnykko e funciona no espaço cultural Lira de Ouro
de Duque de Caxias.
O Play ouviu 70 crianças atendidas por
essas instituições, suas percepções sobre a cidade, sobre arte, educação, e o
que elas gostariam de dizer a quem governa a cidade. O festival vai levar todas
as crianças entrevistadas junto às instituições para participar das atividades
artísticas, rodas de conversa e oficinas durante toda a sua programação.
O Play
é realizado pela Cardápio
de Ideias, pela Lei de Incentivo à Cultura, da Secretaria
Especial de Cultura e Ministério do Turismo, conta com patrocínio da Localiza,
com as parcerias institucionais da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de
Janeiro, do Zonas de Cultura Madureira, Secretaria de Educação do Rio de
Janeiro, Secretaria de Cultura de Duque de Caxias, Secretaria de Educação de
Duque de Caxias, Oi Futuro, Museu de Arte do Rio, Ser Cidadão, Observatório de
Favelas, Galpão Bela Maré, Escola Vidigal, Vik Muniz Studio, Instituto
Ademafia, Lanchonete Lanchonete, Jongo da Serrinha, Cypher Kids, Cultura na
Cesta, Galpão Goméia e Lira de Ouro.
Sobre Tathiana Lopes
Tathiana Lopes é
fundadora e diretora criativa da Cardápio
de Ideias. Especialista em Cultura, Educação e Comunicação, atua há
mais de 20 anos nos campos da arte e cultura, criando e realizando
projetos artísticos, multiplataforma, festivais e diferentes ações culturais.
Foi idealizadora e curadora do Ping
Festival de Cultura, Arte e Educação. Idealizadora e realizadora do
Festival Novas Frequências,
diretora e realizadora do Festival
Mais Performance, idealizadora e realizadora do Projeto Paisagem em
parceria com o artista plástico Vik Muniz, entre outros projetos de alcance
nacional e internacional.
Em parceria com O Instituto, ESPM e
Museu de Arte do Rio - MAR, desenvolveu o programa de formação em elaboração de
projetos para jovens periféricos do RJ para os 10 anos do projeto Rio de Encontros, foi
mentora e facilitadora do Hiper
Museus, do Percursos
Formativos do MAR e colaboradora do Museu Vivo. Colaborou com a curadoria e
elaboração do curso de Produção de Festivais e Eventos Culturais para a
plataforma Coliga
da Fundação Roberto Marinho. Faz parte do Conselho Consultivo da Favela Vertical e da Escola Vidigal.
Adriana Eu
Adrianna Eu é carioca
mas atualmente mora em São Paulo. Tem como seus temas principais as relações de
um “eu” com o tempo, com o espaço que habita, com o outro e, principalmente,
com ele mesmo. Adotou como sobrenome o pronome eu, com a intenção de provocar
no outro uma sensação de estranhamento e considera isso sua primeira obra. Em
sua formação, fez pintura na Escola de Artes Visuais - EAV, cursos livres de
filosofia no Museu da República, frequentou grupos de estudos com artistas como
Brígida Baltar, e se interessou por psicanálise. Já expôs em diversas
instituições nacionais e internacionais. Seus trabalhos integram várias
coleções, destacando-se Galeria Real – Amman/Jordânia; Museu Romulo Maiorana e
MAR – Museu de Arte do Rio. Adrianna gosta de pensar que é só uma menina
nascida em Vila Isabel e que sua trajetória é traçada pelo desejo.
Agrade Camiz
Artista multimídia,
nasceu no Rio de Janeiro em 1988, onde vive e trabalha. Articula seus trabalhos
usando a estética da arquitetura popular carioca, mesclando questões
relacionadas à sexualidade, à beleza e à opressão feminina. Incorpora grades em
muitos trabalhos, elemento que remete a imposições e padronizações do
comportamento. A artista, além de produzir obras de diversas dimensões que
podem ser exibidas em galerias e museus, também possui um trabalho expressivo
como grafiteira e muralista em diversos pontos da cidade.
Heberth Sobral
Cursou História da Arte
e Desenho Técnico com João Magalhães, figura humana e criação artística no
Senac e o curso PRODUZIRVER- PENSAR, com Pedro França na Escola de Artes
Visuais Parque Lage. Começou na área artística como assistente em 2005 quando
fez um Workshop de fotografia que o levou a ser convidado por Fábio Ghivelder
para trabalhar com Vik Muniz.
