Expoflora 2022: Busca às origens é inspiração para a Mostra de Paisagismo e Decoração
Espaços de bem-estar que valorizam a
integração do homem com a natureza, com a fauna e com a flora marcam os 18
ambientes da exposição, na qual tendências e soluções são apresentadas com
muita criatividade e total respeito à sustentabilidade. A Mostra é uma das
atrações da Expoflora, que será realizada no período de 2 a 25 de setembro, de
sexta-feira a domingo, e nos dias 7 e 8 de setembro (quarta e quinta-feira,
aproveitando o feriado da Independência do Brasil), sempre das 9h às 19h, em
Holambra, no interior de São Paulo.
Paisagistas,
arquitetos, decoradores e engenheiros agrônomos, entre outros profissionais, se
inspiraram nas origens da natureza e do homem ao colocar todo o seu talento e
imaginação na criação dos 18 ambientes que compõem a Mostra de Paisagismo e
Decoração, uma das muitas atrações da Expoflora 2022. São espaços que
reverenciam o amor – a origem de tudo – e a relação do homem com a natureza, em
meio a milhares de flores e plantas, das mais variadas espécies, tamanhos,
cores e perfumes, muitas delas lançamentos desta edição do evento.
A Expoflora chega em
sua 39ª edição. Trata-se da maior exposição de flores e plantas ornamentais da
América Latina, que acontece no período de 2 a 25 de setembro, de sexta-feira a
domingo, e nos dias 7 e 8 de setembro (quarta e quinta-feira, aproveitando o
feriado da Independência do Brasil), sempre das 9h às 19h, em Holambra, no
interior de São Paulo. Na busca pelas origens, os profissionais resgataram
histórias e memórias individuais ou familiares, conectando-as à natureza e à
vida, criando ambientes de bem-estar a partir da utilização de plantas e flores
que purificam o ar, contribuem para curas, atraem pássaros, acalmam a alma e
alegram os olhos.
O Jardim do Éden
simboliza a natureza original. O Jardim Italiano, o Jardim Oriental e a Fazenda
fazem uma conexão com imigrantes que foram fundamentais para o Brasil e,
também, com nossos antepassados, estimulando as lembranças. Outros ambientes
são um convite à integração com a natureza, à rotina saudável e à força
interior que leva o ser humano a enfrentar as dificuldades, a celebrar o amor e
a vida. Conforto e aconchego estão presentes em todos os espaços, com inovações
e tendências.
Os espaços também
celebram o amor em sua essência e apresentam soluções criativas para ambientes
internos e externos, independentemente do tamanho, aplicáveis em casas com ou
sem jardim ou apartamentos. Os ambientes incorporam materiais utilizados no dia
a dia, transformados em móveis, utensílios e objetos de decoração em nome da
sustentabilidade, outra preocupação constante dos idealizadores. O uso
consciente da água e de materiais não poluentes, o aproveitamento sem
desperdício dos recursos naturais e a utilização de recicláveis também se
destacam na exposição. Não faltam locais “instagramáveis” para os visitantes
eternizarem a visita em fotos.
SOBRE OS AMBIENTES
Ambiente 1 - Jardim do
Éden - Jussara Schultz Bauermann (arquiteta e urbanista, coordenadora do
Curso de Arquitetura e Urbanismo do Unasp, campus Engenheiro Coelho), Margot
Karklin Wolter (paisagista), Glaucia Miriã Mischiatti Souza (arquiteta e
urbanista), prof. Mayara Christy Tavares de Lima Faria (arquiteta e urbanista)
e Pollyana Ribeiro Prado Mamedes (designer gráfica).
Criado e executado por
professoras e estudantes do Centro Universitário Adventista de São Paulo
(Unasp), campus Engenheiro Coelho, o ambiente convida o visitante a
experimentar a história do jardim original sob o conceito do entrelaçamento da
origem humana com a de um jardim. Cada elemento é criado, lembrado e
adicionado, proporcionando as condições perfeitas para que o jardim se
sustente. Luz, água, pressão, temperatura, ambiente, tudo é oferecido para que
o jardim se torne completo, belo e perfeito, objeto de atenção e
responsabilidade e não apenas o habitat humano. Tudo foi pensado de forma a
proporcionar a aproximação do público com o jardim original. Para isso, propõe-se
ao visitante uma experiência sensitiva por meio do contato com diferentes tipos
de vegetação, como árvores, arbustos, gramíneas, herbáceas e forrações. Ao
caminhar pelo ambiente, o visitante encontrará alguns dos principais elementos
descritos na Bíblia sobre o Jardim do Éden: árvores majestosas, flores, plantas
variadas, elementos que representam o Sol, a Lua e as estrelas, água e pedras
preciosas, destacando-se a árvore da vida, no centro do ambiente. Quase duas
centenas de flores e plantas foram utilizadas no espaço, com ênfase para
espécies exóticas e raras, em especial a centenária oliveira. Minipitanga, sete
copas africanas, esponja de ouro (Dracena), manacás da serra, palmeira pescoço
marrom, clúsia gigante, palmeirinha-azul, jabuticabeira, buquê-de-noiva e barba
de Moisés entre outras. Foram escolhidas plantas e flores de diferentes portes,
texturas e cores que remetem à riqueza do Jardim do Éden, com predominância dos
tons verdes e avermelhados. Também se destacam no ambiente enormes painéis
artísticos, cujas pinturas apresentam a história da criação, segundo a
narrativa bíblica. O ambiente conta, ainda, com mobiliários de madeira de
demolição, cedidos pelo Unasp, oferecendo um espaço de estar aos visitantes.
