Catalyst 2030 Brasil lança fundo no valor de R$ 200 mil para financiar iniciativas colaborativas focadas em água potável
Parte do projeto global que visa acelerar a
implementação das metas associadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), o movimento Catalyst 2030
Brasil anuncia a criação de um fundo destinado a financiar iniciativas
associadas ao ODS #6, que preconiza a garantia de disponibilidade e gestão
sustentável de água potável e saneamento para todos. O Desafio Fundo
Catalisador 2030 é a primeira ação tática do movimento no país, cuja proposta é
financiar e trabalhar com ações colaborativas no cenário nacional.
O fundo – que mobilizou, inicialmente, R$ 200 mil – tem o
formato de desafio e é voltado para organizações-membro ou organizações que
possuem indicação de uma instituição membro do Catalyst 2030.
São Paulo | Desenvolver uma ação colaborativa entre
organizações geridas por empreendedores e focadas em promover acesso à água a
pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica é o desafio proposto por
um fundo criado pelo Catalyst
2030 Brasil, que tem lançamento previsto para esta quinta-feira
(10/11). A coalizão nacional – parte do movimento global com mais de 400
organizações que impactam diretamente dois bilhões de pessoas no mundo –
anuncia a criação de um mecanismo de investimento em iniciativas associadas ao
ODS #6, que preconiza a garantia de disponibilidade e gestão sustentável de
água potável para todos. O patrocinador principal do Desafio Fundo Catalisador 2030
é a Ambev AMA, que mobilizou R$ 200 mil para as ações selecionadas; há
possibilidade de incremento do valor a depender das demandas apresentadas pelos
projetos selecionados.
Ação coletiva global focada em acelerar
a implementação das metas associadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), o movimento busca criar o
ambiente e as condições propícias para consolidar a Agenda 2030 no país.
Segundo Raphael Mayer, chairman
do Catalyst 2030 Brasil e cofundador da Simbiose Social, o fundo é uma
iniciativa coletiva de um grupo de trabalho liderado por pessoas físicas
voluntárias – Monica Pasqualin, Zaya Namjildorj, Paula Fabiani e Luiza Serpa –e
instituições como PLKC (apoio jurídico), Instituto Phi (responsável por incubar
o fundo e fazer a gestão financeira) e Simbiose Social, que se ocupará da
auditoria e avaliação de risco das iniciativas que vão aplicar para o fundo. A social tech disponibilizará
a plataforma proprietária para monitorar e mensurar o impacto das ações
investidas pelo projeto como um todo.
Mayer aponta que uma das principais
inovações do fundo – que o diferencia de outras iniciativas do mercado – reside
no fato de não ser focado no investimento em uma única organização. “Inspirado
na própria essência do Catalyst
2030, o fundo tem por foco a colaboração, ou seja, visa mostrar que
as ações colaborativas têm uma potência maior no mercado. O objetivo é fomentar
e potencializar iniciativas que tenham duas ou mais organizações envolvidas na
prática”, afirma. Dentro da estruturação do fundo está prevista a criação de
uma governança formada por um comitê de notável conhecimento no tema
saneamento, responsável por compor a banca examinadora dos proponentes. Entre
os avaliadores, Renata Ruggiero Moraes, diretora-presidente do Instituto Iguá;
e Guilherme Neves Castagna, sócio-fundador da Fluxus Design Ecológico e
Instituto Nova Água.
As demandas de água potável e saneamento
no Brasil, de acordo com Raphael Mayer, envolvem um capital intensivo para
financiar projetos sistêmicos e estruturantes que resolvam a temática. “Sabemos
da complexidade da temática no Brasil; o fundo ainda é pequeno, mas tem
potencial de atrair mais investimentos. Hoje, seu principal objetivo é
estimular ações e servir de modelo para projetos de impacto colaborativo”,
salienta Mayer, acrescentando que os organizadores do fundo esperam que esse
seja um marco de investimento social com o olhar de integração. “Problemas
complexos exigem ações sistêmicas; quando falamos dos ODS, o foco em
colaboração é a chave-mestra para destravar inovações. Esse fundo tem o papel
de representar e ser um case
positivo de transformação a partir da colaboração no mercado”, finaliza.
As organizações que trabalham com o ODS
#6 podem inscrever seus projetos no site: https://bit.ly/fundocatalisador2030.
SOBRE CATALYST 2030 | Movimento global de empreendedores sociais e inovadores sociais de diferentes setores, que compartilham o objetivo de criar abordagens inovadoras e centradas nas pessoas para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. Unindo forças com comunidades, governos, empresas e outras organizações, o Catalyst 2030 foi lançado em 2020, no Fórum Econômico Mundial, inicialmente pela Ashoka, Schwab Foundation, Skoll Foundation e Echoing Green. Hoje, o movimento reúne, no âmbito global, mais de 500 empreendedores sociais em 195 países, impactando 1 bilhão de vidas e gerenciando US$ 2 bilhões em fundos alinhados aos ODS. Mais informações: https://catalyst2030.net/.
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