Inovação verde
Escrito por Carlos Rodolfo Schneider -
empresário
O conceito da sustentabilidade e a sigla
ESG tem dominado grande parte da pauta de encontros empresariais, seminários e
congressos de negócios. O discurso garante não ser apenas mais um modismo, como
tantos outros no passado, e sim um conceito que teria vindo para ficar, até
porque não teríamos escolha, se quisermos salvar o planeta. Além disso, as
gerações Y e Z estão mais atentas ao assunto e cobrando maior responsabilidade
ambiental, social e de governança das empresas. O mercado financeiro e as
certificadoras também observam esse novo momento para oferecer vantagens e
reconhecer as companhias que demonstrarem maior comprometimento com a
sustentabilidade.
Nessa pauta, um dos principais desafios
é desenvolver tecnologias que sejam sustentáveis, tanto economicamente viáveis
quanto atraentes para o mercado. Hitendra Patel, diretora do IXL Center
da Hult International Business School, e que no Brasil é parceiro da Revista
Amanhã em um ranking de inovação, criou o termo “greenovations” para essas
soluções, e destaca a necessidade da viabilidade financeira para o assunto
ganhar relevância entre as empresas. Boas ideias e tecnologias não são
suficientes para criar produtos e serviços ambientalmente sustentáveis. É
preciso torná-los lucrativos e atrativos, criando um círculo virtuoso.
As empresas precisam transformar essa pauta em cultura para que ela permeie os novos modelos de negócios. Os setores público e privado devem trabalhar juntos para evitar excessos na legislação, buscar eficiência nos licenciamentos, equilíbrio e ponderação nas fiscalizações e oferecer estímulos à inovabilidade. É a melhor maneira de transformar o que muitas vezes ainda é visto como moda, ou como um fardo a carregar, em um compromisso espontâneo e duradouro.
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