Brasil em crise: Momento de oportunidades para estrangeiros e brasileiros - Por Ricardo Normand*
Recentemente, a mídia noticiou que as fusões e aquisições por estrangeiros no Brasil já ultrapassaram as operações domésticas. Em 2015, as operações de M&A em que investidores de fora compram empresas brasileiras chegaram a 296, enquanto as transações nacionais não passaram de 269, segundo dados da KPMG. O número de fusões e aquisições no país caiu 5,5% em relação a 2014. O país está à venda e, para quem tem apetite ao risco, é um bom momento para investir.
Mesmo que, em 2014, o Brasil tenha subido para a sexta posição no ranking divulgado pela Unctad dos países mais atrativos para Investimento Estrangeiro Direto (IED), o fluxo para cá registrou queda de 2,3%. O recuo se deve a vários fatores, internos e externos, mas não se pode negar a influência do cenário econômico brasileiro.
O baixo desempenho produtivo e a instabilidade política formam uma dupla perigosa que coloca o Brasil em evidência no mercado internacional. Diariamente divulgam-se notícias preocupantes sobre o andamento da crise, que ganhou peso com a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Diante de um horizonte complexo e imprevisível, os investimentos tendem a fugir do país. Porém, para toda regra, há uma exceção. Em conjunto, o real desvalorizado, a recessão econômica e os juros à taxa de 14,25% - taxa inalterada pelo BC, porém continua sendo o maior patamar em quase 10 anos - geram um ambiente propício para quem busca investimentos de médio/longo prazo. Em vez de esperar a poeira baixar, muitos enxergam uma oportunidade de fazer negócio. É uma postura arrojada que exige análise fria e apetite ao risco.
O primeiro passo é aprender a separar os fatores políticos dos fundamentos econômicos, embora no momento ambos não estejam bons. O segundo é descobrir como aproveitar as consequências da crise fazendo investimentos com potencial de retorno no médio/longo prazo. Para tal, é necessário conhecer o mercado local e suas nuances. Algo difícil para um investidor que não tenha uma empresa especializada para assessorá-lo.
Uma vez identificados os setores com maior potencial (varejo, industrial, imobiliário, etc) e mensurado o risco, cabe identificar as oportunidades abertas ao capital estrangeiro - seja para aquisição, investimento direto ou financiamento.
Mais resistente a crises financeiras, o plano de investimento duradouro pode ser uma estratégia interessante para ambos os lados. Sabemos que o Brasil não está nos seus melhores dias, e o mesmo vale para a conjuntura global, mas isso não significa que a recessão se perpetuará. A propósito, o crescimento brasileiro deve ser retomado em 2018, prevê o FMI. Portanto, uma dica àqueles que estão de olho nas oportunidades por aqui: aproveitar os preços baixos com uma visão menos imediatista pode valer a pena. O país não perdeu o potencial que o coloca entre as maiores economias e, quando sair do vermelho, o retorno para o investimento será maior.
Sobre a Drummond Ventures:
Drummond Ventures é uma afiliada de Drummond Advisors e responsável por fusões e aquisições, captação de recursos e investimentos de risco. A empresa se concentra em operações de investimento transfronteiriço entre Brasil e EUA e possui escritórios no Vale do Silício, Boston, Nova York, Miami, São Paulo e Belo Horizonte.
*Por Ricardo Normand, sócio da Drummond Ventures e especialista em investimentos entre Brasil e EUA
Mesmo que, em 2014, o Brasil tenha subido para a sexta posição no ranking divulgado pela Unctad dos países mais atrativos para Investimento Estrangeiro Direto (IED), o fluxo para cá registrou queda de 2,3%. O recuo se deve a vários fatores, internos e externos, mas não se pode negar a influência do cenário econômico brasileiro.
O baixo desempenho produtivo e a instabilidade política formam uma dupla perigosa que coloca o Brasil em evidência no mercado internacional. Diariamente divulgam-se notícias preocupantes sobre o andamento da crise, que ganhou peso com a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Diante de um horizonte complexo e imprevisível, os investimentos tendem a fugir do país. Porém, para toda regra, há uma exceção. Em conjunto, o real desvalorizado, a recessão econômica e os juros à taxa de 14,25% - taxa inalterada pelo BC, porém continua sendo o maior patamar em quase 10 anos - geram um ambiente propício para quem busca investimentos de médio/longo prazo. Em vez de esperar a poeira baixar, muitos enxergam uma oportunidade de fazer negócio. É uma postura arrojada que exige análise fria e apetite ao risco.
O primeiro passo é aprender a separar os fatores políticos dos fundamentos econômicos, embora no momento ambos não estejam bons. O segundo é descobrir como aproveitar as consequências da crise fazendo investimentos com potencial de retorno no médio/longo prazo. Para tal, é necessário conhecer o mercado local e suas nuances. Algo difícil para um investidor que não tenha uma empresa especializada para assessorá-lo.
Uma vez identificados os setores com maior potencial (varejo, industrial, imobiliário, etc) e mensurado o risco, cabe identificar as oportunidades abertas ao capital estrangeiro - seja para aquisição, investimento direto ou financiamento.
Mais resistente a crises financeiras, o plano de investimento duradouro pode ser uma estratégia interessante para ambos os lados. Sabemos que o Brasil não está nos seus melhores dias, e o mesmo vale para a conjuntura global, mas isso não significa que a recessão se perpetuará. A propósito, o crescimento brasileiro deve ser retomado em 2018, prevê o FMI. Portanto, uma dica àqueles que estão de olho nas oportunidades por aqui: aproveitar os preços baixos com uma visão menos imediatista pode valer a pena. O país não perdeu o potencial que o coloca entre as maiores economias e, quando sair do vermelho, o retorno para o investimento será maior.
Sobre a Drummond Ventures:
Drummond Ventures é uma afiliada de Drummond Advisors e responsável por fusões e aquisições, captação de recursos e investimentos de risco. A empresa se concentra em operações de investimento transfronteiriço entre Brasil e EUA e possui escritórios no Vale do Silício, Boston, Nova York, Miami, São Paulo e Belo Horizonte.
*Por Ricardo Normand, sócio da Drummond Ventures e especialista em investimentos entre Brasil e EUA
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