Rommulo Vieira Conceição
Artista visual que trabalha com diversos meios, como a instalação, os objetos,
a escultura, o desenho e a fotografia, explorando as sutilezas de percepção do
espaço na contemporaneidade e as relações do homem contemporâneo no mundo
atual. Nasceu em 1968, em Salvador- Bahia, onde começou seus estudos em artes
em 1983, sob a orientação da artista Célia Prata, na Oficina de Artes Plásticas
da Escola Técnica Federal da Bahia. Atualmente, é representado pela Galeria
Gestual, Porto Alegre e pela Galeria Bailune-Biancheri, em São Paulo. Desde
1998 vem realizando exposições individuais e coletivas, e residências
artísticas no Brasil, na Argentina, na Austrália, no Japão e na Finlândia. Foi
indicado duas vezes ao Prêmio Açorianos de Artes Plásticas (2010 e 2012) e três
vezes ao prêmio PIPA (2010, 2011, 2018). Tem obras em vários acervos públicos,
dentre os quais: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea
de São Paulo/USP; Museu Afro Brasil, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande
do Sul, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio e Museu
Nacional de Belas Artes.
Sallisa Rosa
Nascida em Goiânia, em
1986, vive e trabalha no Rio de Janeiro (RJ). Atua com a arte como caminho e
experiências intuitivas, ficção, território e natureza, sua prática circula
entre fotografia e vídeo, mas também instalações e obras participativas. Sua
primeira exposição individual aconteceu em novembro de 2021 no Museu de Arte
Moderna do Rio de Janeiro, MAM. O trabalho de Sallisa foi destaque na Trienal
do SESC em Sorocaba (2021), na exposição Histórias feministas: artistas após
2000 no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP) (2019), VAIVEM, no Centro
Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (CCBB) (2019), na Bienal do Barro,
Caruaru (2019), Estratégias do Feminino, Farol Santander, Porto Alegre (2019),
Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2019) e Dja Guata Porã, Museu de
Arte do Rio de Janeiro (MAR) (2017). Indicada ao Prêmio PIPA 2020.
Sucata Quântica
Sucata Quântica nasceu
em São Paulo em 2018, como uma iniciativa coletiva de resgate de objetos,
materiais e práticas por meio do reuso criativo (upcycling). Combate a lógica
da obsolescência programada a partir da criatividade, da técnica e da diversão.
Tem desenvolvido instalações artísticas em festivais como Frestas - Trienal de
Arte do Sesc Sorocaba (2021-2022), cenografia de eventos (Encontros Lixo-Zero
2019 e 2022), mais de 12 oficinas para toda classe de públicos e com variedade
de protótipos. Também tem sido expositora de mais de 10 feiras e
exposições.
Sucata iniciou com a parceria de Hamilton Ortiz, Felipe Rodriguez, Bianca Walber e Sol Calderón. Hoje
contamos com uma rede ampla de parceiros de design industrial, artes,
permacultura, arquitetura e engenharia que é ativada para projetos específicos.
OBRAS
“A
fragilidade dos negócios humanos pode ser um limite espacial incontestável” de
Rommulo Vieira Conceição para a exposição
A série de trabalhos “A fragilidade dos negócios humanos pode
ser um limite espacial incontestável” fala sobre essa
incongruência do mundo moderno. No mundo, ele produz um padrão, um movimento
estético. Mas, no Brasil, não resulta em grande abrangência na prática dos seus
conceitos, na captura da sociedade brasileira de suas benesses. O padrão
geométrico se estabelece no concretismo brasileiro visando uma sociedade
igualitária: um padrão geométrico sem a importância de um parâmetro a
outro.
As grades ainda guardam a sensação de
insegurança, de proteção: o benefício do moderno, de igualdade social, de
empoderamento, de possível, se trai com esse elemento! Entretanto, as grades
usam os padrões geométricos deixados pelo moderno sem que o significado de
moderno exista em sua plenitude, em sua prática, se tornando apenas um padrão
estético. O muro, com o mesmo padrão concreto, se torna inviolável,
impenetrável, com suas aberturas porta e janela totalmente bloqueadas. Não há
comunicação entre o dentro e o fora. Não há fluxo. Não há espaço ou segurança
para isso existir.
A escolha por esta obra de Rommulo
Vieira Conceição, para compor o corpo expositivo da mostra “Se essa rua fosse
minha”, se dá pela relação direta com a obra "Múltiplas Infâncias” criada pelo
artista para ocupar as ruas, mais precisamente o Complexo Cultural Oscar
Niemeyer em Duque de Caxias.
Sobre a obra Múltiplas Infâncias criada
por Rommulo Vieira Conceição para a Praça do Pacificador em Duque de
Caxias.
Criada para proporcionar uma experiência
física que remetesse ao lúdico, mas não necessariamente a partir dos brinquedos
convencionais presentes nos parques, o artista escolhe como elemento principal
as catracas das estações comumente encontradas nas estações de trem.
