Quem está por trás da automação?
*Por Eduardo Camargo, CMO da Guiando
Por muito tempo, a
ideia de lucro a qualquer custo predominou nas organizações. Tudo isso era
impulsionado por gestores que acreditavam que a maior missão dos negócios era
alcançar uma ótima performance econômica — mesmo que colaboradores e
consumidores, por exemplo, fossem usados como um meio.
Esse pensamento tem
sido substituído por um modelo de gestão mais consciente, que coloca as pessoas
em primeiro lugar. Literaturas recentes também chamam esse movimento de H2H (human
to human) ou People first, sinalizando que relações empresariais são entre
humanos, mesmo quando se trata de automações e inteligências artificiais.
O fato é que por trás
de toda inteligência, toda automação de processo e toda interface digital existem
profissionais especializados em criar soluções que sejam vistas pela inovação e
não pelo criador.
Tudo isso só pode ser
viabilizado pelo crescimento do setor de tecnologia. E quando a inovação
cresce, a tendência é a geração de empregos. E são esses profissionais
"invisíveis" que têm a função de mudar positivamente o padrão de
comportamento da sociedade, facilitando todas as interações com as
máquinas.
São eles:
- Pessoas
especialistas em gerenciamento de projetos;
- Pessoas
especialistas em infraestrutura expansivas em nuvem até intranets
organizacionais (redes de informática);
- Pessoas
especialistas em computação em nuvem;
- Pessoas
especialistas em Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Big Data e
HPC (High Performance Computing);
- Pessoas
especialistas em qualidade de software (profissionais devem ter
conhecimento sobre ferramentas de automação e linguagens de programação,
além de graduação na área de tecnologia);
- Analistas
de Dados/Inteligência de negócios;
- Pessoas
com foco em usabilidade (UX) e Marketing;
- Gestor
de processos e qualidade, entre outros.
A automação para ser
imperceptível precisa levar em consideração traços sociais, culturais e
geográficos que moldam as tecnologias em nível local. E essa percepção só é
possível pelo fator humano.
Um pesquisador de
comunicação na Nova Zelândia, Luke Munn, publicou recentemente um livro
abordando essas questões, intitulado: “Automation is a Myth” (Automação é um
mito). Ele afirma que existe o "mito de que as máquinas vão assumir a
produção e suplantar os humanos". Quando conhecemos a fundo projetos de
inovação, eles revelam o imenso trabalho humano por trás dos processos
autônomos. Neste ponto, faz sentido que a automação - sem levar em consideração
o fator humano - sim, é um mito.
*Eduardo
Camargo é Engenheiro da Computação e CMO da Guiando
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