Simpósio Internacional Oncoclínicas e Dana-Farber debate desafios na equidade e foco na inovação no tratamento de câncer no Brasil
Pesquisas inéditas, inovação e as consequências
geradas pela pandemia da Covid-19 no segmento oncológico também serão
discutidos; Evento reunirá mais de 1 mil especialistas presencialmente em
Salvador (Bahia) entre os dias 22 e 24 deste mês e terá também transmissão
virtual
Casos de câncer devem aumentar de forma
significativa nos países em desenvolvimento até 2040, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS). O crescimento de até 80% em diagnósticos representa um
desafio a mais nessas nações, cujos limites econômicos são uma realidade: o
acesso não só aos tratamentos adequados de forma ampla e democrática para a
população, mas também de novas tecnologias. Para discutir e propor caminhos
para lidar com os desafios trazidos por esse cenário no Brasil e outros
assuntos, como o impacto da pandemia, o Grupo Oncoclínicas, em parceria com
Dana-Farber Cancer Institute, realizará entre os dias 22 e 24 de setembro, a
10ª edição do seu Simpósio Internacional.
O evento reunirá mais de 250
palestrantes nacionais e internacionais no Centro de Convenções de Salvador,
além de uma audiência esperada de 1 mil especialistas de forma presencial, e
ainda contará com transmissão ao vivo durante toda a programação. Serão ao todo
16 módulos que debaterão formas de garantir acesso à população brasileira
em geral aos últimos avanços da medicina nas frentes de desenvolvimento de
pesquisa clínica, processos diagnósticos, medicina de precisão e tratamentos no
enfrentamento do câncer. Dividido em painéis que abordam também os tipos de tumores
mais incidentes, haverá salas temáticas sobre ginecologia, pulmão, mama,
urologia, hematologia, gastrointestinal, medicina de precisão, sarcoma, pele,
cabeça e pescoço, sistema nervoso central, multidisciplinar, cuidados
paliativos, neuroendócrinos, oncohemato-pediatria e radioterapia.
“O olhar para a pluralidade é o grande
desafio da oncologia. O acesso de todos aos medicamentos e tratamentos mais
inovadores precisa passar também pela equidade no acesso a esse arsenal
de combate à doença por pacientes oriundos de diferentes realidades
sócio-econômicas. É preciso também atentar para as diferenças populacionais de
etnia e especificidades de cada região. De fato, há muito sendo desenvolvido e
essas alternativas são altamente eficazes, mas é necessário ampliar essa visão
para que possamos efetivamente falar sobre medicina personalizada de forma
democrática para toda a população mundial”, comenta o oncologista Carlos Gil
Ferreira, Diretor Médico do Grupo Oncoclínicas e Presidente do Instituto
Oncoclínicas.
Hoje, o câncer já é a segunda maior
causa de morte no mundo, exercendo pressão física, emocional e financeira sobre
pacientes, famílias, comunidades e sistemas de saúde. 30% a 50% das neoplasias
poderiam ser evitadas por meio da adoção de melhores hábitos de saúde, como não
fumar, e medidas de saúde pública, por meio da vacinação contra doenças
infecciosas causadoras de câncer, como é o caso do Papilomavírus Humano (HPV),
que corresponde a 70% dos casos de tumores do colo do útero e está ligado
ao aumento no risco de incidência de outros cinco tipos de câncer.
“Em países onde os sistemas de saúde são
fortes, as taxas de sobrevivência de muitos tipos de câncer estão melhorando
graças à disseminação de informações para conscientização sobre prevenção de
causas evitáveis do câncer, à detecção precoce acessível, tratamento de
qualidade e cuidados médicos de sobrevivência. O câncer não é uma sentença de
morte, é essencial esclarecermos os tabus sobre a doença, suas causas e
condutas terapêuticas”, comenta o médico.
Nesse sentido, é fundamental garantir
que a população tenha acesso ao diagnóstico e tratamento dos mais variados
tipos da doença. Segundo dados de 2020 do Instituto Nacional do Câncer (INCA),
os tumores malignos mais comuns em homens são próstata (29%), cólon e reto
(9,1%) e pulmão, (7,9%), enquanto em mulheres são câncer de mama (29,7%), cólon
e reto (9,2%) e colo do útero (7,5%).
Pandemia
Em 2020, a OMS acendeu um alerta
vermelho para o câncer em função do avanço da pandemia do novo coronavírus. Por
conta dela, foi registrada uma redução global nos índices de diagnóstico e
tratamento das neoplasias em todos os países do mundo. Cerca de 50% dos
serviços públicos de tratamento de câncer foram parcial ou totalmente
interrompidos durante o ápice da pandemia. Isso também gerou reflexos no
Brasil, onde estima-se que mais de 70 mil pessoas deixaram de ser
diagnosticadas por não fazerem exames no período crítico que antecedeu a fase
de vacinação contra a covid-19, segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica
(SBPC).
Uma realidade que pode ter
desdobramentos ainda mais severos diante dos ainda desconhecidos reflexos da
crise de saúde vivida desde 2020. Até aqui, foi observada uma redução global
nos índices de diagnóstico e tratamento de câncer em todos os países do mundo –
e o Brasil não foi exceção.