“Dentro
da minha memória de infância, me vieram rapidamente as catracas que ficavam nas
estações de trem. A ideia de viajar de trem do subúrbio para Salvador ou
vice-versa, era sempre motivada pelo fato de eu ter que passar pelas catracas.
Sua função era a possibilidade de me pendurar numa de suas barras e ser
empurrado pela minha avó, ou pela minha mãe.Era uma mistura de mistério, de
solidão, isolamento, diversão, perigo e força, tudo junto. Achava aquele
movimento tão breve, muito empolgante, o tamanho de tudo era agigantado.” Rommulo
Vieira.
Se essas catracas têm uma função
definida de limitar uma sociedade que pode e que não pode acessar espaços, que
ela seja subvertida em movimento, em negociação desses espaços, em um labirinto
lúdico que é viver. Que promovam a convivência, entretenimento e
liberdade.
Cubo Cubista e Roda Gigante de Heberth
Sobral para a exposição
Cubo Cubista é uma escultura geométrica composta de
azulejos com imagens compostas por partes de bonecos playmobil, fragmentadas
conforme a manifestação artística que leva no nome. A obra é um desdobramento
da série de azulejos que compõem alto relevo, fotografias e esculturas, usando
o azulejo como a linguagem principal, resultado de uma residência artística
portuguesa, na qual o artista faz uma fusão da sua cultura de bonecos com a
cultura local de azulejos portugueses.
Roda Gigante faz parte da série de releituras bem
humoradas de obras consagradas. É uma versão da obra Bicycle Wheel de Marcel
Duchamp, onde o artista utiliza os bonecos e a roda de uma bicicleta como roda
gigante, convidando o público a interagir e mergulhar no imaginário bem
humorado do artista.
Sobre a instalação Cubo Tetris criada
por Heberth Sobral para o Parque Madureira
A relação com a obra Cubo Tétris criada por
Heberth para ocupar o Parque Madureira se dá por meio dos elementos lúdicos e
conceituais que compõem tanto a obra Roda Gigante como o Cubo Cubista. Que se
constituem e são criadas a partir da utilização dos bonecos, dos azulejos e da
materialização das peças que formam o grande o cubo que se desdobra no quebra
cabeças que o jogo de Tetris propõe.
“Cidade é um jogo de tetris imobiliário,
imigratório e cultural, onde as pessoas tentam se encaixar e se adequar a um
grupo existente. A obra é criada por três imagens que compõem uma cidade. Os
bonecos simbolizam as pessoas, e podem ser vistos de perto, mas num jogo de
ilusão, o que se percebe ao ver a obra de longe são azulejos usados nas
construções, e ao se afastar ainda mais o que se vê é um jogo de tetris
refletindo as mudanças da cidade.”
{A}grade e Divisa de Agrade Camíz para a
exposição
{A}grade
"Chamo de grade os princípios
morais, as durezas do comportamento que criamos, as éticas que nos atingem , e
a partir da ambiguidade do sentido de agradar, e de limitar, passo então a
explorar a grafia da palavra, questiono em múltiplas direções as
impossibilidades criadas pelos próprios núcleos sociais e que limitam a
existência, padronizações através da grade. Em nossas casas, cercadas e
seguras, nos protegemos de nós mesmos, dos nossos resultados. Se olharmos bem
dentro, no fundo da caixa conseguimos nos ver entre belas grades, em espelhos
partidos, um convite a olhar pra dentro"
Divisa é um desdobramento da pesquisa da
artista, que se alastra nas discussões escultóricas e instaláveis, no mesmo
passo que resgata estéticas e interações políticas para o seu trabalho no
diálogo com os territórios, corpos e suas geopolíticas.
Sobre a instalação Boitanga criada
por Agrade Camiz para oLargo do Machado
“Fui
atrás da minha infância pra pensar nesse trabalho. Então trouxe as grades de
janelas para o lugar do brinquedo trepa-trepa, e uma janela redonda, bem
grande, passa a ser um gira-gira. Dessa forma, trago uma memória afetiva ligada
aos territórios suburbanos, favelados, despertando a fantasia no transformar de
janelas, grades, elementos relacionados ao lar, resignificando-os em arte e
brincadeiras.
O Largo do Machado também está presente
nesta obra, já foi uma lagoa e depois do seu aterramento, no século XVII foi
chamado de Campo das Boitangas, “nome dado pelos negros da Guiné que ali
trabalhavam numa plantação. Boitangas, que no dialeto dos africanos significa
cobra que enrola, era um ofídio bastante comum nos alagadiços onde os escravos
cultivavam arroz.” A pintura da instalação se inspira na popular cobra coral
como uma forma de firmar outras identidades.”