Ambiente 2 – Jardim
Oriental - Cléia Thomazini (arquiteta, urbanista,
paisagista e decoradora) e Orpheu Thomazini (arquiteto e urbanista), ambos de
Mogi Mirim; Anderson Marchi, (laguista e paisagista), de Cosmópolis, e
Valentino Soares (produtor), de Holambra.
Inspirado na cultura
oriental, na qual a natureza é muito valorizada, e buscando homenagear um povo
que também teve grande relevância no crescimento da cultura de plantas e flores
no Brasil, esse ambiente é dividido em três espaços: o jardim dos bonsais; o
espelho d’água com cascata e carpas coloridas, e a área do Buda. O destaque
fica para os bonsais, dentre eles um de 100 anos, o fícus rubro e a choupala.
Cerca de 150 mudas de plantas foram utilizadas nesse ambiente, com ênfase nas
tonalidades verde, vermelho e rubro. A cultura oriental é valorizada pelo
portal japonês, pintura nas paredes, decoração com materiais antigos originais,
bonsais e espelho d’água. Lanterna japonesa e arandelas também dão um toque
especial ao ambiente. Móveis de antiquário e de tecido fazem uma interessante
combinação com a decoração na qual se destacam cestas de taboa, vasos japoneses
e bolas iluminadas como luminárias. Chama a atenção também a cerca viva formada
por árvores mastros (choupalas) do Jardim dos Bonsais. O ambiente privilegia
plantas e flores tradicionalmente utilizadas na arte oriental, como a taboa e o
xaxim de folha de palmeira.
Ambiente 3 – Vida no
Jardim - Paula Brito (paisagista) e Marcos Caberlini (empresário de
mobiliário), ambos de Campinas.
Um ambiente de convívio
familiar, integrando áreas interna e externa, a fim de estimular o contato com
a natureza no quintal de casa é a proposta desse trabalho, que também apresenta
uma solução de paisagismo para terrenos com pouca incidência de sol. Um amplo pergolado
abriga ambientes de estar e mesa para refeições, cercados por plantas. A área
externa é composta por um espaço de convívio no jardim tropical, área de
churrasqueira com fogão a lenha, um grande deque com mesa redonda para
aproximar ainda mais as pessoas nas refeições, um balanço com dois lugares
instalado sob a sombra de duas árvores da espécie Gonçalo Alves e a área de
lareira de chão que permite o desfrute também à noite e em dias frios. Para os
dias de calor, uma duchinha de bambu junto a uma parede verde, repleta de
samambaias, garante um banho refrescante. À frente do pergolado, três
vasos-fontes cercados por belíssimos filodendros com suas folhas verdes e
exuberantes dão um toque especial à área de contemplação. O jardim foi
planejado com arquitetura de fácil execução, utilizando materiais de baixo
custo, como madeira de eucalipto, no pergolado que tem a cobertura feita com
corda de sisal.
A sustentabilidade
também está no deque, construído com madeira reutilizada de garapeira, no
balanço, de madeira de reuso, e nos banquinhos, de madeira de demolição.
Optou-se por móveis de madeira com inox como forma de trazer equilíbrio e
harmonia entre o rústico e o moderno no mesmo ambiente. A escolha dos vasos
mistura estilos diferentes, com peças pintadas com tinta tradicional ou
orgânica, à base de terra. Outro diferencial é a opção por espécies utilizadas
no ambiente, sendo a maioria plantas tropicais e folhagens grandes e largas.
Este tipo de planta retém mais água nas suas raízes, ajudando o solo a
permanecer úmido por mais tempo, e suas folhas transpiram frequentemente,
favorecendo a melhora na umidade do ar ao redor, principalmente em dias secos.
