Bloqueio em rodovias pode gerar risco para cadeia de suprimentos do País
Paralisação poderá afetar a cadeia de
distribuição nacional causando transtornos, limitações e aumento do risco
logístico
São Paulo, novembro de 2022 — Após o resultado das eleições no
último domingo, 30, manifestações de apoiadores do atual governo se espalharam
por 23 estados, inclusive no Distrito Federal (DF), totalizando, até o momento,
324 pontos de paralisação em todo o País, de acordo com informações da Polícia
Rodoviária Federal (PRF).
Apesar da determinação do Superior
Tribunal Federal (STF) para liberação das vias, os manifestantes permanecem
bloqueando as rodovias, enquanto a PRF monitora o movimento. Em cidades como
São Paulo, por exemplo, em função da obstrução das vias de acesso ao Aeroporto
Internacional de Guarulhos, 25 voos já foram cancelados.
Não há dúvidas de que essas paralisações
podem afetar a cadeia de distribuição nacional, além de gerar transtorno à
população e causar limitações no abastecimento de insumos, assim como o aumento
de riscos logísticos e prejuízos aos transportes rodoviários.
Sem previsão de solução, tais bloqueios
devem sensibilizar diversos setores da economia, principalmente, os de
transporte e logística. Isso sem falar nos insumos hospitalares e nas
mercadorias perecíveis que estão sendo transportadas e que podem estragar,
afetando o abastecimento do comércio varejista.
Como reduzir riscos
Neste cenário, corretores e seguradoras
estão sendo acionados para auxiliar seus clientes a gerenciarem possíveis
perdas causadas por essa crise de abastecimento, e, para contribuírem na
elaboração de planos de contingência de redução de danos.
Segundo Marco Darhouni, diretor de transportes e
aviação da Lockton, maior corretora e consultoria
independente de seguros privados do mundo, indiferente da cobertura securitária
contratada, as mercadorias estão sujeitas a riscos que não são indenizáveis
pelo seguro, tais como: atraso na entrega dos produtos ou mesmo a exposição da
marca e a manipulação dos produtos de forma inapropriada.
“Daí a importância de definir, em comum
acordo, entre as áreas de Logística e Gerenciadora de Risco um plano de ação
que visa evitar as regiões de bloqueio de tráfego”, explica o Darhouni, que
elencou uma lista de estratégias para ajudar as empresas a atenuarem os riscos
causados por essa paralisação. Confira:
- Programe as entregas
Defina um horário de saída dos veículos
de carga e crie um roteiro de embarque estabelecendo horários e rotas para
tráfego diurno, prevendo o desvio de regiões bloqueadas pelo movimento.
- Oriente a equipe de transporte
Na impossibilidade de evitar a região
controlada pelo eventual movimento, instrua seu time de transporte a buscar,
quando possível, locais seguros (pátio de transportadores e postos homologados)
para paradas e/ou pernoites. Peça que aguarde até que a situação se normalize e
permita a continuidade segura da viagem.
- Escolha veículos rastreáveis
Antes da saída para viagem, além dos
itens de segurança do caminhão, devem ser checados os sensores, atuadores e
outros dispositivos que auxiliam o gerenciamento de risco. Dê preferência para
veículos que possuam rastreamento por GPS. “Esses itens serão importantes caso
o veículo tenha problemas na tecnologia principal por conta dos protestos”,
revela o profissional.
- Formalize o Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR)
Repasse as informações da viagem junto
ao motorista, enfatizando a necessidade de cumprimento do PGR, inclusive, se
necessário, faça com que ele ou seu responsável assine o plano de embarque com
todas as regras e diretrizes do transporte. “Esse cuidado poderá fazer a
diferença para proteger a mercadoria e o seu prazo de entrega”, diz Mauro.
“Por fim, caso tenha que lidar com algum
risco, não hesite em procurar o seu corretor de seguros”, conclui Darhouni.
Sobre a Lockton
A Lockton é a maior corretora de seguros
independente do mundo. Em 2021, a companhia registrou receita recorde de
US$2,69 bilhões, um crescimento de 27% em comparação ao ano anterior,
conquistando a taxa de crescimento orgânico mais rápida do mercado de
corretoras. Presente em 125 países, foi fundada por Jack Lockton em Kansas
City, Missouri, EUA, em 1966. Chegou ao Brasil em 1994 e possui escritórios em
São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba e Belo Horizonte.
Atualmente, oferece de maneira global soluções de riscos, benefícios e seguros por meio de seus 9 mil colaboradores e administra uma carteira de mais de 65 mil clientes. Premiada pela revista Insurance Business como Melhor Empresa para Trabalhar em Seguros por 13 anos consecutivos, em 2022, a Lockton foi nomeada entre as Empresas com Melhor Gestão pela Deloitte e pelo Wall Street Journal. Recentemente, a Forbes reconheceu a instituição como Melhor Empregador da América, nas categorias Grandes Empresas e Diversidade.
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