Quando amamentar dói: atendimento domiciliar integra alívio da dor, higiene local e apoio à amamentação
Atendimento em domicílio integra alívio da dor, higiene local e apoio à amamentação no ambiente familiar
Amamentar é natural, mas nem sempre é intuitivo — e pode doer. Nas primeiras semanas pós-parto, fissuras mamilares, ingurgitamento e dor na pega são queixas frequentes. O cuidado adequado precisa tratar a causa do problema, aliviar a dor e preservar o vínculo da amamentação.
Entre os recursos que contribuem para essa recuperação, a laserterapia, também chamada de fotobiomodulação, tem se mostrado uma aliada importante. A técnica utiliza luz de baixa intensidade para estimular a cicatrização, reduzir inflamações e proporcionar alívio rápido da dor. É um tratamento não invasivo, indolor e seguro, que atua como um acelerador do conforto e da regeneração, sem interromper a amamentação.
“O objetivo é devolver à mulher a tranquilidade de amamentar sem dor. O laser favorece a cicatrização das fissuras, reduz o inchaço e ajuda a controlar o processo inflamatório, mas o resultado duradouro depende da correção da pega e do posicionamento do bebê”, explica a dra. Marcia Felician, ginecologista e obstetra especializada no Setor de Laser e Cirurgia de Alta Frequência da Dasa e no Alta Diagnósticos e Delboni Salomão Zoppi.
A melhora costuma ser perceptível já nas primeiras aplicações, enquanto a cicatrização se consolida em poucos dias. A associação entre o tratamento local e a orientação técnica é o que garante resultados consistentes — o laser cuida da dor e das lesões, enquanto o ajuste da mamada previne novas fissuras.
As causas mais comuns de dor incluem pega superficial, freio lingual curto, ingurgitamento e o uso de acessórios sem orientação. “Tratar apenas os sintomas oferece alívio momentâneo; por isso, compreender e corrigir a origem do desconforto é essencial. Medidas simples como variação de posições, higiene suave e arejamento das mamas também contribuem para o conforto e a recuperação”, completa a especialista.
A evidência clínica mostra que a fotobiomodulação, quando associada à correção da técnica, reduz significativamente a dor e o tempo de cicatrização. O procedimento segue protocolos de segurança e pode ser realizado com tranquilidade, sem risco para o bebê e sem interromper as mamadas.
No contexto do atendimento domiciliar, esse cuidado se torna ainda mais acolhedor: permite observar a mamada em ambiente real, ajustar posições com o que a família já tem disponível e evitar deslocamentos em um período em que o descanso é essencial.
“Cada visita é uma oportunidade de escuta, orientação e cuidado. Observar a amamentação no ambiente familiar facilita o ajuste imediato das rotinas e fortalece o vínculo entre mãe e bebê”, completa a dra. Marcia.
Em resumo, o tratamento da dor na amamentação vai além do alívio físico — ele devolve à mulher a confiança e o prazer de nutrir o próprio filho. Com orientação especializada, laserterapia e apoio contínuo, é possível transformar um início doloroso em uma jornada mais leve, segura e acolhedora para mãe e bebê.
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