Foram utilizadas mais de 200 unidades de 20 espécies diferentes de flores e
plantas ornamentais, entre elas alpínias vermelhas e cor-de-rosa (mais raras),
maranta charuto, dionela, guaimbe ondulado e ráfia variegata. A maioria também
é usada nos ambientes internos e compõe o rol das plantas apreciadas pelos
praticantes da urban jungle
(floresta urbana, em português), para áreas internas. Este jardim possui
plantas raras, como filodendros de várias espécies. A exemplo das flores, as
árvores do ambiente representam a tropicalidade da flora, com espécies nativas
e exóticas como a Gonçalo Alves - típica do cerrado -, a Sete Copas Africanas e
a frutífera jaqueira. A maior parte das peças de decoração do ambiente foi
confeccionada artesanalmente.
Ambiente 4 – O
resgate do passado para um futuro possível -Irineu Engler (paisagista) e
Luciana Marchi Rossetti (arquiteta), ambos de Pedreira.
O espaço orgânico,
integrado e autossustentável destaca-se pela simplicidade e foi concebido com
os propósitos de recriar o básico e o útil e de propiciar a convivência,
possibilitando a ocupação da área como moradia ou lazer, com total respeito ao
entorno e à preservação do meio ambiente. Nesse espaço, prevalece o uso de
plantas ornamentais resistentes para a atração de pássaros, abelhas e
borboletas. A bucólica casa amarela com janelas azuis conta com hortas,
galinheiro e até um monjolo para moer o milho que alimenta as aves. Um estreito
caminho ladeado por minigirassóis e begônias leva até um pequeno bosque de
fícus e manacás, que serve de refúgio para animais silvestres. As folhas que
caem viram adubo natural. Todos os materiais utilizados na construção do
ambiente são autossustentáveis, manufaturados sem o uso de maquinários. A
proposta é valorizar a sustentabilidade no dia a dia, deixando uma lição de
vida consciente para as novas gerações.
Ambiente 5 - A natureza
e sua arte - Marisa Trippia (artista plástica), Luciana Enza D’Amato
(aromaterapeuta) e Pedro Wanderlei Galli (paisagista), todos de Holambra.
Explorar a dualidade da
natureza e o conceito de que o equilíbrio é um desafio para a conquista de uma
vida saudável e plena é a proposta desse ambiente biofílico (amor à vida ou aos
sistemas vivos), que privilegia flores que encantam por sua beleza natural e
busca despertar para as propriedades de cura de flores e frutas por meio de
óleos essenciais e aromas. Dividido em três partes que se completam, o ambiente
traz imagens de animais selvagens – tigre, zebra, elefante e urso -, focando o
amor materno primitivo e genuíno, e chama a atenção para o equilíbrio da
dualidade da vida. Nesse contexto, se insere a tela de um campo florido que tem
continuidade com os kalanchoes naturais em um canteiro que ganhou o forma do
símbolo Yin e Yang, energias opostas e complementares na filosofia chinesa.
Foram escolhidas plantas em razão de seu poder curativo e benefícios à saúde,
como limão bravo, goiaba, alecrim, tomilho e sálvia, além de três
jabuticabeiras Sabará.
No ambiente, ainda
estão dispostos 500 vasos de kalanchoes das variedades African Robbie, Sadie e
Evita (laranja, vermelho e amarelo), escolhidas em razão de sua durabilidade e
das cores vibrantes que representam a luminosidade do dia; 30 mudas de lavanda,
por seu aroma e pela tranquilidade de sua cor; além de mandacarus e
sansevierias nas variedades Torre, Trançada, New way e Coração, pela beleza e
praticidade no manuseio. Destaque para o cachepô gigante feito de telhas de
barro sobrepostas. A preocupação com o meio ambiente está presente na
utilização de vasos da Vasart, produzidos de 50% de material reciclado
(plásticos descartáveis) e polietileno; no uso de móveis construídos com madeira
de demolição e de corações e comedouros para pássaros feitos de argila; e,
também, no reaproveitamento de objetos, como latas de tinta transformadas em
vasos, escada reutilizada como prateleira etc. O ambiente é aromatizado com
óleos essenciais extraídos de flores e frutos e com velas artesanais de aromas
100% naturais.
Ambiente 6
– "Inclusão: um novo olhar no paisagismo" - Isabela Corbo
(bióloga e paisagista, de Pedreira), Stella de Wit (terapeuta ocupacional) e
Isaías dos Santos (artesão), ambos fundadores da OllyToys, de Holambra.