“A covid-19 trouxe desafios importantes
para a medicina como um todo. No caso da oncologia, temos não apenas reflexos
negativos nas rotinas de acompanhamento de pacientes oncológicos como também no
‘apagão’ de diagnósticos para descoberta de tumores malignos ainda em estágio
precoce. Esses aspectos se somam ainda aos inúmeros desafios que já enfrentamos
na rotina da prática clínica e que envolvem temas como o acesso rápido e
irrestrito a testes genéticos e a terapias celulares, importantes avanços que,
de fato, pavimentam o caminho para uma nova Era no enfrentamento ao câncer”,
comenta Carlos Gil.
O Simpósio trará também estudos
nacionais que mostram como os atrasos em diagnósticos gerados pela pandemia
afetaram o combate à doença. Entre eles, uma análise liderada por médicos da
Oncoclínicas que apontou o impacto da pandemia do covid-19 no diagnóstico de
tumores de mama, os mais incidentes entre a população mundial. “A pesquisa, que
analisou dados de cerca de 11 mil pacientes, mostrou um aumento do diagnóstico
e tumores de mama em estágio avançado, após o início da pandemia, quando
comparado com os anos anteriores”, pontua o presidente do Instituto
Oncoclínicas.
Das heranças da pandemia, há também
legados que mudaram a forma como médicos e pacientes se comunicam, caso da
adoção ampla e regularizada da telemedicina. Um dos painéis ampliará o debate
com os resultados de uma análise baseada em entrevistas com representantes de
pacientes, lançando luz também sobre a visão desses familiares e amigos que
fazem parte do ecossistema de cuidado oncológico sobre o tema, tão essencial
para a evolução no suporte aos pacientes com uso da tecnologia na jornada de
tratamento do câncer.
Pesquisas e estudos da Oncoclínicas
apontam inovações
Há ainda boas notícias em tratamentos e
diagnósticos precoces que podem ajudar a desacelerar o avanço da doença.
Estudos inéditos e inovações desenvolvidos pelos pesquisadores do Grupo
Oncoclínicas também serão divulgados ao longo da programação do Simpósio. Um
deles é o Algenis,
que foi selecionado para ser apresentado também na ESMO, o principal congresso
europeu de câncer, e é voltado para pacientes que sofrem com a neuropatia
periférica, uma das possíveis consequências do tratamento quimioterápico.
“A expectativa é que a gente divulgue
esse e outros estudos que visam investigar e atender melhor os nossos
pacientes e também divulgar um pouco das ferramentas e serviços que o
nosso programa de pesquisa pode oferecer, não só para médicos mas também para
desenvolver, capacitar e educar em pesquisa clínica diversos setores
multidisciplinares", afirma Carlos Gil.
Equidade x Desigualdade
Painéis que tratarão do abismo na forma
como o tratamento oncológico é feito e acessado por grupos minorizados, disparidades
raciais e de gênero e a atenção à promoção de linhas de cuidado voltadas para a
população LGBTQIAPN+ são alguns dos temas que serão abordados pelos
especialistas destro programação da sala Multidisciplinar do Simpósio.
"Embora a gente veja constantes
avanços em inovação, tratamento e pesquisas na oncologia, nós sabemos também
que muitos grupos populacionais não têm acesso a esses tratamentos, o que
aprofunda a desigualdade. Focar em como podemos melhorar essa situação e
abordar a diversidade de aspectos que vão além do diagnóstico e dados
estatísticos de incidência, com olhar de lupa para as diversas questões que
também geram impactos no controle da doença e na qualidade de vida da pessoa
com câncer, é fundamental", explica Carlos Gil.
Prêmio Marcos Moraes
Durante o evento, acontece também o
anúncio dos vencedores da segunda edição do Prêmio Marcos Moraes, destinado a
pessoas ou instituições científicas, hospitalares ou do Terceiro Setor que
desenvolvem ações de prevenção do câncer, promoção da saúde ou para a melhoria
da experiência do paciente e do cuidado integral em Oncologia. Serão
contemplados com o reconhecimento, uma iniciativa da Fundação do Câncer que
conta com o apoio do Instituto Oncoclínicas, trabalhos e projetos em três
categorias: Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer, Cuidados Paliativos e
Iniciativas para o Controle do Câncer.
Serviço:
10º Simpósio Internacional Oncoclínicas
e Dana Farber-Institute (evento híbrido)
Quando: 22 a 24 de Setembro de 2022
Local: Centro de Convenções Salvador -
Av. Octávio Mangabeira, 5.490 | Boca do Rio (Salvador, Bahia)
Participação virtual: o evento contará
com transmissão ao vivo de toda programação
Informações e inscrições: https://www.simposiooc.com.br
Sobre a Oncoclínica
Fundada em 2010, a Oncoclínicas (ONCO3)
é o maior provedor de tratamento oncológico do Brasil e da América Latina. O
grupo conta com 129 unidades, entre clínicas de especialidades, diagnóstico e
prevenção do câncer, centros ambulatoriais de tratamento infusional e
radioterapia, laboratórios de genômica, anatomia patológica e centros de alta
complexidade (cancer centers), estrategicamente localizados em 35 cidades
brasileiras. Desde sua fundação, a Oncoclínicas tem passado por um rápido
processo de expansão, com o propósito de elevar e democratizar o acesso ao
melhor tratamento oncológico
O corpo clínico da Companhia é composto
por mais de 1.900 médicos especialistas com ênfase em oncologia, além das equipes
multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pela linha de cuidado
integral no combate ao câncer. A Oncoclínicas tem parceria exclusiva no Brasil
como o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa
e tratamento do câncer no mundo, afiliado à Harvard Medical School, em Boston,
EUA
Paa obter mais informações, clique aqui para acessar o site.
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