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Brechó traz roupas de famosos e história de superação para a Vila Madalena

Nasce no coração da Vila Madalena, o Borogodó do Brechó, com peças novas e seminovas - em excelentes condições de uso. A ex-produtora de moda Erika Nigro usou sua expertise para abrir uma loja cheia de charme e diferenciais. Por ter muitos contatos com pessoas do meio artístico, adquiriu itens únicos que acrescentam um "borogodó" nas peças e são capazes de fazer a pessoa atravessar a cidade para comprá-las. Há um certo fetiche em adquirir roupas que pertenceram à pessoas conhecidas, desde a bota de cano longo que foi da atriz Bárbara Paz (presente da Hebe Camargo), até o vestido preto da apresentadora Paloma Tocci ou roupas das apresentadoras Laura Wie, Cris Couto, entre outras.

E o melhor, o valor não é de roupa de famosa, é de brechó mesmo. "As peças são separadas por estação. As coleções vão sempre mudar, assim como as lojas tradicionais", explica. "Aqui vamos trabalhar só com roupas novas e seminovas, todas em excelente estado. Ninguém vai achar uma costurinha fora do lugar. E eu garanto todos os botões no lugar certo", se diverte Erika, que conta com um acervo que vai muito além das roupas de celebridades. São muitas as opções de vestuário e acessórios, além de móveis para decoração.

Os clientes terão à disposição um pequeno bar, onde será servido café, cerveja e champanhe, de acordo com a proprietária. Haverá serviço manicures fixas e, eventualmente, eventos como maquiagens com profissionais do meio de moda, oficinas, vernissages, entre outras coisas.

Unindo a ideia da sustentabilidade, com um local especial e muito, muito trabalho, a loja abre as portas dia 08 de junho. Além de uma festa de inauguração, uma série de eventos estão programados para a primeira semana do Brechó.
Afinal, toda mulher tem um borogodó.

Borogodó do Brechó
Rua Fradique Coutinho, 944 - Vila Madalena - São Paulo - SP
Tel. (11) 3813-2231
contato@borogododobrecho.com.br
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O sonho e a superação - 2 AVCs e uma gravidez

Erika ganhou a vida como modelo. Com um corpo escultural, fotografava para campanhas de diversas marcas, fazia comerciais e não parava um minuto. Largou a "modelagem" e investiu na carreira de produtora de moda. Então mãe de dois filhos adolescentes, aos 36 anos se casou com um fotógrafo publicitário e 8 meses depois sofreu um AVC. Passou um mês na UTI entre a vida e a.... vida. Nunca pensou em desistir, ainda que os médicos dissessem que nesta idade as chances de sobreviver são poucas.

Erika conta uma daquelas histórias que nem a medicina entende completamente. Apesar da letargia do coma, havia momentos de plena consciência. "Passei muito frio na UTI, me davam banho frio - para eles era quente, mas para mim, muito gelado. Eu morria de fome, sede, frio. Só um lençol não era suficiente, mas eu simplesmente não conseguia me comunicar. Embora parecesse desacordada, muitas vezes estava consciente, ouvia tudo o que acontecia à volta. As pessoas choravam ao lado da minha cama e eu pensava: 'que drama todo é esse? O que está acontecendo?', a UTI foi um pesadelo", conta. Erika comenta que deixavam a televisão ligada no quarto e ela conseguia acompanhar uma novela como única distração, mas lembra-se de ficar muito chateada de mudarem o canal em dia de futebol. Simplesmente não tinham nem noção do que acontecia com ela internamente. Já acordada, ainda se apavorou ao ver no espelho que haviam cortado seu cabelo. "A cho que, no geral, falta muita sensibilidade nas pessoas que cuidam diretamente do dia a dia de um hospital.", desabafa.