A proposta é promover
um novo olhar para o paisagismo, voltado à inclusão, alinhando desenvolvimento
e bem-estar para crianças e adolescentes com necessidades educativas
específicas e especiais. O espaço inclusivo oferece a possibilidade do estímulo
a todos os sentidos - audição, visão, tato, olfato e paladar -, por meio do
contato com a natureza e de brinquedos educativos sustentáveis. O ambiente
acolhe as crianças e oferece estímulos que auxiliam nas atividades de
aprendizado e desenvolvimento global. A ideia é que todas as crianças,
inclusive deficientes visuais, possam desfrutar de um brincar cheio de
texturas, cheiros e sabores ao explorar este jardim sensorial. Para as crianças
com autismo, o espaço permite a elas experimentar e coordenar as sensações,
respondendo adequadamente aos estímulos do ambiente. Para isso, foram
escolhidos brinquedos que incentivam o desenvolvimento da coordenação motora
grossa, da força e do equilíbrio. Eles são indicados para as crianças menores
no seu processo natural de desenvolvimento e, também, para as autistas, para
que elas tenham mais possibilidades de explorar o corpo e as sensações. É o que
acontece, por exemplo, com o triângulo de escalada com escorregador. Parte do
piso é de pneus reciclados.
Para o projeto
paisagístico, foram selecionadas plantas não tóxicas, a fim de garantir
segurança na circulação de crianças e pets. A maioria é de espécies nativas,
com flores coloridas buscando o estímulo para a visão, como impatiens,
amor-perfeito e begônias. Oferece também uma minicozinha e mini-horta com
plantas comestíveis para estimular o paladar (incluindo o doce bloempot,
lançamento gastronômico na Expoflora) e plantas aromáticas (perfumadas) – como
a hortelã e o manjericão - para avivar o olfato. O tato é estimulado por meio
do contato com a terra na horta, com a água no espelho d’água e com as texturas
das plantas. Já o barulho da água caindo do vaso para o espelho d’água e o
canto dos pássaros atraídos pelas espécies nativas estimulam a audição. Toda a
decoração foi pensada para que as crianças possam brincar. Destaque para o
cavalete para pintura com giz de cera de abelha e para o tecido acrobático que
estimula o desenvolvimento da consciência corporal, por meio da escalada e que,
também, pode ser utilizado como balanço ou, ainda, se transformar em casulos
para as crianças se acalmarem em um momento de crise. Os bancos foram
escolhidos para que os pais e acompanhantes também possam se sentir acolhidos e
desfrutem do local. As hortas suspensas foram feitas com pallets recicláveis,
acessíveis para crianças, adultos, pessoas com deficiência física e idosos.
Ambiente 7 – Semeando
amor - Cintia Rua (engenheira agrônoma e paisagista), de Vinhedo.
O amor é a origem de
todas as coisas boas. O ambiente foi criado para homenagear esse sentimento
maior e reverenciar o amor de Deus, o amor pela família, o amor pelos filhos, o
amor pelo cônjuge - o amor em sua simplicidade e sua plenitude. Não é por acaso,
portanto, que todas as folhas utilizadas nesse espaço têm o formato de coração.
São cerca de 500 plantas reverenciando o amor, entre antúrios, corações
emanharados, caladium, peperonias rain, ciclames, cactos e kalanchoes. Antúrios
verdes e duas palmeiras Beaucarnea compõem o espaço. Tocheiro, luminárias de
cerâmica, frases de amor, almofadas e um confortável pufe complementam o
espaço, que busca estimular as pessoas a se aproximarem, a se protegerem
mutuamente e a conservarem esse sentimento. É também uma homenagem a todos os
entes queridos que se foram na pandemia, buscando evidenciar que o amor por
eles permanece. O ambiente oferece ainda post-its na forma de coração, é claro,
para que os visitantes deixem registradas suas mensagens de amor.
Ambiente 8 - Nature
Beauty - Fernanda Quelhas e Ines Scisci Maciel (arquitetas), de Campinas.
O ambiente é inspirado
em um estúdio de embelezamento feminino e, nele, serão apresentadas flores
“maquiadas”, como a denphalen, o antúrio, a echeveria, o aloe e a sansevieria.
