Negócio de impacto que impulsiona empreendimentos sociais completa um ano com alunos de cinco países e planeja expansão
Com quatro programas de formação especializada,
a AGO Social gerou impacto em iniciativas de 120 municípios brasileiros; para
2023, pretende aumentar o número de alunos em mais de 500%
Da esquerda para a direta, Alexandre Barbosa,
Araceli Silveira e Alexandre Amorim
Divulgação
Apesar de primordial para qualquer
negócio que se proponha a gerar transformações sociais positivas, o propósito,
sozinho, pode não ser suficiente. Arcabouço técnico e construção de uma rede de
apoio devem ser metas de quem quer ver seu projeto sair do papel ou não se
perder no meio do caminho. Ao perceberem esse cenário,os empreendedores sociais
Alexandre Barbosa, Araceli Silveira e Alexandre Amorim decidiram unir suas
experiências no setor para fundar a AGO Social, um negócio baseado em programas
de formação especializada, conexões e capital para quem quer atuar ou já atua
no ecossistema de impacto positivo.
Em agosto de 2022, a iniciativa
completou seu primeiro ano em operação somando 350 alunos de cinco países:
Brasil, Angola, Canadá, Equador e Estados Unidos; 63% são
empreendedores(as) sociais e 37% são profissionais do Terceiro Setor, sendo
suas principais causas a educação, a geração de renda para mulheres e o meio
ambiente. O crescimento da empresa reflete um setor em ascensão. Segundo a
Aspen Network of Development Entrepreneurs, negócios de impacto movimentam
cerca de US$ 60 bilhões em nível global. Para a Pipe.Social, no 3º Mapa dos
Negócios de Impacto Social e Ambiental, a pandemia acelerou a área. Salvar as
pessoas e o planeta entrou definitivamente na ordem do dia do setor
empresarial.
Programas de formação
Uma das fórmulas para o resultado
expressivo da AGO é a aposta em metodologias próprias. Para desenvolvê-las, os
fundadores fizeram mais de 100 entrevistas com empreendedores sociais, cinco focus group (discussão em grupo)
e conversas com especialistas de todo país. Uma das constatações do estudo é o
de que a insegurança sobre como sair do estágio inicial é uma das principais
queixas de quem está à frente de empreendimentos sociais, seguida da falta de
conhecimento sobre como atrair investimentos.
Com base no aprofundamento, em apenas
doze meses a AGO Social desenvolveu quatro programas de formação. O carro-chefe
é o ‘Empreendedorismo Social na Real’, que busca preencher todas as lacunas que
empreendedores sociais encontram no caminho: inovação social, jornada
empreendedora, modelagem de negócios, tração e investimento de impacto, além de
envolvê-los em atividades práticas, estudos de caso e imersões em
comunidades.
Outros programas trazem conteúdos
focados em temáticas específicas, como é o caso do Liderança para o Impacto.
Todos os cursos são conduzidos por especialistas e empreendedores sociais
experientes, que já passaram pelas mesmas dificuldades e dúvidas enfrentadas
pelos participantes do curso. São mais de 50 facilitadores referências no
setor, como Lina Maria Useche (Aliança Empreendedora), Juliana Mitkiewicz (Lab
Cidades/Insper) e Gustavo Fuga (4YOU2).
Ex-aluno, o Arquiteto e urbanista Heitor
Arrais fundou o Palha Social, um negócio de Goiás que tem o propósito de
democratizar a arquitetura para pessoas em vulnerabilidade socioeconômica por
meio de ações voluntárias feitas em parceria com estudantes da área. Foi com o
crescimento do negócio que ele viu a necessidade de aprender mais sobre o
setor. Pesquisando, conheceu a AGO e se matriculou no programa
‘Empreendedorismo Social na Real’. “O curso nos dá as ferramentas não como uma
receita pronta, mas para colocá-las na realidade em que a gente vive. Ele é
extremamente prático, com professores competentes que têm histórico de produção
e resultado”, avalia. “Na AGO, os professores dão um caminho de como fazer a
coisa acontecer. Eu mergulhei nesse processo e, no final, acabei ganhando um
concurso de pitch que eles fizeram”.