Com o AVC, perdeu os movimentos do lado direito e quando teve alta, voltou para casa consciente, mas ainda sem falar. Após muita fisioterapia e acompanhamento de um serviço de enfermagem 24 horas por dia, voltou a falar, andar e a querer colocar em prática seu grande desejo: mais um filho! Porém, em meio à história que parece de cinema, há ainda mais alguns percalços. A causa do AVC (além do cigarro e pílula anticoncepcional) era uma má formação congênita. Seu médico havia lhe dito que não deveria mais engravidar, correndo o risco de novo AVC - ou pior. Procurou uma segunda opinião e veio a notícia mais complicada ainda: ter que operar mais uma vez, por conta do risco de sua artéria no cérebro estourar novamente. Com a sensação de que viveria com uma bomba na cabeça, optou por fazer a embolização (preenchimento da artéria dilatada para que não se rompa), mas teve um novo AVC, ainda pior que o primeiro. "Tudo o que eu havia conquistado, perdi de novo. Recomecei do zero!". Erika teve que reaprender as coisas mais simples como falar, comer, tomar banho, lavar os cabelos, usar o computador. 

E os planos de gravidez? Foram por água abaixo? QUE NADA! Ao ouvir de um médico que teria que esperar 3 anos para engravidar, foi em busca de outro profissional, que foi mais otimista: poderia engravidar, mas jamais poderia ter parto normal por conta da força que faria, correndo risco de... tudo. A recuperação consistia em exames constantes e muita radiocirurgia (um método não invasivo que funciona como uma radioterapia com dose concentrada em ponto de difícil acesso). A tendência é o desaparecimento da região afetada em até 3 anos, mas o tratamento foi bem sucedido já no segundo ano e finalmente poderia engravidar, o que aconteceu logo depois. 

"A minha gravidez foi incrível, perfeita e eu tive parto normal, mesmo contra o médico", conta Erika, que hoje é mãe de Olívia de 1 ano e 8 meses, Gabriel, 19 anos e Sofia, 16. 

E, por falar em filhos, ela tem muito o que agradecer a eles, que sempre entenderam, respeitaram e a ajudaram nas limitações. "Vivo pedindo coisas. Eles dizem que me aproveito, mas explico que o que eles fazem em 2 segundos, para mim é muito mais demorado", justifica Erika, que conta com a ajuda até da caçula: "quando Olívia acorda de madrugada, a pego meio desajeitada, mas ela acha que eu estou brincando, mal sabe que está correndo o risco de cair no chão (risos). Então eu falo que é a mamãe trocando a fralda e, na mesma hora, ela para de se mexer, fica calminha e dá tudo certo, já me acostumei a usar só a mão esquerda". Antes e depois da gravidez, foram muitas as cirurgias para melhorar as funções do braço, mão e pé afetados. As mínimas melhorias foram consideradas grandes conquistas. 

Mesmo em meio a tantas dificuldades, nada afetou a alegria e empolgação de Erika, que considera tudo isso 'normal': "as pessoas falam: nossa, que história incrível. Você tem noção do que já passou? Passei... já passou. Não me privo de nada. Não posso dizer que seja gostoso andar assim, mas levo tudo numa boa. De verdade!".

Não podendo exercer a última profissão de produtora, mas ainda muito ligada à moda e com muita energia, decidiu abrir uma loja na Vila Madalena com produtos seminovos. Com os inúmeros contatos que fez ao longo da vida, adquiriu peças únicas de pessoas do meio artístico, como o par de botas que a atriz Barbara Paz havia ganhado da Hebe, vestido da Paloma Tocci, saia da Laura Wie, bolsa da Cris Couto, entre outros artigos. O brechó acabou ganhando um diferencial sem querer e depois de reformar a casa de dois andares, o "Borogodó do Brechó" abre as portas dia 8 de junho. "Não teremos roupas de todas as estações jogadas em araras. As peças estarão separadas por estação e as coleções vão sempre mudar, assim como as lojas tradicionais", explica. "Vamos trabalhar só com roupas novas e seminovas em excelente estado. Ninguém vai achar uma costurinha fora do lugar. E eu garanto todos os botões no lugar certo", se diverte Eri ka.

De toda essa história, ficam a alegria de viver e um aprendizado que garante já ter ensinado a amigos e familiares: "Está com dor de cabeça? Vamos ao médico! O corpo avisa, a gente que não liga."
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