Consórcio bate recorde de 9,12 milhões de participantes em 2022
De janeiro a setembro, foram negociadas 2,95 milhões de novas cotas, crescimento de 14,1% em relação a 2021
Nos últimos anos, as altas taxas de juros influenciaram diretamente no crescimento do consórcio, devido ao encarecimento dos empréstimos bancários, gerando uma procura por novas opções de planejamento financeiro. De acordo com dados da Associação Brasileira de Administradora de Consórcios (Abac), de janeiro a setembro de 2022 foram negociadas 2,95 milhões de novas cotas, crescimento de 14,1% em relação ao ano anterior.
Segundo o especialista Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios, uma das maiores administradoras consorciais do país, “o crescimento significativo da demanda por consórcios deve-se à imprevisibilidade da taxa de juros, prejudicando a aquisição de bens de valor pelo financiamento, fazendo do consórcio uma opção viável à longo prazo para a aquisição desses bens. Além disso, o aumento da demanda também se dá graças à necessidade de planejamento financeiro que está se impondo à população devido à situação financeira atual”.
O número de participantes ativos no consórcio obteve crescimento de 9% durante o ano, alcançando recorde de 9,12 milhões. Entre os principais segmentos da modalidade no período, estão o setor imobiliário e automobilístico. Com participação de 56%, o consórcio de veículos obteve aumento de vendas em 15%, atingindo 93,2 bilhões de reais, enquanto o setor imobiliário com 43,4% de movimentação, conseguindo avanço de 20,5% e totalizando 83,3 bilhões de reais.
Durante um ano de sucesso e ampliação, as empresas de consórcio movimentaram cerca de 191,9 bilhões de reais em volume de crédito comercializado, aumento de 17,2% em comparação ao ano anterior, tendo como principal motivo a alta da taxa de juros de 2% para 13,75% neste último ano.
“A aquisição de uma carta de crédito no momento pode ser especialmente vantajosa se observamos o aumento do preço dos produtos nacionais. É uma forma de pagar por um carro, imóvel ou um serviço sem passar pelos juros cada vez maiores do financiamento e, ainda, uma oportunidade de ter a cota contemplada quando os efeitos da crise não forem mais tão notáveis”, finaliza Lamounier.
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