Leitura: uma conexão entre pais e filhos
*Liliane Mesquita
Imagine...
Era uma vez... O que vem a sua mente, ao ler essas frases? Parece que elas são
mágicas e preparam o nosso cérebro para se abrir para um mundo cheio de
possibilidades. Se isso aconteceu contigo, é porque alguém o fez sonhar, viajar
e mergulhar no fantástico mundo da leitura. Se elas exercem um poder
imaginativo em ti, é inegável o impacto positivo que a leitura traz para uma
criança. Você é a prova viva disso!
Por isso, eu te pergunto, caro leitor:
quem marcou a sua história por meio das histórias? Parece uma pergunta
redundante, mas não é. Então, me diga: quem é essa figura que construiu contigo
memórias afetivas, sensações, cheiros, paisagens e sentimentos? Sim, a leitura
possibilita também a construção de memórias, nos leva a lugares “nunca antes
navegados” e nos ajuda a encontrar respostas para aquilo que não cala no
coração. Quem alimentou de sonhos, criatividade e viajou sem sair do lugar com
a criança que ainda está aí viva (talvez, um pouco espremida) dentro de você?
Pensou?
Agora, pergunto-lhe: quem é essa figura
para o seu filho? Você é o protagonista, o coadjuvante ou não é um personagem
dessa história no mundo dele? Saiba que, antes do espaço escolar, é no seio
familiar que se deve iniciar o contato com a literatura, que pode ocorrer desde
o ventre materno.
Como diz a frase, de autor desconhecido,
“a palavra convence, o exemplo arrasta”. Sendo assim, quando você lê para uma
criança, principalmente nos anos iniciais, além de estreitar laços com ela,
tranquilizá-la e estimular seu desenvolvimento em diferentes aspectos, tais
como: cognitivo, linguístico, criativo... tem com ela um momento especial e
potente na construção de um referencial leitor afetivo.
Qual referencial quer deixar para ele ou
ela? Saiba que navegar pela literatura com seu filho não só o ajudará na
escola, mas na vida! O hábito de leitura expande seus horizontes e amplia o seu
olhar de como se vê e sente o mundo. As palavras tem um poder mágico, sabia? Nos
torna mais humanos, empáticos, solidários, respeitosos, dispostos a ouvir,
auxilia a lidar com suas emoções, desperta o sentimento de pertencimento, traz
segurança, autoconhecimento e autoconfiança.
Um texto com mais perguntas do que
respostas, não poderia terminar se não provocando uma pergunta final: quais
memórias afetivas e leitoras você tem construído com seu filho? Pense nisso,
chame-o, dê-lhe um afago, pegue um livro, revisite a sua criança interior e
construa hoje com seu filho uma linda história. Cative sempre boas leituras!
Divulgação/ Liliane Mesquita |
*Liliane Mesquita é pedagoga,
psicopedagoga, orientadora educacional, dinamizadora de leitura e escritora de
livros infantis – autora de “O
desaparecimento do Senhor Abraço”, “Onde é o lugar de Dandara?”, “Qual é a sua forma?” e “Poesia no
futebol”.
Divulgação/ Liliane Mesquita |
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