O espaço reúne plantas que são maquiadas por mãos de mulheres, utilizando uma
técnica holandesa há alguns anos lançada no Brasil. Suas cores somam para
embelezar e dar brilho a casas e jardins. O projeto reverencia a origem da maquiagem,
que remonta ao ano 3.000 a.C., no Egito, onde nasceu com o intuito de refletir
a alma da pessoa através dos olhos. Desde então, espalhou-se por todo o mundo
como uma prática que eleva a autoestima da mulher, valorizando sua beleza
facial, fazendo-a se sentir linda e poderosa. Compõem, ainda, o espaço plantas
de várias espécies, como a minissamambaia havaiana, o Asplênio hurricane, a
begônia rain drop, o tostão pendente, a barba de Moisés, o raphis e a kalanchoe
branco. Foram escolhidas plantas nas cores amarelo, azul, laranja, branco e
rosados, com o intuito de deixar alegre o espaço. Esse ambiente retrata a
beleza das flores e plantas em combinação com peças de design, como a poltrona
Coração, de 1959, do designer Verner Panton, e o Spa de hidromassagem, de
tamanho ideal para pequenos espaços. Os kalanchoes brancos e as diferentes
espécies de plantas formam um desenho orgânico, lembrando as formas do corpo da
mulher. O sistema das paredes verdes do ambiente tem a proposta de “faça você
mesmo”, por ser de fácil instalação. Todo o fundo do espaço é pintado com tinta
ecologicamente correta, à base de água, na cor que representa o “blush”,
essencial na técnica da maquiagem. Também são utilizados jogos de mesas de
apoio ao material de maquiagem, diferentes propostas de vasos plásticos e
objetos decorativos de vidro colorido e palha. O painel de PVC também é de
fácil instalação e qualquer pessoa pode fazê-lo. O painel foi colocado na
parede dos espelhos de formatos orgânicos e pode ser instalado em áreas molhadas
para criar um ambiente de aconchego, valorizado por cachepôs suspensos e vasos
de seixos.
Ambiente 9 – Estar
Garden - Mauro Contesini (engenheiro agrônomo e paisagista), de Vinhedo.
A proposta desse
ambiente é levar as características de uma sala de estar para o jardim e, para
isso, utiliza mobiliário específico para área externa, porém com visual de
espaço interno. Uma novidade é a exploração da técnica de Muralismo, uma grande
tendência do momento. Nessa técnica, a pintura é feita diretamente na parede e,
para este ambiente, foi definida a temática de folhagens, a fim de representar
o paisagismo de forma conceitual, integrando-se à composição de contraste das
folhas e suas formas. O mobiliário convida para momentos prazerosos no jardim.
O sofá, assinado pelo designer Ibanez Razzera, tem estrutura interna de
alumínio; base e pés em madeira; tecido impermeável; assento, encosto e braço
fixos acompanhados de almofadas de encosto removíveis, atendendo a um estilo de
vida jovem e contemporâneo. A mesa de centro é aproveitamento de resíduo
florestal. A mesa lateral, criada pela designer Marta Manente, é produzida em
alumínio, madeira e concreto, materiais altamente resistentes a intempéries, e
as suas alças possibilitam que seja levada para outros ambientes. No jardim,
para compor com o fícus já existente, foram plantadas 11 espécies de folhagens
e forrações, todas perenes, de diferentes formatos e tons, predominando o verde
e o vinho. As plantas foram escolhidas a partir de características, como o
formato das folhas, o contraste de cores, a perenidade e a fácil adaptação ao
local. Begônias, lírios da paz, portulacas variegatas e o bálsamo arbustivo
compõem o projeto. Duas espreguiçadeiras, feitas de material impermeável e
alumínio e protegidas por ombrelones, convidam para o descanso, assim como um
balanço de corda náutica e alumínio, com almofadas de apoio. A decoração é
completada por peças únicas, entre elas esculturas em ferro, com formato de
árvore e vasos de alumínio. A sustentabilidade também está presente no piso
drenante, que permite a passagem da água da chuva para o solo com eficiência de
quase 100%. Além disso, foram utilizados tecidos ecológicos e todos os móveis
são de madeira certificada, o que garante a sua origem não predatória.
Ambiente 10 – Jardim
dos pássaros - Karina Taccola (arquiteta), de Holambra.
A natureza em sua
plenitude, com plantas, flores e pássaros em um mesmo ambiente, mesmo que
urbano, mostrando ao ser humano como ela é exuberante. Isso é o que propõe esse
espaço, cuidadosamente elaborado com vários canteiros nos quais foram plantadas
diferentes espécies de flores que, além de perfumarem e embelezarem o ambiente,
ainda atraem pássaros. Nele, o visitante conhece as variedades com essa
característica, podendo se inspirar para criar um ambiente similar no jardim de
sua casa ou até na varanda do apartamento, caso queira receber a visita diária
de beija-flores e de outros pássaros da fauna brasileira, dos mais comuns aos
mais valorizados. O espaço conta com um ambiente de estar, cercado de grandes
palmeiras e ornamentado com quadros retratando pássaros, e um ornamento em
forma de asas na parede. O deque suspenso, cercado de palmeiras, simula um
observatório de aves, inclusive com binóculos, aproximando o homem da natureza
e realçando a importância dessa convivência harmônica e a necessidade de
preservação do meio ambiente.
Ambiente 11 - Curas e
terapias pelas plantas - Cléia Thomazini (arquiteta, urbanista, paisagista
e decoradora) e Orpheu Thomazini (arquiteto e urbanista), ambos de Mogi Mirim.
