Real poderá se beneficiar da queda do dólar ante moedas emergentes e ligadas a commodities nesta segunda-feira
Nesta
semana os mercados direcionam os olhares para os índices de inflação ao
consumidor no Brasil (IPCA) e nos Estados Unidos (CPI), em cenário de ajustes
de apostas sobre a continuidade do aperto monetário nos dois países. A agenda
econômica da semana também conta com a divulgação da ata do Copom sobre a
última reunião de política monetária, a pesquisa de serviços, as vendas no
varejo e o CPI da China, além de uma série de balanços, entre eles o do Banco
do Brasil, Eletrobras e Braskem, e no dia de hoje, o do Itaú Unibanco.
No
Brasil o tom mais "dovish" do Copom, que sinalizou um possível fim no
ciclo de aperto monetário, chama ainda mais a atenção do mercado para a ata de
sua última reunião, a fim de alinhar as expectativas em relação à próxima
decisão de política monetária em setembro. Porém, possivelmente o IPCA terá
maior relevância para as apostas da próxima taxa Selic, uma vez que esta vindo
abaixo do esperado poderá dar maior confiança para o fim da alta na taxa básica
de juros. Na bolsa o Ibovespa poderá experimentar valorização em função do
possível aumento das exportações da China e da alta das bolsas internacionais,
ao passo que o real poderá se valorizar contra o dólar, uma vez que a moeda
americana perde força ante outras moedas emergentes e ligadas a
commodities.
No exterior os contratos futuros de petróleo voltam a negociar no negativo, repercutindo os dados da balança comercial da China. Em Nova York os índices futuros acionários operam no positivo, assim como as principais bolsas europeias, com investidores aguardando os dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA. O índice DXY, que relaciona o dólar com as seis principais divisas, também opera em alta. Na Ásia o sinal também é positivo, com as principais bolsas fechando no positivo.
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