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EXPOSIÇÃO REFLETE SOBRE A SALVAGUARDA DO PATRIMÔNIO DOCUMENTAL ARQUITETÔNICO E URBANÍSTICO

Mostra fica em cartaz até o dia 30 de junho e tem entrada gratuita, reunindo acervos públicos e privados, no Arquivo Público Mineiro

O Arquivo Público Mineiro recebe até o dia 30 de junho, a exposição temporária do Projeto “Salvaguarda do Patrimônio Documental Arquitetônico e Urbanístico”. Ela reúne documentos arquitetônicos e urbanísticos que integram o acervo do Arquivo Público Mineiro e dá destaque a acervos privados nunca catalogados institucionalmente, com exemplares de arquitetos como Humberto Serpa, Flávio Almada, Lucia Candiotto, Carlos Alexandre Dumont (Carico) e Gustavo Penna. A mostra busca questionar a importância da localização e preservação desses acervos, sua materialidade e como construir políticas públicas para o tratamento e catalogação desses documentos. A entrada é gratuita e pode ser visitada no Arquivo Público Mineiro.

Em sua primeira edição, a mostra traz a proposta de localizar e tornar público documentos visando discutir as bases materiais, técnicas e processos de elaboração ao destacar a fragilidade constitutiva de grande parte dos acervos de Arquitetura e Urbanismo: o papel. Para isso, o projeto reuniu na mostra documentos que integram o acervo do Arquivo Público Mineiro, no entanto, a maioria provém de acervos privados e jamais catalogados institucionalmente. Dessa forma, a exposição se dedica ao trabalho no arquivo e às manifestações materiais, uma espécie de memória da produção desse patrimônio documental, cujo público geral muitas vezes desconhece.

A curadoria foi feita pelas arquitetas Gabriela Pires e Isabela Vecci, e pelo historiador e coordenador de arquivo permanente do Arquivo Público Mineiro, Ygor Souza. “Entendemos que se trata do início de um longo trabalho de reconhecimento, povoado por alguns fragmentos da extensa produção de cinco arquitetos – Humberto Serpa, Flávio Almada, Lucia Candiotto, Carlos Alexandre Dumont (Carico) e Gustavo Penna – e inúmeras ausências, ao considerarmos todos aqueles que conformam o rico e disperso patrimônio documental arquitetônico e urbanístico de Minas Gerais”, destacaram as curadoras Gabriela Pires e Isabela Vecci.

Para além de discutir projeto e obra, a exposição busca levantar dúvidas e inquietudes no público. Para que serve um arquivo de arquitetura? Onde estão localizados estes e outros acervos de arquitetos mineiros e como podemos conhecê-los? Como preservar tais acervos em sua integridade documental considerando a variedade de registros? Como construir políticas públicas para o tratamento, catalogação, manutenção, pesquisa e divulgação de tais acervos?

A ideia é propor reconhecer os inúmeros processos e materialidades que dão corpo a cada um dos acervos em seus modos de pensar específicos, assim como tudo aquilo que o transcende: o olhar do público e os relatos orais, textuais e imagéticos sobre as obras e a memória social. “Propomos um olhar ampliado sobre o documento, para além da representação técnica do objeto, encará-los como constitutivos de um modo de pensar que é também reflexo dos modos de vida, das relações estéticas, sociais, políticas e da cultura e do tempo em que se inserem. Mais do que matéria morta do passado, arquivos em uso”, destacam as curadoras Gabriela Pires e Isabela Vecci.



Sobre o Projeto “Salvaguarda do Patrimônio Documental Arquitetônico e Urbanístico”

O Projeto “Salvaguarda do Patrimônio Documental Arquitetônico e Urbanístico” tem o objetivo de promover a preservação do acervo e patrimônio histórico nacional, realizando projeto tem palestras, mesas, exposição e projeções. O projeto foi idealizado a partir da iniciativa de salvaguarda do Governo de Minas Gerais. “É consenso de que só teremos um futuro digno com desenvolvimento, inclusão e bem-estar, se preservarmos a nossa cultura e história. O acervo documental arquitetônico e urbanístico Mineiro, documentos históricos de extrema importância, serão perdidos se não houver uma política ativa de preservação. Este projeto busca lançar as bases para o desenvolvimento de iniciativas e ações que resultem na salvaguarda deste patrimônio”, explica um dos criadores, Bruno Golgher.

Salvaguarda do Patrimônio Documental Arquitetônico e Urbanístico é viabilizado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com patrocínio da Fundação ArcelorMittal. Realização: Instituto de Cidades Criativas, Arquivo Público Mineiro e Governo de Minas Gerais. Parceria: Casa Cor Minas Gerais. Apoio Cultural: Faculdade de Arquitetura do UniBH. Apoio: Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas e do curso de especialização em Conservação e Gestão do Patrimônio Cultural.

SERVIÇO:

Exposição Salvaguarda do Patrimônio Documental Arquitetônico e Urbanístico

Data: até 30 de junho, das 9h00 às 17h00.

Arquivo Público Mineiro (Av. João Pinheiro, 372 - Lourdes)

Mais informações: salvaguarda.arq.br | Instagram: @salvaguarda_acervos

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