Labirinto de Sallisa Rosa e Sucata
Quântica criada para a Praça Mauá
A série de três croquis ou desenhos-projeto,
Labirinto
na mostra espelha precisamente os caminhos estreitos para o esboço que dá vida
e sentido ao Labirinto que se fará presente, a partir da construção da artista
e do coletivo, e as colaborações diversas do público, do tempo e do espaço
presentes e circulantes na Praça Mauá no Rio de Janeiro.
Reflexão sobre a proposta de
instalação:
“O labirinto acredita no caminho como
uma metodologia tradicional artística possível para construção de sentidos.
Usando o corpo como suporte, o ponto de partida é o eu.
Convocando-nos a desorientação do
labirinto é dada a largada para a metodologia de percorrer a rede de caminhos e
fronteiras, de certezas e dúvidas, em se perder ou se achar, onde circula o
visível e o invisível, a dúvida, a tentativa e erro, os rastros, o retorno, a
circularidade. Os caminhos são conduções de energia e mistério, escolher caminhos
pela intuição, é escolher qual energia queremos ser conduzidos. As
materialidades apresentadas aqui se dão por colheitas e investigações de
materiais diversos no Rio de Janeiro.”
Cama de Gato de Adrianna Eu criada para
o Marco XI em Santa Cruz
As fotografias que formam a série Cama de Gato de Adrianna
Eu nos convoca a um ativação da memória ao próprio gesto gerado pela existência
da brincadeira, onde temos as presenças da artista e da linha vermelha,
material que costura e se apresenta na poética de Adrianna, reaparece também
aqui na construção das cenas.
Cama de gato também dá nome à instalação
pública, que não só utiliza o nome como conceito, mas materializa em maior
escala mãos e linhas trazendo a cidade para esse diálogo e conexão com a brincadeira
e suas possibilidades de fruição e experiência. Localizada no Marco XI,
Santa Cruz no Rio de Janeiro.
Adrianna nos revela:
“Quando eu era criança, uma de minhas
brincadeiras preferidas era cama de gato. Me encantava ver como usando apenas
minhas mãos e uma linha, era possível construir muitas formas diferentes que
iam se repetindo infinitamente sem nunca deixar de ser possível uma nova
trama.
A cama de gato vem sendo praticada há
séculos em vários lugares no mundo todo e, para os etnólogos, ainda hoje é um
problema explicar por que povos de regiões e culturas tão distintas – como os
Maoris da Nova Zelândia, os esquimós do Ártico, os índios norte-americanos e os
membros de várias tribos africanas – criam figuras exatamente iguais em suas
“cama-de-gato”.
Talvez seja possível se pensar uma
memória de um “ brincar” que seja maior que as fronteiras”.
Serviço
Data e Hora
- Instalações Urbanas
Data: 01 de agosto a 3 de
setembro
Hora: Domingo a Domingo - 24 horas
- Festival
Data: 06, 13, 20, 27 de agosto e 3 de
setembro - aos sábados
Hora: 10h às 19h
- Exposição
Data: 06 de agosto a 2 de outubro
de 2022.
Hora: quarta a domingo - 11h às 18h
Local:
Instalações Urbanas: 01 de agosto
a 3 de setembro
- Agrade Camiz - Praça Largo do
Machado, na divisa entre os bairros do Flamengo, Catete e Laranjeiras
- Sallisa Rosa e Sucata Quântica
- Praça Mauá em frente ao Museu de Arte do Rio no Centro
- Heberth Sobral - Parque
Madureira em frente a Arena Fernando Torres
- Adrianna Eu - Marco XI em
Santa Cruz
- Rommulo Vieira Conceição -
Complexo Oscar Niemeyer em Duque de Caxias
Festival:
- 06 de agosto - Praça
Largo do Machado, na divisa entre os bairros do Flamengo, Catete e
Laranjeiras
- 06 de agosto - Oi Futuro
Flamengo - R. Dois de Dezembro, 63 - Flamengo
- 13 de agosto - Museu de Arte do
Rio - Praça Mauá, 5 - Centro
- 20 de agosto - Arena Fernando
Torres - R. Bernardino de Andrade, 200 - Madureira Parque Madureira - R.
Soares Caldeira, 115 - Madureira
- 27 de agosto - Ser Cidadão - R.
Fernanda, 140 - Santa Cruz
- 03 de setembro - Centro
Cultural Oscar Niemeyer e Biblioteca Pública- Av. Governador Leonel
de Moura Brizola, S/N - Centro, Duque de Caxias
Visita Escolas e Instituições
Sociais:
- 01 de agosto a 3 de
setembro
De segunda a sexta - manhã e tarde.
Agendamento Cintia Ricardo -
educativo@playfestival.art
Classificação: Livre
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