Ministro do MDA conhece as três Unidades da Embrapa de MS
Foco da
visita foram as pesquisas voltadas para os agricultores familiares
Após a Conferência Estadual da
Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, na capital do estado, em 25 de
julho, o ministro Paulo Teixeira, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e
Agricultura Familiar (MDA), visitou a Embrapa Gado de Corte onde conversou com
os três chefes-gerais das Unidades da Embrapa de Mato Grosso do Sul. O objetivo
foi conhecer as ações de pesquisa e de transferência de tecnologia dos Centros
de Pesquisa voltados para a agricultura familiar.
O ministro disse que a Embrapa “é
muito forte” e enfatizou que deseja a “Embrapa perto da agricultura familiar,
dos pescadores, dos quilombolas e dos povos originários”. Em MS, são cerca de
70 mil famílias de agricultores familiares, sendo 35.187 de assentados; 20.368
de agricultores tradicionais; 586 agricultores quilombolas; 13.672 famílias de
agricultores indígenas; e 1.419 famílias de piscicultores.
Com a presença de autoridades
políticas federais e estaduais, as apresentações das Unidades de Pesquisa
começaram com o chefe-geral Antonio do Nascimento Ferreira Rosa, da Gado de
Corte. Ele citou as ações da Unidade de Campo Grande, MS, que contribuem com os
agricultores familiares como o desenvolvimento de pastagens; os sumários de
touros, publicações que divulgam as avaliações genéticas, que nasceram da
pesquisa da Embrapa Gado de Corte e a ABCZ; o controle estratégico de
verminoses, da mosca-do-chifre, carrapatos, etc.; o desenvolvimento de kits de
diagnósticos; os aplicativos móveis; entre outros.
O chefe-geral Rosa também mostrou aos
presentes o laboratório de sanidade animal, que foi utilizado durante a
pandemia de covid; conheceu a área da Dinapec e soube mais sobre Genética e
Nutrição Animal, Cultivares de Gramíneas, Pecuária de Baixo Carbono, Boas
Práticas Agropecuárias (BPA) – Gado de Corte, e Difusão de Tecnologia.
Já o chefe-geral da Embrapa
Agropecuária Oeste, Harley Nonato, explicou em sua apresentação que a Unidade
localizada em Dourados, MS, é uma Unidade Ecorregional, que busca contribuir
para superar os gargalos no estado. Lembrou que o Centro de Pesquisa começou em
1975. “A missão da Embrapa Agropecuária Oeste se mistura com os objetivos do
estado. Vamos continuar unindo esforços”, disse Oliveira.
Entre os trabalhos de transferência
de tecnologia, o chefe-geral da Agropecuária Oeste citou a parceria com o
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Superintendência
Federal de Agricultura de MS (SFA/MS) em dois quilombos de Mato Grosso do Sul.
“Estamos transferindo tecnologias em mandioca, cana-de-açúcar e pastagem para
melhorar as condições de produção e geração de renda das comunidades de Furnas
do Dionísio, em Jaraguari, e Furnas da Boa Sorte, em Corguinho.”
Citou o evento Tecnofam (Tecnologias
e Conhecimentos para a Agricultura Familiar) como a “menina dos olhos”, sendo
realizado de dois em dois anos, desde 2014, exceto na pandemia. “A Tecnofam é a
inclusão de todos da agricultura familiar, é a possibilidade do encontro entre
mundos diferentes, do rural ao urbano, da criança ao adulto”, explicou. Além
disso, citou os trabalhos com diferentes culturas para a agricultura familiar,
como maracujá, goiaba, feijoeiro, grão-de-bico e mandioca; plantadeira de
mandioca adaptada para o Plantio Direto, como tecnologia poupadora de esforços;
Zoneamento de Risco Climático, Sistemas Agroflorestais; poupadores de insumos,
como as bactérias para a fixação biológica de nitrogênio para o feijoeiro;
manejo de forrageiras, como o consórcio milho com braquiária; laboratório de
piscicultura; treinamentos em assentamentos e aldeias indígenas.
Para apresentar os trabalhos de
pesquisa e transferência de tecnologias da Embrapa Pantanal (Corumbá, MS),
estava presente a chefe-geral Suzana Maria de Salis, que apresentou os quatro
temas trabalhados por essa Unidade: agricultura familiar, pesca e aquicultura,
pecuária sustentável e inovações em bioeconomia.
Em agricultura familiar, Suzana citou
alternativas tecnológicas para a diversificação da produção, para o aumento da
produtividade e garantia da segurança alimentar, hídrica para a população em
vulnerabilidade social e produtiva.
Ela ainda disse que a Unidade possui
em sua carteira 16 projetos voltados para a agricultura familiar desde 2007. A
chefe-geral Suzana referiu-se ao projeto “Transição agroecológica traz
benefícios econômicos para agricultores”. Nessa proposta, os produtores
familiares diversificam a produção de forma sustentável em assentamentos e
Corumbá e Ladário, MS. Ela mencionou também que a Unidade de Corumbá realizou
73 capacitações e atualizações para esse público, “tamanha necessidade que esse
público tem por tecnologia”, disse.
Em seguida, foi aberta a fala para o ministro Paulo Teixeira. “A Embrapa é o que tem de mais avançado no Brasil na área agrícola e pecuária. Vocês são responsáveis pelo Brasil estar na liderança da agricultura empresarial, que é muito importante para o País. Mas queremos mais investimento também na agricultura familiar. O desafio é: ‘como disponibilizar conhecimento para a agricultura familiar?’”, pontuou o ministro.
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