As curas e terapias com
plantas são o tema desse ambiente, dividido em sete espaços que enfatizam a
importância dos jardins, das plantas e das flores para a vida saudável. A
história das farmácias de manipulação é enfocada no ambiente “Origem da
Aromaterapia”, que reúne móveis de antiquário e onde se destaca o trabalho do
artista plástico Anderson Kleber de pintura no muro. Em outro espaço, a mesa
posta com frutas, ervas e flores, posicionadas de acordo com o Feng Shui,
valoriza a integração e a harmonização familiar na hora da alimentação.
Destaca-se o trabalho de cestaria artesanal feito pela Coarte (Cooperativa de
Arte Tramas da Terra de Andradas) com aproveitamento de taboas. Há também um
local para descanso no jardim, onde se destacam samambaias no muro verde,
crótons abaixo do painel em gesso com pintura metalizada cobre e móbile de
borboletas feito com material biodegradável em impressora 3D, além de enorme
luminária em formato de borboleta. Os relacionamentos, o amor e a poesia
inspiram o quarto espaço, área de integração ornamentada com xaxins em formato
de coração, com flores. Na “Área dos Anjos” predomina a energia das flores
brancas lírios da paz, uma referência à crença dos anjos protetores do homem e
da natureza, sugerindo também a integração entre o céu e a terra. O sexto
espaço é o “Labirinto de Flores”, repleto de antúrios brancos, utilizado em
alguns locais para tratamentos terapêuticos do autismo. No centro, destaca-se
uma fonte construída em mármore branco, com iluminação interna, sobre a qual
foi instalada uma luminária redonda, dourada, simbolizando o Sol, a maior fonte
de energia para as plantas.
A intenção também é
mostrar a importância da água e do sol para a natureza. A “Árvore da Vida”,
sétimo espaço, busca simbolizar a origem da vida e a conexão do mundo físico
com o mundo
espiritual. Dessa árvore, pendem pequenos papéis-sementes com mensagens
sobre a vida, que serão distribuídos ao público, para que os visitantes plantem
em suas casas. A árvore pintada também é de autoria do artista plástico
Anderson Kleber. Cerca de 400 mudas de plantas foram utilizadas nesse ambiente
da mostra, com ênfase para as tonalidades de branco, de rosa e de cobre, e para
plantas imponentes e de fácil manutenção como samambaias de sol, fícus rubro,
crótons e lírios da paz. A entrada do ambiente ostenta dois vasos com
espadas-de-são-jorge, planta associada ao poder de neutralizar energias
negativas. A decoração inclui peças como um gato feito de cacos de espelho,
representando o animal que, acredita-se, ajuda na cura de algumas doenças como
a depressão e a ansiedade; mosaico feito com cacos cerâmicos, abordando temas
dos símbolos do Feng Shui, técnica que utiliza as forças energéticas para harmonização
dos ambientes (da artista plástica Marli Bombana, de Embu das Artes); cestas de
taboa, asas de anjo e móbile de anjinhos confeccionados à mão pela terapeuta
Nanci Valério.
Ambiente 12 - Armazém
Italiano - Cléia Thomazini (arquiteta, urbanista, paisagista e decoradora)
e Orpheu Thomazini (arquiteto e urbanista), ambos de Mogi Mirim.
Inspirado na origem da
cultura do café no interior de São Paulo, que contou com papel relevante dos
imigrantes italianos, esse ambiente faz homenagem a um deles, o Sr. Luiz
Guardia, dono de um dos primeiros armazéns de secos e molhados de Mogi Mirim
(cidade vizinha a Holambra). Três espaços compõem o ambiente. Um deles tem como
tema a plantação de café, com cinco pés da planta, originários de uma fazenda
de Andradas, no sul de Minas Gerais. O segundo faz menção ao armazém, todo de
madeira, com partes do piso original de uma fazenda do interior e peças do
antigo estabelecimento do Sr. Luiz Guardia, além de móveis de antiquário. O
caminho de pedriscos que leva até a casa tem canteiros com begônias. Ao lado da
porta da casa, a fachada é coberta por jiboias variegata e sunpatiens de tons
rosa. A ideia é representar uma típica moradia do interior da Itália, inclusive
com uma moto Lambretta, marca muita utilizada naquele país. Destacam-se nesse
espaço pinturas de efeitos especiais do artista plástico Anderson Kleber.
Cestas de taboa, reproduções de alimentos, quadros e retratos da família do
homenageado complementam a decoração. Cerca de 300 mudas de plantas foram utilizadas
no ambiente, entre elas as zinias coloridas e as begônias viking. O toque
colorido e rústico é garantido ainda pela utilização de taboas e xaxins de
folhas de palmeira.