Só no Brasil, já foram impulsionados
empreendimentos em mais de 120 municípios distribuídos em 20 estados. “Levamos
o empreendedorismo social para estados onde as pessoas nunca tinham ouvido
falar sobre isso”, orgulha-se o cofundador Alexandre Amorim, eleito pela Meaningful
Business, em 2021, uma das 100 lideranças globais que se destacam pela atuação
em negócios que geram lucro ao mesmo tempo em que buscam resolver problemas da
sociedade e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
“Chegar a um ano de atuação com os
resultados que acumulamos, é motivo de bastante satisfação para a nossa equipe.
Tive a oportunidade de trazer experiências e vivências de diversas partes do
Brasil e no mundo em meu caminhar profissional até aqui, e sempre nos
preocupamos com a intenção de oferecer a nossos mentorados o máximo de
excelência que formos capazes de fornecer”, comemora Amorim.
O crescimento da empresa também reflete
o momento do setor dos negócios de impacto, que tem movimentado cerca de
US$ 60 bilhões em nível global e registrado aumento aproximado de 7% ao ano. Os
dados são de um levantamento recente promovido pela Ande Brasil (Aspen Network of Development
Entrepreneurs), uma rede de empreendedores de países em
desenvolvimento. Segundo o 3º Mapa dos Negócios de Impacto Social e
Ambiental, publicado pela Pipe Social, a pandemia acelerou a área. Salvar as
pessoas e o planeta entrou definitivamente na ordem do dia do setor
empresarial.
Empreendedorismo feminino
Do Rio Grande do Sul, a empreendedora
social Elisangela Rodrigues fez parte da primeira turma de formação criada pela
AGO. Sócia-fundadora do ‘Eu, Nós, Elas’, Elisangela conecta mulheres ao mercado
de trabalho na área de reformas gerais e manutenção na construção civil. Ao
estudar com a AGO, viu a profissionalização do negócio aumentar. “Fiquei
encantada com as ferramentas ofertadas pela AGO, pela rede de contatos que nos
abre, pela conexão com os mentores e pela qualidade da jornada em impacto
social que nos ofereceram. Sou uma grande admiradora do que a AGO é capaz de
fazer pelos negócios sociais”, comenta.
Elisangela faz parte de um grupo
majoritário na AGO: as mulheres formam 67% das pessoas que fazem os cursos de
formação. Também da primeira turma, Melissa Senne começou o curso sem um modelo
claro sobre seu empreendimento. As provocações feitas pelos professores
despertaram nela a vontade de dar um passo para trás para se reestruturar.
“Nisso, eu consegui ir internalizando e entendendo melhor o meu negócio”,
relembra. “A AGO conseguiu me dar o significado sobre o que eu faço”,
complementa Melissa, que é fundadora do Vitrine Solidária, um marketplace
exclusivo e gratuito para pequenos negócios. Aqueles que se interessam, ajudam
a financiar o trabalho de marketing digital oferecido gratuitamente para ONGs.
Planos de expansão
Depois das conquistas do primeiro ano de
atuação, o trio de empreendedores sociais da AGO almeja ir além. “Queremos
agora fechar nosso alcance aos 26 estados do Brasil e ao Distrito Federal,
somar ainda mais cidades abrangidas, aumentar nosso portfólio de programas
ofertados e, no próximo ano, chegar a até dois mil alunos impactados”, detalha
Amorim.
Sobre a AGO Social
Criada pelos empreendedores sociais Alexandre Barbosa, Araceli Silveira e Alexandre Amorim, a AGO Social é um negócio que tem a missão de construir uma sociedade de impacto social, por meio de conhecimento, capital e conexões. Oferece formação profissional para quem atua ou quer atuar com impacto social e faz investimento em negócios sociais que estão no estágio inicial, além de fornecer mentorias e acompanhamento. Mais informações em www.agosocial.com.br.
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