TechnoVision: As cinco principais tendências tecnológicas para 2026
Paris, 9 de dezembro de 2025 – A Capgemini revelou hoje seu “TechnoVision: Cinco principais tendências tecnológicas para ficar de olho em 2026”, destacando as tecnologias que devem atingir um ponto de inflexão no próximo ano. Embora a Inteligência Artificial (IA) e a IA Generativa (IA Gen) continuem sendo fundamentais, sua influência agora se estende ao desenvolvimento de software, arquiteturas em nuvem e operações corporativas. Essas tendências refletem uma mudança em direção a uma integração mais profunda, resiliente e de valor comercial tangível.
“No ano passado, as cinco principais tendências tecnológicas da Capgemini previram, notavelmente, a ascensão da robótica com IA, uma visão que se tornou realidade tanto no mercado quanto na Capgemini com o lançamento do nosso Laboratório de Robótica e Experiências com IA e a experimentação atual com a Orano”, explica Pascal Brier, Chief Innovation Officer da Capgemini e membro do Comitê Executivo do Grupo. “Ao olharmos para 2026, a IA deixa a fase de experimentação e entra em um estágio de maturidade. No próximo ano a IA se tornará a base estrutural da arquitetura empresarial, irá remodelar o desenvolvimento do ciclo de vida do software e redefinir o consumo de nuvem. Ao mesmo tempo, os sistemas empresariais estão passando por uma mudança fundamental em direção a operações inteligentes, enquanto a soberania tecnológica emerge como uma prioridade estratégica, impulsionando as organizações a construírem uma interdependência resiliente.”
Tecnologias para ficar de olho em 2026:
O ano da verdade para a IA
A IA é, sem dúvida, a tecnologia que definirá a década, mas o ritmo de investimento superou a velocidade com que as organizações a implementam e extraem seu valor. Ao analisarem onde algumas de suas experimentações com IA falharam em entregar os resultados esperados, os líderes empresariais agora entendem que o problema não residia na tecnologia em si, mas na abordagem e metodologia de negócios. Implementações em larga escala levarão tempo, e o valor a longo prazo não estará em casos de uso isolados de IA, mas em implementações em toda a empresa. Enquanto a verdadeira fase de crescimento começa, um ecossistema de IA mais enraizado no valor operacional e na arquitetura empresarial está emergindo, começando com as bases e infraestrutura de dados e focando na "química humano-IA". O ano de 2026 será o momento de passar da prova de conceito para a prova de impacto, garantindo que a IA impulsione resultados mensuráveis, confiança e colaboração em escala, enquanto lança as bases para uma transformação em maior escala no futuro.
Porque isso é importante: O ritmo de desenvolvimento da IA não mostra sinais de desaceleração e a oferta disponível no mercado continua a crescer. Enquanto isso, após anos de projetos-piloto fragmentados, 2026 será um ano de avanços significativos, em que as organizações investirão em dados e preparação para IA e, mais importante, na "química humano-IA" – deixando de lado o hype para aproveitar o potencial transformador da IA.
A IA está dominando o software
O software dominou o mundo, e agora a IA está dominando o software. A IA está remodelando o ciclo de vida do desenvolvimento de software em diversos setores, passando da escrita de código para a expressão de intenções. Após anos de automação e aceleração impulsionada pelo DevOps, a IA está cada vez mais gerando e mantendo componentes de software. De agora em diante, os desenvolvedores especificarão os resultados, enquanto a IA gera e mantém os componentes, reduzindo os ciclos de entrega e melhorando a qualidade. Mas a governança e a supervisão continuam sendo cruciais para evitar falhas, lacunas de segurança e erros silenciosos. Essa nova era de "reconstrução de software" em toda a cadeia de valor está alinhada com a transformação em um negócio nativo da IA, operando em plataformas adaptáveis em vez de estáticas. Essa abordagem abre oportunidades para construir sistemas mais ágeis e autônomos, reduzindo a dependência de provedores de Software como Serviço e permitindo a diferenciação por meio de produtos personalizados a preços competitivos.
Porque isso é importante: Em 2026, essa mudança redefinirá cada vez mais os papéis, tornando a supervisão humana e o controle de qualidade essenciais para a confiança e a resiliência. As organizações começarão a reconstruir seus aplicativos e precisarão se concentrar na requalificação de sua força de trabalho de desenvolvimento de software em um futuro próximo. A nova moeda de troca da expertise estará no pensamento sistêmico, na orquestração de IA e agentes e no gerenciamento de cadeias de ferramentas e processos complexos e autônomos.
Nuvem 3.0: todos os tipos de nuvem
A computação em nuvem está entrando em sua próxima evolução, uma fase em que arquiteturas híbridas, privadas, multicloud e soberanas deixam de ser nichos e se tornam fundamentais para a operação em escala da IA, a ponto de se tornarem a base estrutural operacional para cargas de trabalho de IA e agentes. A IA não consegue escalar e obter o desempenho adequado apenas na nuvem pública clássica, o que impulsiona a adoção de todos os outros modelos de nuvem. De fato, os sistemas de agentes dependem de infraestruturas escaláveis e de baixa latência, com a borda e a nuvem trabalhando como uma única estrutura inteligente. Além disso, interrupções em larga escala e pressões geopolíticas aceleram as estratégias de diversificação e resiliência. Embora as plataformas híbridas se tornem comuns, as organizações irão redesenhar suas arquiteturas visando desempenho, portabilidade, soberania e autonomia estratégica para garantir a continuidade dos negócios.