Ambiente 13 – Renovação
- Cris Antonelli (arquiteta paisagista), Beto Natalicchio (engenheiro
civil) e Ricardo Natalicchio (arquiteto), todos de Salto, e
Anderson Marchi (paisagista e laguista), de Cosmópolis.
O trabalho é uma volta
às origens, inspirada no recolhimento imposto pela pandemia da covid-19,
valorizando o conceito de que o menos é mais; o simples, é melhor. O ambiente
tem área de lazer com piscina biológica, cercada de pedras, que abriga carpas e
peixes pequenos. Destaque para os jardins verticais. Um deles, de 26 m², traz
700 begônias beleaf. A elegantes begônias maculatas, com suas folhas verdes com
poás brancos e verso vermelho vivo, indicam o caminho “instagramável”. Conta-se
que o designer francês de calçados Christian Louboutin teria se inspirado nesta
planta para criar o seu icônico sapato com solado vermelho. Outro painel
natural ganhou a forma de moinho, em alusão à Holanda, com 550 echeverias
Color, além das lindas diplademias. Outra atração do ambiente é uma asa feita
de neon. A sustentabilidade é garantida pela utilização de EPS (Poliestireno
Expandido) 100% reciclável na composição dos jardins verticais, inclusive na
estrutura do moinho decorativo, bem como pelos móveis que decoram a área de
lazer, todos construídos com material de demolição. O uso de grande variedade
de cores e formas remete à diversidade e à aceitação das diferentes raças,
etnias e gêneros.
Ambiente 14 – Cantinho
da Serra - Iemiria Rezende (paisagista e engenheira agrônoma), de Palmas
(TO).
Ambiente criado para
quem deseja ter um cantinho próprio para refúgio e paz e, assim, se integrar ao
meio ambiente. Um lugar ideal para fugir da correria do dia a dia. Nele, o
verde das samambaias e dos buxinhos nos remete às curvas serranas e à ideia de
frescor e bem-estar. A choupala (árvore mastro) foi escolhida para lembrar os
ciprestes das grandes florestas de clima temperado. A parede de samambaias
americanas recorda a brincadeira "jogo da velha", reforçando o
conceito de um espaço reservado à descontração. O colorido é garantido pelo
lilás dos manacás da serra, planta originária da Mata Atlântica; e pelo
vermelho dos antúrios e demais variedades. Uma mistura de begônias, dracenas e
callas amarelas garante o contraste das cores. As bromélias imperiais e a
cascata das jiboias e singônios representam os veios de água que descem da
serra. Não poderia faltar uma parede rústica de madeira com os detalhes da
bougainville e a pata de elefante, abrigando um ambiente para meditação e
leitura. O balanço foi pensado para relaxar e para os momentos de convivência.
Ambiente 15 – Terra
- Allan Oliveira (designer de interiores), de Artur Nogueira – SP.
O ambiente Terra foi
inspirado em formas orgânicas, aquelas que representam coisas naturais, vivas,
com contorno irregular e caprichoso, sem o desenho pré-determinado e limitado
das formas geométricas. Todo o ambiente nasceu com a manipulação de elementos naturais
como barro, tijolo, palha, bambu e pinus. As paredes foram pintadas com tinta à
base de terra, e utilizadas em sua disposição formas inspiradas nas folhagens.
Os tons monocromáticos escolhidos para a cerâmica, para os tijolos e para os
móveis contrastam com o rubro e o verde vibrantes das plantas e folhagens. O
espaço utiliza plantas resilientes às condições climáticas, remetendo à força
interior que nos faz manter a cabeça erguida após tempos tão difíceis, como o
da pandemia. Foram criados fontes, jardim preservado, obras de arte e móveis
influenciados pelas formas da natureza. Para que os visitantes se integrem ao
ambiente, fotos são permitidas em um jardim com forração de casca de pinus, no
qual os espelhos garantem a perspectiva de que eles então integrados à
natureza. Materiais que seriam descartados foram transformados e reutilizados
em vasos, luminárias, aparadores e outros móveis que ornamentam o espaço, como
as luminárias suspensas, feitas de baldes plásticos recortados e recobertos com
palha, com lâmpadas de filamento. Cipós foram usados como centro de mesa,
decorado com vidros âmbares de remédio e capins desidratados. Bambus suspensos
funcionam como divisória entre a sala de jantar e o jardim relaxante, onde se
destacam uma banheira de imersão e as “paraquedas trepadeiras” para ambiente
interno, novidade entre as plantas ornamentais. Também chama a atenção um
painel feito de folhas de avenca desidratadas e pintadas, recomendado para
ambientes internos.
Ambiente 16 – Jardim
Árido - Carla Dadazio (arquiteta e paisagista), de Valinhos.
