CINEMA INDÍGENA EM FOCO NO 34º CURTA KINOFORUM
*** evento
promove retrospectivas de filmes de Olinda Tupinambá,
Priscila Tapajowara e Takumã Kuikuro
*** na
programação estão obras assinadas pelos cineastas indígenas Adanilo, Alberto
Alvares, Kay
Sara e Begê Muniz
*** em pré-estreia mundial, “Onde a Floresta
Acaba” tem como protagonista o jornalista
britânico Dom Phillips, assassinado na Amazônia
*** 34º
Festival Internacional de Curtas de São Paulo acontece de 24/08 a 3/09, com
entrada gratuita.
A produção
de cineastas indígenas brasileiros está em foco no 34º Curta Kinoforum –
Festival Internacional de Curtas de São Paulo, que acontece de 24/08 a 3/09, em
diversas salas da capital paulista, com entrada gratuita.
Olinda
Tupinambá, Priscila Tapajowara
e Takumã Kuikuro,
três expoentes dessa cinematografia, exibem retrospectivas de suas carreiras na
seção Foco do evento, intitulada “Questão do Céu e da Terra” e composto por 13
curtas. Eles participam também de encontro sobre suas carreiras, agendado para
28/08, às 18h00, na Cinemateca Brasileira.
O festival
exibe ainda outros dez títulos dirigidos por indígenas ou sobre os povos
originários brasileiros.
No inédito “Onde a Floresta Acaba”, o diretor Otavio
Cury reflete sobre a perda do jornalista britânico Dom Phillips, seu amigo, e
revisita a primeira viagem que fizeram à Amazônia e os filmes que realizaram
juntos. A designer Alessandra Sampaio, viuva de Dom Phillips, acompanha a
projeção e conversa com o público no dia 25/08, às 20h00, no CineSesc.
Uma
trilogia realizada por cineastas Yanomami
traz elogiadas produções que estão fazendo carreira em festivais de cinema do
Brasil e do exterior. “Yuri U Xëatima
Thë - A Pesca Com Timbó” e “Thuë
Pihi Kuuwi - Uma Mulher Pensando” são assinados
por Edmar Tokorino Yanomami, Roseane Yariana
Yanomami e Aida Harika Yanomami. Já “Mãri Hi - A
Árvore do Sonho” tem direção de Morzaniel
Ɨramari e foi selecionado para o importante Festival de Documentários de
Sheffield, na Inglaterra, e venceu a competição de curtas brasileiros no É Tudo
Verdade.
Nome de
destaque entre os realizadores indígenas, Alberto Alvares exibe seu mais
recente filme, “Nhe‘En-Mongarai / Batismo da Alma”,
que acompanha ritual em que as crianças ganharão
seus nomes guarani. A curta se passa na fronteira entre Brasil e Paraguai,
assim como “Ava Mocoi, os Gêmeos”,
de Vinicius Toro e Luiza Calagian, obra vencedora
do Grande Prêmio Online Cidade de Oberhausen no Festival de Curtas-Metragens de
Oberhausen (Alemanha).
Ator com carreira em filmes
internacionais, o indígena amazonense Adanilo conta em “Castanho” a história de uma jovem
argentina que mora na comunidade Cachoeira do Castanho,
interior do Amazonas e faz viagens suspeitas
Duas produções paulistas
trazem universos raros em filmes brasileiros. “Mborairapé”, de Roney
Freitas, tem como protagonista um jovem rapper das aldeias indígenas Guarani do
Jaraguá, no município de São Paulo. Por sua vez, “Tapuia”, assinado pelos indígenas Kay
Sara e Begê Muniz, é uma produção histórica, na qual uma jovem imigrante
italiana vivendo no interior de São Paulo encontra uma indígena escravizada que
foi ferida enquanto fugia de dois capangas da fazenda onde era forçada a trabalhar.
“Vãnh gõ tõ
Laklãnõ”, produção catarinense
dirigida por Flávia Person, Walderes Coctá Priprá e Barbara
Pettres, venceu o Prêmio Canal Brasil de Curta-Metragem no É
Tudo Verdade ao recuperar a história do
povo Laklãnõ/Xokleng, habitante do sul do Brasil.
Serviço
34º Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo
de 24 de agosto a 3 de setembro de 2023
em diversas salas da cidade de São Paulo
entrada franca
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