Porque isso é importante: A Nuvem 3.0 aumentará as possibilidades para as organizações adaptarem seu consumo de nuvem às suas diversas necessidades, principalmente em termos de redundância de ativos, criticidade e latência. Ao mesmo tempo, porém, embora isso possa aumentar a resiliência, também pode trazer complexidade para o gerenciamento, pressionando os provedores de nuvem a aprimorarem a interoperabilidade em suas estratégias com múltiplos fornecedores. Na era da Nuvem 3.0, as organizações precisarão garantir que possuam as habilidades certas, governança ágil e mentalidade adaptativa que permitam operações confiáveis em diversos ambientes de nuvem.
A ascensão das Operações Inteligentes
Os sistemas empresariais estão evoluindo de sistemas estáticos de registro para motores vivos de operações inteligentes – uma verdadeira "Revolução Copernicana¹", onde os processos se tornam o foco, em vez de serem apenas aplicativos acoplados. Com as promessas dos sistemas de agentes, as empresas têm a oportunidade de repensar e redesenhar seus processos de negócios para torná-los autoaperfeiçoáveis, adaptáveis e ágeis. As empresas agora buscam orquestrar processos inteiros, e não etapas isoladas, para executar operações conectadas que rompam silos, criando cadeias de valor integradas e possibilitando a otimização em toda a organização. Agentes de IA implementados em processos essenciais estão começando a monitorar atividades, otimizar a execução, resolver exceções e orquestrar fluxos de trabalho em finanças, cadeia de suprimentos, RH e atendimento ao cliente. A automação evoluirá para a cogestão humano-IA, onde a IA propõe e executa, enquanto os humanos supervisionam e governam. A supervisão se tornará um princípio de design para garantir confiança e resiliência. As operações inteligentes permitirão que as empresas passem de reativas a proativas, reduzindo ineficiências e aumentando a agilidade. Aplicativos e operações evoluirão continuamente, em vez de permanecerem estáticos, predefinidos ou com manutenção manual.
Porque isso é importante: Em 2026, as organizações passarão de projetos-piloto para os primeiros níveis de produção, da automação fragmentada para cadeias de valor de ponta a ponta, mas o sucesso dependerá em garantir a confiabilidade e escalabilidade dos agentes de IA e a eficácia da interação entre humanos e IA.
O paradoxo da soberania tecnológica sem fronteiras
Em meio à incerteza geopolítica, a soberania tecnológica deixou de ser um conceito político para se tornar uma prioridade estratégica. Nações e empresas agora buscam o controle sobre tecnologias críticas em um mundo que permanece profundamente interconectado. O resultado é um novo paradoxo: a soberania não é mais definida pelo isolamento, mas pela interdependência resiliente. Como a autonomia tecnológica plena não existe, as organizações se concentrarão na mitigação de riscos e no controle seletivo de camadas-chave. Garantir a continuidade dos negócios se tornará o principal imperativo por meio de fornecedores diversificados e alternativas soberanas. Nuvens soberanas e multicloud, modelos regionais de IA, plataformas abertas e novos ecossistemas de chips também estão surgindo para oferecer opções e flexibilidade estratégica.
Porque isso é importante: Em 2026, a corrida pelo controle das camadas críticas da cadeia de valor digital continuará, desde semicondutores e armazenamento de dados até modelos de IA, enquanto a maioria dos hiperescaladores e grandes provedores de nuvem provavelmente lançarão ofertas de nuvem soberana. Isso terá um impacto profundo na forma como as empresas mitigam riscos e garantem resiliência.
TechnoVision 2026
O TechnoVision é um programa global da Capgemini que oferece uma visão abrangente do mundo da tecnologia para ajudar líderes a tomarem decisões de transformação de negócios impulsionadas pela tecnologia. Ele funciona como um guia, permitindo que os tomadores de decisão se concentrem nas tendências tecnológicas emergentes que tornarão suas organizações mais eficazes. O relatório "Cinco Principais Tendências Tecnológicas" da Capgemini será publicado em janeiro de 2026 e o guia TechnoVision, desenvolvido para ajudar as organizações a avaliarem seus ambientes tecnológicos, será publicado em fevereiro de 2026.
www.capgemini.com/technovision
Sobre a Capgemini
A Capgemini é uma parceira global de transformação de negócios e tecnologia impulsionada por Inteligência Artificial, que gera valor tangível no mercado. Imaginamos o futuro das organizações e o tornamos realidade por meio de IA, tecnologia e pessoas. Com nossa sólida trajetória de quase 60 anos, somos um grupo responsável e diverso com 420 mil profissionais, em mais de 50 países. Oferecemos serviços e soluções de ponta a ponta que contam com nossa profunda expertise setorial e um robusto ecossistema de parceiros, elevando nossas capacidades em estratégia, tecnologia, design, engenharia e operações de negócios. O Grupo reportou em 2024 receitas globais de 22,1 bilhões de euros.
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