A profissional
elegantemente combinou as diferentes cores e texturas dos cactos, suculentas e
echeverias com as dos anigozanthos (pata de canguru) e das honeybells cuphea. A
opção foi pelas formas primárias, como retas e curvas, na formação dos
canteiros e nas paredes com a pintura setorizada, executada com tinta mineral,
ecológica, que permite a “respiração” das paredes, evitando mofo,
descascamentos e bolhas. Sem cheiro, essa tinta tem ótima cobertura, bom
rendimento e preço acessível e apresenta acabamento fosco, o que deixa o
ambiente mais sofisticado. A entrada do jardim é marcada por duas fontes,
criadas com a sobreposição de vasos de diferentes formatos. A sustentabilidade
também está presente no uso de pallets na construção dos bancos e da poltrona
criada a partir do pé de uma antiga máquina de costura. A decoração utiliza
vasos rústicos, com pintura em terra. Muitos elementos naturais são usados no
espaço, como o painel feito com papelão, esteira e barbantes. O espelho
decorado traz aros de macramê, bolinhas de madeira e barbante. O piso é de
porcelanato antiderrapante, que evita escorregões quando molhado. A concepção
do ambiente priorizou plantas de fácil cultivo e baixa manutenção, que além da
questão estética têm, ainda, função energética. Os cactos foram escolhidos por
serem “purificadores” de ambientes e a água que retêm simboliza nossas emoções
e sentimentos. Os espinhos são parte integral do sistema de defesa e garantem a
proteção contra visitas perigosas e indesejadas. Já as suculentas são
conhecidas como as “guardiãs da casa”, pois simbolizam proteção e segurança.
Essas plantas também purificam os ambientes ao armazenar água em seus caules,
de acordo com o Feng Shui. O colorido mescla os vários tons de verde e os
terrosos com o amarelo e o vermelho das flores da “pata de canguru” e da
exótica aveloz, que tem as pontas avermelhadas. Vários cantinhos do espaço são
“instagramáveis”.
Ambiente 17 – Café
Madalena - Allan Oliveira (designer de interiores), de Artur Nogueira -
SP.
O Café Madalena é a
recriação do estabelecimento instalado no final do ano passado em Artur
Nogueira, município vizinho de Holambra, pela avó do profissional. Aos 79
anos de idade, cheia de vitalidade, dona Madalena Pulz da Cunha Claro, que
ensinou o neto Allan a amar as flores e plantas, decidiu criar um lugar
prazeroso e alegre, com comidinhas caseiras e ambiente acolhedor, bem casa da
avó. Embora localizado no interior, o ambiente tem ares praianos e ganhou até a
arte da baleia que “nada” pelo espaço, criação de Ed Ilustrador. Pontaletes de
eucalipto foram utilizados no pergolado com esteira de taboa. Plantas pendem do
container/bar e caem em um lindo jardim com espelho d’água, cercado de cactos e
bromélias. São igualmente encantadores os manacás coloridos do canteiro que
cercam o banco de pinus em formato zigue-zague. É um lugar para descansar,
apreciar a natureza e desfrutar da gastronomia nas mesinhas bistrô de estrutura
metálica com tampo de compensado de pinus, com banquetas metálicas.
Ambiente 18 –
Descanso na praça - Karina Taccola (arquiteta), de Holambra.
Esse espaço é uma
extensão do Café Madalena e foi criado para proporcionar descanso aos visitantes.
Em meio a muitas plantas, eles podem relaxar nos móveis sustentáveis,
construídos de pallets, para digerir as informações e as ideias recebidas nos
ambientes da Mostra de Paisagismo e Decoração. Afinal, alguns passos mais
adiante, os visitantes ingressarão na Exposição de Arranjos Florais para,
novamente, encantar-se com a decoração feita com mais de 200 mil hastes de
flores e de plantas ornamentais.
Serviço
39ª Expoflora
Data: de 2 a 25 de setembro,
de sexta-feira a domingo, e nos dias 7 e 8 de setembro (quarta e quinta-feira,
aproveitando o feriado da Independência do Brasil)
Horário: das 9h às 19h
Local: Parque da Expoflora –
entrada pelo estacionamento em frete ao Moinho dos Povos
Ingressos: R$ 40,00
(meia-entrada) e R$ 80,00 (inteira)
Informações: no site
www.expoflora.com.br, pelo telefone (19) 3802-1499 ou pelo e-mail
centraldereservas@expoflora.com.br
Patrocinador: Coca-Cola FEMSA Brasil
por meio das marcas Coca-Cola Sem Açúcar, e das cervejas premium Estrella
Galicia e Teresópolis
Apoio: Ultragaz e Prefeitura da Estância Turística de Holambra
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