Black Friday acende sinal amarelo para o Natal
Com o desempenho aquém do esperado para a
principal data, vendas no varejo virtual despencam e apontam a necessidade de
novas estratégias para o Natal
São Paulo, dezembro de 2022 —
Dados preliminares apontam que o varejo virtual registrou uma queda de 28% nas
vendas da Black Friday. Realizada na semana de abertura da Copa, uma das datas
comerciais mais importantes do 2º semestre teve um faturamento de pouco mais de
R$3,1 bilhões em vendas. Uma retração de 23%, em comparação a 2021, segundo
dados da empresa de inteligência Neotrust.
O pior desempenho desde que foi adotada pelo calendário do varejo brasileiro.
Com resultados mais modestos, mesmo num
período em que boa parte dos brasileiros já tinham recebido a primeira parcela
do décimo terceiro salário, a Black Friday acende um sinal amarelo para o
varejo e aponta uma tendência de queda no volume de vendas do Natal deste ano.
Na avaliação de Thiago Gui Pereira, head
de inovação e desenvolvimento de negócios da Macfor, agência full service de
marketing digital, diversos fatores contribuíram para resultados mais modestos
nesta edição da Black Friday. Um deles é o cenário macroeconômico do País. “O
Brasil passa por um momento de incertezas por conta da transição política e do
nível de endividamento das famílias que está alto, isso reflete no
comportamento do consumidor, que fica mais receoso e controlado na hora das
compras”, analisa.
A retração nos índices da Black Friday
também afetou o comércio físico, muito em função ao ineditismo de uma Copa do
Mundo disputando a atenção do brasileiro, que é tão apaixonado pelo futebol.
“Para se ter uma ideia, na sexta-feira, o assunto mais comentado nas redes
sociais foi a seleção brasileira e não as ofertas e promoções, como é de
praxe", comenta Pereira.
Com ofertas menos atrativas no varejo,
não foi difícil a Black Friday perder espaço para a Copa, que atraiu a atenção
para o consumo de itens com ticket médio menor, como alimentos e bebidas, por
exemplo. “A Black Friday estendida disputou com os jogos diariamente, isso
somado ao aumento de exigência do consumidor, que compara mais preços online e
busca por descontos agressivos, também contribuiu para a redução nos gastos”, pontua
o executivo.
O que esperar para o Natal
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as vendas do
comércio varejista do Estado devem crescer 8% em dezembro, impulsionadas pelo
pagamento do décimo terceiro salário e pelas compras de Natal.
Esse percentual representa R$8,8 bilhões
a mais do que o faturado no mesmo período do ano anterior, uma projeção de
faturamento total que corresponde a R$112,4 bilhões, somente neste mês.
Pereira esclarece que, diante dos
resultados preliminares da Black Friday, que revelaram o perfil de consumidores
mais reticentes, o varejo como um todo terá que investir ainda mais no modelo
“figital”, que mistura vendas digitais e físicas. “Após quase três anos de
pandemia, o brasileiro volta a frequentar lojas presencialmente, mesmo
diante de uma nova variante do coronavírus, mas não abre mão da comodidade que
descobriu nas compras e-commerce”, diz.
“As pessoas vão até as lojas físicas
para conhecer melhor os produtos, mas o que as atrai para a compra e influencia
na escolha do produto em si, na maior parte das vezes, começa muito antes, nas
pesquisas online, seja de preço ou de modelos disponíveis, nos sites das
marcas, nos marketplaces, nos tutoriais de influenciadores e/ou nos reviews de
produtos presentes nas próprias lojas virtuais”, explica o especialista.
Para o consumidor toda essa trajetória
parece simples e lógica, mas a aplicabilidade desse conceito omnichannel no
varejo requer a construção de uma jornada de compra completa, que demanda
planejamento, investimentos em tecnologia, logística, treinamento e marketing,
principalmente em digital e perfomance.
“Não basta que o varejo tenha preços e
produtos bons, é preciso estar presente e preparado para encontrar e ser
encontrado pelo consumidor em qualquer um dos mundos em que ele deseja estar”,
conclui Pereira.
Sobre a Macfor
Criada em 2016, a Macfor é uma agência full service de marketing digital que ajuda grandes empresas, no Brasil e na Europa, a organizar, coletar e entender dados digitais para tomarem decisões melhores, acelerando o crescimento de suas marcas por meio de growth hacking. Para cada dor, squads dedicados criam soluções inovadoras e eficazes sob medida. Com uma combinação de serviços de matemática, comunicação e marketing, a Macfor viabiliza estratégias que vão desde mídia digital, tecnologia, inbound marketing, business inteligence até SEO. Precursora do Matemarketing aplicado no País, seu time de estatísticos, engenheiros e matemáticos utiliza tecnologia aliada à ciência de dados para orientar a equipe de publicidade e comunicação, a fim de alcançar resultados exponenciais em awareness, tráfego, leads, relacionamento, vendas e conversões para marcas como: Syngenta, Bunge, Cargill, UOL, Supermercados Dalben, Farmadelivery, Movile, Digio, Magnetis, Grupo OR e outras. Seus cases e resultados falam por si.
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